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Revista do Villa

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Convidamos você a se juntar a nós nesta jornada, acompanhando as novidades e publicações

em forma de matérias, entrevistas e artigos realizados pela equipe de colunista.

201 itens encontrados para ""

  • Renata Moraes: 25 anos de paixão e versatilidade na música brasileira

    No cenário musical brasileiro, poucos nomes conseguem conjugar talento, versatilidade e uma trajetória marcante como a da renomada artista Renata Moraes. Desde os seus primórdios, Renata emergiu como uma estrela ascendente, cujo brilho musical transcendeu fronteiras e cativou o público por mais de duas décadas. Nascida como Renata Emerich Moraes Miranda, em 1987, na pitoresca cidade de Vitória, no Espírito Santo, Renata mergulhou nos domínios da música desde tenra idade, iniciando aos 8 anos em um coral regido pelo ilustre Maestro da Filarmônica do Espírito Santo. Esse foi apenas o prelúdio de uma carreira que viria a ser marcada por conquistas e experiências inigualáveis. Ao longo de sua jornada musical, Renata Moraes explorou uma multiplicidade de vertentes artísticas, nutrindo sua paixão através de incursões em aulas de canto, teatro, teoria e prática musical. Sua destreza e dedicação foram manifestadas em diversas esferas, desde participações em bandas de rock e baile, passando por cerimônias de casamento, até aparições em programas de televisão e recitais. Renata não apenas se destacou em diferentes palcos, mas também consolidou sua presença nos corações dos espectadores, revelando-se uma intérprete excepcional de gêneros que variam da Bossa Nova à MPB, do POP às melodias românticas internacionais. O ápice de sua carreira musical foi marcado pelo lançamento de seu primeiro CD solo, intitulado "Renata Moraes - O que existe em mim", em 2010. Este trabalho não apenas corroborou sua habilidade como cantora e compositora, mas também conquistou os ouvidos dos mais exigentes críticos, sendo amplamente divulgado nas rádios e festivais do Espírito Santo. Composto por 10 faixas, o álbum é uma ode à diversidade musical, apresentando composições autorais, parcerias e covers tanto nacionais quanto internacionais, revelando a vastidão de influências que moldaram o talento singular de Renata. Em uma mudança significativa, em 2014, Renata Moraes decidiu estabelecer-se na vibrante cidade do Rio de Janeiro, onde continuou a sua jornada musical, estreitando laços e expandindo horizontes através de parcerias e apresentações por todo o estado. Com seu estilo pop romântico, Renata conquistou não apenas o reconhecimento do público, mas também o respeito e admiração de seus pares na indústria musical. Sua capacidade de emocionar e envolver os espectadores transcendeu fronteiras geográficas, consolidando seu status como uma das vozes mais cativantes e autênticas do cenário contemporâneo. O mais recente capítulo na trajetória de Renata Moraes é marcado pelo lançamento de uma série de clipes musicais, nos quais Renata presta homenagem a canções que fizeram e fazem parte de sua jornada artística. O primeiro clipe dessa série, lançado em março de 2024, apresenta a interpretação de "Quando Você Passa (Turu Turu)", dos renomados compositores Francesco Boccia e Ricardo Moreira, imortalizada pelas vozes da icônica dupla Sandy e Junior. Este lançamento, amplamente aclamado pela crítica e pelo público, é apenas uma amostra do que está por vir, com Renata prometendo uma série de novos clipes a serem lançados ao longo do ano. Para os seguidores ávidos e entusiastas da arte de Renata Moraes, o futuro reserva uma promessa de novas emoções e descobertas musicais. Sua jornada de 25 anos na música é mais do que uma mera sequência de notas e melodias; é um testemunho da força transformadora da arte e da capacidade de um indivíduo de deixar uma marca indelével no tecido da sociedade através de sua expressão criativa. Renata Moraes não é apenas uma cantora extraordinária; ela é uma verdadeira musa inspiradora, cuja voz ecoará por gerações, celebrando a beleza e a universalidade da música em todas as suas formas. Ouça em: https://www.youtube.com/watch?v=XbU60Ex9o-A Joacles Costa

  • "Hilda e Freud" ganha nova temporada no Teatro Vannucci depois de nove anos longe dos palcos cariocas

