Revista do Villa
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em forma de matérias, entrevistas e artigos realizados pela equipe de colunista.
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- Quando uma paixão vira um hobby e depois uma profissão!
O nome dele: Rafael Direito. Cantor, compositor e pianista carioca. Ele canta e encanta. Seja sentado atrás de seu piano, seja com seu violão na mão. Depois de grande destaque, ainda criança, cantando nas peças infantis aos finais de ano em sua escola, inicia verdadeiramente sua carreira musical aos treze anos de idade, no