    Escrito e dirigido por Antonio Quinet, “ Hilda e Freud” estreia nova temporada em 31 de outubro no Teatro Vannucci   Espetáculo da Cia. Inconsciente em Cena mergulha no onírico mundo da poeta Hilda Doolittle a partir de seus escritos sobre suas sessões de psicanálise com Sigmund Freud   Concebida para ser um espetáculo itinerante do Freud Museum, em Londres, onde estreou em 2013, “ Hilda e Freud ”, da Cia. Inconsciente em Cena , volta à cena carioca depois de nove anos para uma curta temporada no Teatro Vannucci , no Shopping da Gávea, entre 31 de outubro e 5 de dezembro de 2024, toda quinta, às 21h.   Escrito pelo dramaturgo, encenador e renomado psicanalista Antonio Quinet e dirigido por ele em parceria com Regina Miranda , o espetáculo é baseado na correspondência e nos escritos da poeta Hilda Doolittle sobre suas sessões com Sigmund Freud em Viena, na Áustria, nos anos 1930, num período conturbado em que a psicanálise estava florescendo e o mundo se deteriorava no período entreguerras. Em “Hilda e Freud”, o fundador da psicanálise é retratado pelo ponto de vista de uma paciente.   Em cena, Antonio Quinet dá vida à Freud e Juliana Teixeira à poeta Hilda Doolittle , uma mulher à frente de seu tempo, com vida afetiva libertária e conturbada, que busca na psicanálise um tratamento para seu bloqueio na escrita. A peça faz o espectador entrar no consultório de Freud e ver por dentro como é o processo de tratamento psicanalítico. Os medos, amores, lutas, sonhos e alucinações da paciente suscitam em seu analista intervenções geniais que mudam a vida da escritora, além de selar uma forte amizade entre os dois. “A análise da poeta Hilda Doolittle com Sigmund Freud, na Viena dos anos 1930, compõe um dos mais importantes testemunhos sobre a prática da psicanálise efetuada por seu fundador”, conta Antonio Quintet, diretor da Cia. Inconsciente em Cena, grupo fundado por ele em 2005, com nove peças de repertório que dialogam com o universo psicanalítico. Com vários livros publicados no Brasil e exterior, Quintet é referência ao unir a arte teatral a temas centrais da psicanálise, sobretudo o inconsciente. Quintet é ainda patrono do Freud Museum, de Londres, onde ministra cursos e encena peças de teatro. A peça mescla uma linguagem poética e culta com projeções contemporâneas que ambientam o espectador na imaginação e no inconsciente dos personagens. A direção de arte e cenografia, assinadas por Analu Prestes , transportam o público para o poder evocador dos versos e das imagens poéticas do universo imaginista, movimento literário inglês do qual Hilda Doolittle foi o símbolo. O espetáculo faz parte da pesquisa “Teatro e psicanálise”, desenvolvida por Antonio Quinet no âmbito do mestrado e doutorado da Universidade Veiga de Almeida, na qual pretende transmitir a psicanálise através do teatro, e assim levar ao público, artisticamente, às descobertas do inconsciente. Após as apresentações, haverá um bate-papo com o elenco e com uma personalidade convidada. (crédito das fotos:Marcelo Sáez) Trajetória do espetáculo “Hilda e Freud” estreou mundialmente em 2013 no Freud Museum, em Londres, casa original e consultório do psicanalista. Em 2015, foi apresentada em espanhol em Buenos Aires, na Argentina, e voltou para mais uma temporada em Londres. Em dezembro do mesmo ano, teve sua estreia no Brasil com Bel Kutner como Hilda Doolittle, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Desde então, a peça já foi apresentada em várias cidades do Brasil e também no exterior, em Barcelona (Espanha), Medelín (Colômbia), Nova York (Estados Unidos) e Melbourne (Austrália). Recentemente, em maio deste ano, esteve novamente em Londres no Freud Museum para apresentações em inglês e em português. A montagem já foi vista por mais de 18 mil espectadores. Antonio Quinet Psicanalista com formação na Escola de Lacan, em Paris, doutor em filosofia pela Universidade de Paris VIII, professor universitário, dramaturgo, encenador atuando também como Freud na internacionalmente conhecida peça de teatro Hilda e Freud. Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo lacaniano onde já ocupou diversos cargos internacionais. Tradutor de Lacan no Brasil.  Conferencista internacional com vários livros de Psicanálise publicados no Brasil e no exterior. Sua pesquisa sobre psicanálise e teatro tanto teórica quanto cênica é mundialmente reconhecida e inédita. Diretor da Cia. Inconsciente em Cena que tem como objetivo a transmissão da psicanálise através do teatro. Patrono do Freud Museum de Londres onde dá cursos e encena peças de teatro. Juliana Teixeira Atriz, formada no Rio de Janeiro em artes cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Viveu em Nova Iorque entre 1985 e 1988, onde estudou dança e técnicas teatrais na Actors Play House e no Terry Schrieber Studio. De volta ao Brasil, vem trabalhando em cinema, teatro e televisão. No teatro, trabalhou com prestigiados diretores e equipes em numerosas peças, dentre as quais se destacam “Anti-Nelson Rodrigues” e “Memória D'Alma”, vencedora como atriz do Prêmio Cenim 2018. Em Londres, sua atuação como Hilda Doolittle recebeu uma excelente crítica e aplausos em cena aberta.   Regina Miranda Premiada coreógrafa, escritora, diretora de teatro e cineasta. Foi diretora do Instituto Laban em Nova York por 20 anos, sempre mantendo o contato com o Brasil, criando e dirigindo espetáculos e instalações cênicas nos dois países. Por eles, recebeu inúmeros prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Funarte 2024 - Mestra das Artes Brasileiras, pelo conjunto de obras. Tem sido parceira de Antonio Quinet por mais de uma década, com quem realizou diversas montagens de peças de teatro para a Cia. Inconsciente em Cena. (crédito das fotos:Marcelo Sáez)   Ficha técnica: Texto: Antonio Quinet Direção Compartilhada: Antonio Quinet e Regina Miranda Elenco: Juliana Teixeira como Hilda Doolittle Antonio Quinet como Sigmund Freud Assistente de direção: Joana Lima Silva Iluminação: Fernanda Mantovani Direção de arte e cenografia: Analu Prestes Videocenografia: Mídias organizadas Trilha sonora: José Eduardo Costa Silva Figurino: Beto de Abreu Técnico de som e vídeo: Túlio Fernandes Visagismo: Josef Chasilew Fotografia: Flávio Colker Assistência de produção: Wagner Uchoa Assistência de produção: Breno Costa Realização: Cia. Inconsciente em Cena     SERVIÇO   Espetáculo: “Hilda e Freud” Temporada: de 31 de outubro a 5 de dezembro de 2024 Apresentações: toda quinta-feira, às 21h Teatro: Teatro Vannucci | Shopping da Gávea Endereço: Rua Marquês de São Vicente 52 – 3° Andar Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) Bilheteria online: https://bileto.sympla.com.br/event/98772/d/280442 Alex Gonçalves Varela Historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.

  • Promoção dos queijos da região Centro de Portugal com nova estratégia

    A região Centro de Portugal conta agora com uma nova estratégia de promoção dos queijos dessa região no mercado nacional e internacional. Trata-se de uma ação realizada pela InovCluster – Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro, com sede em Castelo Branco, com foco no Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (PROVERE) Queijos Centro de Portugal. O objetivo, segundo apurámos, é “atuar de forma coordenada e em proximidade com diversos agentes da fileira, com as Comunidades Intermunicipais das regiões associadas às 3 DOP da Região Centro e com a Entidade Regional de Turismo do Centro, numa governança articulada e concertada que valorize e potencie a promoção e o marketing, assim como o património cultural associado aos Queijos Centro de Portugal.   A novidade foi avançada durante a primeira edição do Summit Turismo Centro de Portugal, no último dia 16 de outubro, na Casa da Cultura da Sertã. O programa do evento incluiu diversas apresentações de outros líderes PROVERES, que se destaca por ser um instrumento territorial operacionalizado pelo Centro2030, onde se destacam as Aldeias do Xisto, as Estações Náuticas, Aldeias Históricas de Portugal, Aldeias de Montanha, Portugal Romano, Territórios Termais, iNature & Geoparks 2030 e Vinhos das Regiões Vitivinícolas da Região Centro, para além dos líderes dos Planos de Revitalização, nomeadamente, o Programa de Revitalização do Pinhal Interior e o Plano para a Revitalização da Serra da Estrela. O evento, que reuniu vários agentes regionais e o Secretário de Estado do Turismo de Portugal, Pedro Machado, teve como objetivo “a definição e o debate de estratégias conjuntas de articulação e concertação de projetos na premissa de alinharmos estratégias e complementaridades de ações”. “Estamos alinhados para trabalharmos numa governança articulada e concertada que valorize o desenvolvimento do turismo no nosso território”, afirmou Christelle Domingos, diretora-executiva da InovCluster, reforçando que já após a aprovação desta estratégia, o próximo desafio é “desenhar um plano de ação que identifique as respostas aos desafios e oportunidades relacionadas com a valorização dos queijos do Centro de Portugal, dinamizando com isso atividades que estimulem o surgimento de iniciativas empresariais dos agentes económicos no âmbito da fileira, mas também promover a atração de capital humano qualificado e a dinamização dos respetivos territórios”. Fotos cedidas pela entidade entrevistada. Ígor Lopes Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).

  • Ainda Estou Aqui, o filme brasileiro do momento

    Como não poderia deixar de ser, esta semana escrevo sobre o filme brasileiro do momento.   O longa foi "Ainda estou aqui", baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, foi ovacionado no Festival de Cannes deste ano. Fernanda Torres recebeu oito minutos de aplausos de pé merecidamente. Então, acho que este é mais do que um filme; é uma chance de reparação histórica para o cinema brasileiro. Em 1999, Fernanda Montenegro disputou o Oscar de Melhor Atriz e perdeu (pasme) a insossa Gwyneth Paltrow, por "Shakespeare Apaixonado".   Agora, décadas após Fernandona ter sido indicada por "Central do Brasil", com uma atuação que cativou o mundo e mostrou a profundidade do talento nacional, sua filha, Fernanda Torres, nos entrega outra interpretação arrebatadora, digna da mesma aclamação.   Em uma performance que é, ao mesmo tempo, uma homenagem e uma afirmação própria, Fernanda Torres mergulha em sua personagem com uma profundidade que ecoa a atuação visceral da mãe, mas que também traz a força única de uma geração marcada por novas experiências e sensibilidades. A intensidade de "Ainda estou aqui" encontra na interpretação da Fernanda o seu coração pulsante, e cada gesto e expressão dela lembram a honestidade crua que sua mãe levou para a tela anos atrás. Não cabem comparações, mas a afirmação de serem duas atrizes brilhantes.   Dirigida por Walter Salles, o cinema brasileiro reafirma sua capacidade de produzir narrativas profundamente humanas com precisão técnica. A atriz tem cenas de pura vulnerabilidade, explora as nuances do sofrimento e da resiliência de forma tão verdadeira que parece transcender a atuação. Eu sinto ecos de "Central do Brasil" em cada silêncio e em cada olhar. É como se o filme fosse um diálogo entre mãe e filha sobre o que significa, para o cinema brasileiro, explorar a essência humana, principalmente numa posição de mãe.   Esta é uma história real; o escritor Marcelo Rubens Paiva conta essa história em seu livro homônimo e vencedor do maior prêmio literário do Brasil, o Jabuti. Seu pai foi levado de casa por forças militares, torturado e nunca mais voltou. Aí, vemos a mãe, a advogada Eunice Paiva, com cinco filhos para criar em uma época nada fácil para nós, mulheres. Então, a emoção, se mistura com a força de Eunice, com os seus silêncios e fazem o filme bastante profundo, mas longe do melodrama chato. A montagem se destaca pela forma como administra o ritmo da narrativa, alternando momentos de silêncio contemplativo com sequências mais dinâmicas. Outra coisa que merece destaque é a fotografia do filme, com seus contrastes e detalhes intimistas, ela dialoga com o estado emocional dos personagens e nos envolve. A comparação com produções não americanas ganhadoras do Oscar é inevitável; "Ainda estou aqui" traz o mesmo peso emocional e a mesma autenticidade que encontramos em "Amor" (2012) – que, aliás, levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013. Gostei muito do uso dos espaços e do jeito que a cidade parece ser um reflexo das emoções de Eunice. A trilha sonora é discreta, mas eficaz, amplificando a intensidade das cenas, sem roubar o foco das atuações ou da narrativa.   "Ainda estou aqui" não é só a história da família do Marcelo Rubens Paiva, é a história de muitas famílias do Brasil que viveram os horrores da Ditadura e que, de uma forma ou de outra, teimam em deixar seus rastros ainda hoje.   www.claudiafelicio.com.br Cláudia Felício (roteirista, escritora best-seller  e crítica especializada em cinema) Quer mais conteúdo sobre filmes, séries e livros? Siga-me no Instagram; estou te esperando:  @claudiafelicio Claudia Felício Sou roteirista, escritora best-seller e traduzida para a América Latina. Publiquei por grandes editoras como a Ediouro e a Editora Planeta do Brasil. Crítica especializada em cinema e tive uma coluna sobre o assunto no jornal “O Fluminense”, na qual entrevistei grandes nomes como o gladiador Russell Crowe. Eu também escrevo roteiros de TV e, entre outros, escrevi o programa “Almanaque dos Esportes”, exibido pelo SportTV2 e premiado pela Federation Internacionale Cinema Television Sportifs, de Milão, Itália. I nstagram: @claudiafelicio Curso de escrita: https://chk.eduzz.com/7WX5JRA40A  Website: www.claudiafelicio.com.br

  • A paixão nacional Clarice Lispector no filme "A paixão segundo GH"

    A ucraniana mais carioca que já existiu atendia pelo nome de Clarice Lispector . Recentemente, uma de suas obras foi adaptada para o cinema. " A paixão segundo GH ", do livro homônimo, é uma obra que atravessa gerações com sua profundidade existencial e misticismo íntimo. Transportada para as telas, essa história desafia não apenas a narrativa, ela desafia também nossas emoções mais profundas. A direção do Luiz Fernando Carvalho foi simplesmente brilhante: senti aflição quando GH passou a faca na parede, senti uma repulsa absurda na cena da barata – que é o incidente catalisador, inclusive. Tive a impressão de que estava assistindo um outro filme como "O Exorcista" porque, de tanto nojo, eu nem conseguia olhar para a telona, fechei os olhos. Tenho certeza de que várias leitoras desta revista partilham comigo o asco pelo referido animal. Brincadeiras à parte, o filme traz toda a tensão da obra original, gerada por um fluxo de consciência constante. Luiz Fernando Carvalho, conhecido por sua abordagem experimental e estética poética, assumiu esse desafio ao adaptar "A paixão segundo GH". Ao contrário de narrativas convencionais, GH nos leva para dentro da mente da protagonista. O filme, assim como o livro, é menos sobre ação e mais sobre reação, com um fluxo de pensamento que se mantém contínuo e envolvente. Aqui, permitam-me comparar "A paixão segundo GH" com um livro que julgo ser uma das maravilhas da nossa literatura: "Grande Sertão Veredas", de Guimarães Rosa. Assim como Riobaldo, GH vive uma travessia interna, um diálogo com  sua própria trajetória. A comparação com "Grande Sertão: Veredas" é legal quando se leva em conta a construção narrativa. Pensa comigo: ambas as obras começam com um mergulho nos íntimos dos protagonistas, utilizando o fluxo de consciência para guiar o espectador/leitor. No filme "A paixão segundo GH", essa técnica é explorada com precisão por meio da montagem e da direção de fotografia. O uso de planos fechados e longas sequências sem diálogos evoca o ritmo da prosa de Lispector, em que cada palavra carrega peso e cada pausa é uma oportunidade de reflexão.  A direção de Luiz Fernando Carvalho dialoga diretamente com o simbolismo visual, algo que ele já explorou em outras produções. O apartamento de GH, cenário principal do filme, se torna uma extensão da psique da personagem, assim como os vastos sertões são uma metáfora para a jornada de Riobaldo em "Grande Sertão Veredas".  A fotografia, de tons neutros e iluminação natural, cria uma atmosfera opressiva, refletindo o desconforto existencial da protagonista. O filme consegue capturar o fluxo alucinante de interpretações e imaginações não apenas pelas palavras, mas pelas imagens. Luiz Fernando Carvalho transforma o apartamento de GH num labirinto simbólico, onde cada cômodo, cada parede, parece reverberar suas angústias e descobertas. A direção de arte, minimalista e opressiva, contrasta com a riqueza dos pensamentos de GH.  Maria Fernanda Cândido é a alma do filme; que entrega! Sua GH é uma mulher em desconstrução, em um processo de redescoberta que a devasta e a renova. Sua interpretação vai além das palavras e das imagens, conseguindo transmitir a profunda solidão e a revelação dolorosa que GH enfrenta. Há algo meio visceral na forma como ela se movimenta pelo espaço, nas pausas e no silêncio; silêncio este que ela usou muitíssimo.  Maria Fernanda faz os movimentos econômicos, o olhar fixo, as pausas precisas. Ela constrói uma GH silenciosa, mas poderosa, que comunica sua angústia não pelas palavras. É impossível não se sentir arrastado por sua dor, sua confusão e, finalmente, sua aceitação.  Adaptações literárias sempre carregam o desafio de manter a essência do original enquanto aproveitam ao máximo os recursos audiovisuais e, vamos combinar que, transportar uma obra de Clarice para o cinema não é lá uma tarefa muito fácil. A adaptação cinematográfica de "A paixão segundo GH" é um dos projetos mais desafiadores e inovadores do cinema brasileiro recente. Fui ao cinema com uma certa desconfiança de como o roteiro iria dar conta da história. Melina Dalboni resolveu muito bem e conseguiu segurar uma narrativa difícil e, quase o tempo inteiro, com uma única personagem em cena: GH. Tecnicamente, "A paixão segundo GH" é uma obra que explora os limites da narrativa cinematográfica. A direção de Luiz Fernando Carvalho e a atuação impecável de Maria Fernanda Cândido fazem desta adaptação uma experiência visualmente rica e psicologicamente envolvente. O existencialismo de Clarice está presente na telona ao traduzir para o cinema o fluxo de pensamento e a profundidade introspectiva, mostrando que o silêncio e o espaço visual podem ser tão poderosos quanto as palavras. Cláudia Felício (roteirista, escritora best-seller  e crítica especializada em cinema) Quer mais conteúdo sobre filmes, séries e livros? Siga-me no Instagram; estou te esperando:  @claudiafelicio Cláudia Felício - colunista da Revista do Villa Sou roteirista, escritora best-seller e traduzida para a América Latina. Publiquei por grandes editoras como a Ediouro e a Editora Planeta do Brasil. Crítica especializada em cinema e tive uma coluna sobre o assunto no jornal “O Fluminense”, na qual entrevistei grandes nomes como o gladiador Russell Crowe. Eu também escrevo roteiros de TV e, entre outros, escrevi o programa “Almanaque dos Esportes”, exibido pelo SportTV2 e premiado pela Federation Internacionale Cinema Television Sportifs, de Milão, Itália. Instagram: @claudiafelicio Curso de escrita: https://chk.eduzz.com/7WX5JRA40A Website: www.claudiafelicio.com.br

  • Entrevista: Desembargador Henrique Andrade Figueira

    Meu entrevistado é Desembargador e presidente do TRE-RJ Henrique Andrade Figueira. 1- Que razão lhe levou a escolher o ingresso na Faculdade de Direito ? Minha família tem várias gerações de advogados. Acho que optei por um fator genético, de aptidão (nunca fui chegado a matemática, geometria, disciplinas exatas) além da influência paterna. 2- Quais pontos merecem atenção em seu ponto de vista para o aprimoramento e modernização do ordenamento jurídico brasileiro ? Na verdade todos os temas ligados a relações humanas e das pessoas com o meio ambiente são importantes porque a sociedade está sempre em evolução. As ideias mudam o comportamento social e as leis precisam acompanhar essas mudanças.  3- Dentre as maiores carreiras jurídicas, a Magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública. Por que optou pela carreira de Juiz de Direito ? Nunca pensei em ser juiz, queria advogar. Um amigo me chamou para fazer o concurso e fui só com a ideia de reciclar os estudos, já tinha dez anos de formado. Acabei passando e ao tomar posse me senti realizado na nova atividade. Como brinco em família, digo que “nasci pra isso”. 4- Tendo um currículo invejável, sendo Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Quais foram seus maiores desafios ? O primeiro deles, julgar bem, julgar certo, com máximo respeito às partes e alegações delas. Verificar os fatos, as provas, e adotar a melhor interpretação da lei para aproximar o mais possível do senso de Justiça. Segundo, na administração, buscar o melhor equilíbrio entre os interesses público e privado. O Estado foi criado para servir as pessoas, por isso se fala serviço (ao) público. Ou seja, não deixar que a força da máquina pública atrapalhe a vida tanto dos servidores como das pessoas que precisam do Judiciário. 5- Desde a lava jato criou-se um sentimento no povo de desconfiança com o Judiciário, iniciando-se no STF até as demais instâncias. Como interpreta os ataques ao Judiciário feito por alguns parlamentares ? Vejo como fatos normais do estado democrático de direito. Fundamental não só respeitar as opiniões quando positivas, construtivas, estar com a mente aberta para ver se estão certas, e tentar melhorar nossa atividade. Mas não há como aceitar se houver a intenção de desestabilizar as instituições, especialmente porque o Judiciário atua como maior guardião da democracia, na qual os poderes são harmônicos e independentes. Devem conversar e se respeitar. 6- Pela visão da sociedade, os ingressantes na carreira da Magistratura são de vida financeira confortável e não sabem a realidade do cidadão comum. O que pensa a respeito ?  Existe um trabalho no TJRJ para isso ? Existe políticas públicas de humanização do Magistrado ? Realmente, se considerada a realidade salarial do brasileiro, pode se chegar a essa conclusão. Mas se aprofundar um pouco, vemos que o juiz integra parte da sociedade com maiores condições, tem uma responsabilidade profissional e social altisssima. Então, fundamental que ele tenha situação financeira confortável. Quanto a não saber o juiz da “realidade do cidadão comum”, não concordo de forma alguma. Ninguém está mais perto da realidade social do que o juiz. Ele estuda os processos criminais, de família, empresarial, de sucessões, de responsabilidade civil e do Estado, enfim, mantém diário contato com a agonia, o drama, a dor, a frustração, a alegria, todas as emoções sociais submetidas a sua análise. Além disso, os tribunais fazem inúmeras ações sociais, levam a Justiça para “onde o povo está”, como diz o artista. O judiciário é extremamente democrático. O concurso público dá oportunidade indiscriminada de acesso a qualquer pessoa, e lá encontramos juízes com origem em todas as camadas sociais. Depois de aprovado no concurso o juiz passa quatro meses em cursos dentro do tribunal que tratam da função e do papel do juiz na sociedade. 7- Quais foram as acertos e os pontos que ficaram devendo na atuação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro nessas eleições de 2024 ? O TRE possui um quadro excepcional de servidores, com muita experiência em eleições. O ponto alto foi a organização que começa logo depois que termina a eleição anterior. Um trabalho gigantesco, difícil, na escolha do batalhão de pessoas, locais de votação, logística de transporte, segurança, vários detalhes que as pessoas sequer imaginam para assegurar o livre e consciente exercício do voto. A atuação conjunta com as Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal, Exercito, Marinha e Aeronáutica foi espetacular, afinada, e resultou no excelente trabalho desenvolvido. Ficou devendo muito pouco, as eleições transcorreram sem maiores incidentes. Apenas entendo necessário incrementar a fiscalização, o que não depende somente do TRE, para evitar os abusos no dia da eleição, principalmente dos candidatos que emporcalham as cidades. Comportamento lamentável. 8 - Depois de ter alcançado os maiores cargos no Judiciário fluminense, aceitaria um convite para compor a mesa de Tribunais Superiores em Brasília ? Minha missão no Judiciário acredito estar aqui no nosso Estado, nas nossas cidades, com a nossa gente. 9 - Qual legado deixa ao Judiciário do Rio de Janeiro após sua passagem pela Presidência do TJRJ ? Seria pretensioso achar que deixei um legado. Trabalho em conjunto com todos os Magistrados, Servidores, contratados e demais pessoas que atuam nos Tribunais de Justiça e Eleitoral do Rio de Janeiro, que ainda presido até março de 2025, sempre com o foco nos serviços para as pessoas, com a intenção de melhorar as instituições e proporcionar paz social, a função maior da vida.  Chico Vartuli Arquiteto, dedicado a interiores, com pós graduação em Berlim e curso de decoração em Londres, amante da arte e cultura. De um tempo para cá começou um hobby; escrever colunas, dedicando se a buscar pessoas, histórias interessantes voltadas ao mundo artístico.

  • O premiado monólogo “Só vendo como dói ser mulher do Tolstói” chega ao Teatro Adolpho Bloch

    Com sucesso de público e elogios de críticos, o premiado monólogo “Só vendo como dói ser mulher do Tolstói” chega ao Teatro Adolpho Bloch dia 28 de outubro Com texto de Ivan Jaf, direção de Johayne Hildefonso e interpretação de Rose Abdallah, a peça expõe a relação tóxica entre o escritor russo e a esposa Sofia.  O figurino assinado por Giovanni Targa foi indicado ao Prêmio Shell e venceu o Prêmio Fita Um dos escritores mais importantes da literatura ocidental, o russo Leon Tolstói teve uma relação extremamente tóxica com a esposa Sofia. Essa é a revelação do elogiado monólogo “Só vendo como dói ser mulher do Tolstói” que, atendendo a pedidos, chega ao Teatro Adolpho Bloch em ÚNICA APRESENTAÇÃO, segunda-feira, dia 28 de outubro, às 20h. Com texto de Ivan Jaf, direção de Johayne Hildefonso, interpretação de Rose Abdallah e música original de André Abujamra, a peça procura desmitificar o mito Tolstói, ao expor o machismo do autor de “Guerra e paz” e “Anna Karenina”, e jogar luz sobre o protagonismo feminino. O detalhado figurino de época da peça, assinado por Giovanni Targa, foi indicado ao Prêmio Shell e venceu o Prêmio Fita.  Idealizadora do projeto, a atriz Rose Abdallah dá vida a Sofia Tolstói, cujos diários escritos durante 48 anos comprovam um relacionamento patriarcal, machista e abusivo. Ofuscada pela fama do marido por dois séculos, só agora, com os movimentos de empoderamento feminino, a voz de Sofia começa a ser ouvida. Em “Só vendo como dói ser mulher do Tolstói”, uma atriz prepara-se para entrar em cena no papel de Sofia. No camarim, mistura a voz da personagem com sua voz feminista atual, indignada e revoltada com o escritor machista e abusivo. Mistura também épocas – inícios dos séculos XX e XXI – e espaços – Rússia e Brasil. Em uma linguagem do nosso tempo, Sofia, enfim, fala. Nos bastidores da vida de um grande homem, havia mesmo uma grande mulher, mas ela foi massacrada e oprimida.  “Conhecia Sofia Tolstói apenas por foto e sempre ao lado do marido Leon Tolstói, o grande romancista russo. Quando li o monólogo, foi uma mistura de sentimentos: amor por ela e choque por conhecer o outro lado de Tolstói. Apesar de toda a sua genialidade, ele era um homem comum, um russo seguidor fiel dos ensinamentos do Domostroi, que, em russo, significa ‘ordem na casa’, ‘se o marido não domar a esposa, todo lar desmorona’. Conheço várias mulheres que ainda hoje vivenciam os mesmos conflitos que Sofia. Talvez leve mais alguns séculos para que uma mudança concreta ocorra e que, finalmente, as mulheres tenham seu protagonismo reconhecido, reflete Rose Abdallah. Sofia foi casada com o célebre escritor russo Leon Tolstói por 48 anos, até que, no dia 28 de outubro de 1910, ele fugiu de casa e acabou morrendo dez dias depois na estação ferroviária de uma pequena vila a 300 quilômetros de distância. A culpa sobre a morte do famoso escritor recaiu sobre Sofia, que foi considerada uma megera da qual Tolstói havia fugido e, por isso, morrera.  Foram quase 50 anos de brigas entre o escritor e a esposa. Um século de machismo estrutural, somado à imensa fama planetária e importância da obra de Tolstói, legou à Sofia o papel de megera. No entanto, o movimento feminista vem corrigindo essa injustiça. Durante toda a relação, cada qual retratou em diários o que se passava entre eles, em detalhes. É a leitura atual desses diários que deixa clara a relação tóxica, abusiva e patriarcal do homem Leon, independentemente de seu inquestionável talento literário. É a partir do conteúdo desses diários que o dramaturgo Ivan Jaf constrói seu monólogo, dando voz a Sofia. Não uma voz contida pela repressão da mulher na Rússia do começo do século XX, sob o peso da Igreja Ortodoxa e da mão pesada do czarismo, mas um discurso com toda a verve libertária da indignação feminina atual.  Os trajes pesados do figurino de Giovanni Targa, que remetem ao severo inverno russo, são destaques na encenação. “O figurino por si só é um espetáculo, passando por vários séculos 18, 19 e 21 as roupas são colocadas e trocadas durante a apresentação como camadas. Como são roupas pesadas com muitos detalhes e muitos botões, a concentração é ampliada na execução. Tem uma ordem certa para vestir as peças”, explica Rose. Sobre o Teatro Adolpho Bloch Localizado no histórico Edifício Manchete, na Glória, Rio de Janeiro, projetado por Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx, o Teatro Adolpho Bloch é palco de momentos célebres da nossa cultura. Desde maio de 2019, o Instituto Evoé é responsável por devolver ao Rio de Janeiro esse espaço icônico, porém ainda mais moderno, transformado num complexo cultural. Graças à genialidade de Niemeyer, que criou um palco reversível, tornou-se possível, em um período desafiador, como a pandemia, promover espetáculos e eventos tanto na área externa, ao ar livre, quanto na interna. Ou nas duas ao mesmo tempo, em formato arena, proporcionando aos artistas, produtores, além dos cariocas e turistas, múltiplas formas de se criar e consumir arte e entretenimento. A construção é um ícone carioca – na arquitetura e na história que carrega. Único teatro na cidade do Rio de Janeiro que possui um palco reversível, permitindo que o público se acomode na área externa da casa de espetáculos, o Teatro Adolpho Bloch ganhou, em 2021, o formato arena, com capacidade para 359 lugares internos e 120 externos e um palco de 140m², equipado com a melhor estrutura. O espaço abriga ainda bistrô Bettina Café & Arte. Link para imagens:  https://drive.google.com/drive/folders/1E5kzndpCpxrseuRLrWQ2H8D-02uyF-iu   Serviço: “Só vendo como dói ser mulher do Tolstói” Dia  28 de outubro, 20h Segunda-feira, às 20h. Teatro Adolpho Bloch:  Rua do Russel, 804 - Glória Duração:  1h Classificação:  16 anos Venda de ingressos:  https://bileto.sympla.com.br/event/99465/d/283349   Valor: entre R$20,00 e R$60,00 Informações para a imprensa: MNiemeyer Assessoria de Comunicação -  www.mniemeyer.com.br Juliana Rosa:  julianaalmeida@mniemeyer.com.br  / (21) 97209-5898 Rafaela Barbosa:  rafaela@mniemeyer.com.br  / (21) 99061-5257 Alex Gonçalves Varela historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.

  • ApexBrasil promove “Matchmaking Day” em Portugal no mês de novembro

    A edição 2024 do WebSummit Lisboa vai contar com várias ações paralelas de aproximação do mercado empresarial internacional, incluindo interações entre brasileiros e portugueses. Um desses momentos será liderado pelo escritório europeu da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX Europa), que vai realizar o “ Matchmaking Day ”, no próximo dia 13 de novembro, nas instalações do DNA Cascais, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. O objetivo desta ação, que acontece no âmbito do apoio à missão da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), especificamente para o evento de tecnologia na capital portuguesa, é “apoiar o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, em especial a partir de Portugal para toda a Europa e para os países da CPLP”. Dentre os participantes confirmados, estão Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais; Frederico Nunes, vereador e presidente da DNA Cascais; e Nelma Fernandes, presidente da Confederação Empresarial da CPLP, entre outros nomes. “O WebSummit Lisboa é um evento estratégico para mostrarmos para ao mundo o Brasil como celeiro de inovação e a ApexBrasil está levando a maior delegação brasileira da história para o evento, oferecendo trilhas de preparação para que tenham os melhores resultados possíveis em Lisboa”, comentou Ana Paula Repezza, diretora de Negócios da ApexBrasil. Esta responsável sublinha que o “Matchmaking Day é um dos pontos altos para as nossas startups”. “Depois de participar de uma trilha de preparação, elas estarão frente a frente com investidores e parceiros locais para expandir os seus negócios para a Europa”, acrescentou Ana Paula Repezza. “Após dois anos e meio de ações contínuas, onde demos início à operação da Funcex Europa, a partir de Portugal, já que temos a sede da Fundação no Brasil, é recompensador vermos os resultados e reconhecimento que conquistamos até aqui. Sermos escolhidos pela APEX, pelo segundo ano consecutivo, para recebemos as startups brasileiras durante o WebSummit é um exemplo concreto desse resultado”, afirmou Higor Ferro Esteves, diretor geral da Funcex Europa. Segundo Cristiano Jardim, diretor da FUNCEX Europa e responsável pelo escritório da entidade em Cascais, esta iniciativa “será uma oportunidade paras as startups brasileiras entenderem um pouco mais sobre o processo de internacionalização, tendo como referência a experiência dos consultores da Funcex Europa e o apoio da Câmara Municipal de Cascais, através da DNA Cascais, que irá trazer, além de todo o seu conhecimento e know-how no apoio às startups, parceiros, empresas e instituições que irão auxiliar e abrir portas para o desenvolvimento de novos negócios na Europa, através de Portugal e com Cascais como porta de entrada”. Ígor Lopes Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).

  • Desenvolvimento da Hotelaria Baiana

    A hotelaria em Salvador a partir dos anos 50 teve o Hotel da Bahia como um marco, inaugurado em 1951. O hotel é considerado uma referência da arquitetura modernista brasileira e foi tombado como Bem Cultural do Estado em 2010.  O Hotel Tropical da Bahia, também conhecido como Hotel da Bahia, foi o primeiro  hotel  cinco estrelas de  Salvador , no estado da  Bahia . Exemplar da  arquitetura moderna , foi tombado em 2010 pelo  Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia  (IPAC).   Foi implementado por  Octávio Mangabeira , governador da Bahia entre 1947 e 1951, através de uma parceria público-privada no final de 1951. Foi o passo inicial para transformar a cidade de Salvador em polo turístico, oferecendo um hotel com capacidade para receber políticos, artistas, empresários, entre outros. Tornou-se reuto de encontro da alta sociedade baiana e celebridades. O projeto elaborado por  Diógenes Rebouças , engenheiro agrônomo e artista plástico, e Paulo Antunes Ribeiro, arquiteto carioca, teve repercussão internacional, aparecendo na revista "L’Architecture d’Aujourd’hui" e no livro "Modern Architecture in Brazil", de Henrique Mindlin, que foi publicado em diversas línguas (inglês, francês, alemão e português).   Passou por intervenções em 1970, reformulando sua decoração e adicionando piscinas, porém mesmo assim foi fechado em 1978. Após novas reformas e ampliações em 1980, foi reaberto no final de 1984. Foi nesta reforma que os painéis de  Carybé   foram implementados. Em fevereiro de 2010 foi fechado novamente e em abril do mesmo ano, o hotel foi adquirido pelo  Grupo GJP Hotels  em leilão, que aportou em torno de cem milhões para sua compra. O grupo também investiu na reforma da edificação, que foi supervisionada pela IPAC, e teve um investimento em torno de setenta milhões para a reforma, dos quais boa parte foram destinados à restauração das obras de arte existentes no hotel. Durou três anos a reforma, sendo reaberto em 2013. O hotel além de sua importância histórica também possui grandes obras de arte.   O painel de Genaro, o mural "Festas Regionais" foi totalmente restaurado e está localizado na área do restaurante. Na recepção, encontra-se o painel de autoria de  Carybé , elaborado com placas de concreto. Além deste, têm mais outros dois do mesmo artista na área de eventos. Já o painel "Vegetação", de Fernando Duarte, encontra-se em torno da piscina. Outro painel, de Júlio Spinosa, está localizado no Café Teatro do hotel. Também possui uma mandada do mesmo artista, que foi adaptada para ser colocada na parede. Além dos painéis, fotografias de  Pierre Verger  estão distribuídas pelos quartos do hotel além das quarenta gravuras de  Calasans Neto . Le Meridien Bahia   Construído sobre as rochas, praticamente pendurado no mar do Rio Vermelho, o Hotel Le Meridien nasceu para ser destaque na capital baiana. Primeiro hotel cinco estrelas da Bahia, inaugurado em 1974, viveu momentos de glória que viveu entre os anos 70 e 90, quando recebia artistas, chefes de estado, celebridades, empresários e muita gente que juntava dinheiro só para se hospedar em seus quartos. Quem tem mais de 40 anos se lembra do Bar Canoa e da Boate Regine´s, points da elite que por muito tempo funcionou dentro do hotel.  A Regine´s rivalizava com a Hipopótamos, instalada no Othon, em Ondina. Muitos chefes de estado optaram pelo Méridien, como os reis da Suécia, em 1984, o primeiro ministro da Espanha Felipe Gonzalez, em 1987, e os presidentes de diversos países no II Encontro Íbero americano, em 1993. Mas anônimos endinheirados também usufruíam de sua piscina com a Iemanjá desenhada pelos azulejos do fundo ou fizeram compras nas suas lojas do lobby.   O Hotel Le Méridien de Salvador foi construído pelo Banco do Brasil, que arrendou o prédio à Sisal Bahia Hotéis Turismo em 1987. O hotel foi inaugurado em 1974 com grande pompa; época áurea na hotelaria brasileira.    O hotel fechou em 2000 devido a uma dívida de R$ 1,2 bilhão da Sisal com o Banco do Brasil. O grupo português Pestana Hotéis e Resorts comprou o prédio por R$ 17 milhões e investiu mais R$ 20 milhões em reformas. O hotel foi reinaugurado com o nome de Carlton Bahia e, posteriormente, passou a se chamar Pestana. O Hotel Pestana Salvador teve uma história marcada por mudanças de nome e de proprietário, além de períodos de crise no setor hoteleiro:    Em 2001, o grupo Pestana comprou o prédio do Banco do Brasil por R$ 17 milhões e em pouco tempo, o Carlton passou a se chamar Pestana.    Em 2015, o hotel demitiu pelo menos 130 funcionários devido à crise no setor hoteleiro.    Em junho de 2024, o antigo hotel foi arrematado pela Moura Dubeux e passará por um retrofit. A torre principal receberá um resort de uso misto, com estúdios, apartamentos, salas comerciais, lojas e restaurantes.      Na próxima matéria falaremos de outros grandes marcos hoteleiros da capital baiana. Não percam!   Fontes: BAHIA – Setur BAHIA TURISMO IPHAN Prodetur Nacional André Conrado Cidadão do mundo, carioca de nascimento e atualmente residindo em Salvador/Bahia; profissional de múltiplas habilidades. Hoteleiro de formação, com pós-graduação em Gestão de Turismo, estudou em Boston/USA. Apaixonado por artes, história e viagens, é apreciador de relíquias mundo afora. Com gosto e senso de humor apurado, busca incessante conhecimento em diversas Áreas e Gestão em Hospitalidade. Em sua coluna “ Relíquias da História “ na Revista do Villa, irá levar ao leitor uma verdadeira viagem pela história e o conhecimento.

  • Perfil: Jakson Valverde

    Jakson Valverde, amante de esportes radicais e da boa forma, com seus 28 anos de idade e 1.69 altura, sagitariano natural de Quebrangulo,  em Alagoas, cidade natal de Graciliano Ramos.     É um ator formado desde o ano 2016 (DRT 1592/AL) e foi mister brasil juvenil  2015. Mora em São Paulo há 8 anos, tendo vindo tentar a vida artística na capital paulista com intuito de realizar seus sonhos pessoais em alguma produção artística; já participou de alguns trabalhos com diversos diretores e atualmente trabalha como assistente de produção.   Jakson está se reiterando ao áudio visual novamente, depois de um período sabático onde se dedicou a meditação, estudos de textos e projetos, pois sabe que todo crescimento pessoal e profissional é embasado em muito estudo e disciplina.   Das passarelas para os palcos, Jakson Valverde é um jovem focado no mundo cultural, nas produções de teledramaturgia e cinematográficas. Com tanto talento, foco e determinação esse belo ator conquista seu espaço como uma das promessas da nova geração de artistas.   Sucessos em sua trajetória, Jakson! E que o sudeste abrace mais esse artista nordestino e seu talento plural. João Sousa Psicanalista Clínico especialista em Saúde Mental e Medicina Tradicional Chinesa.

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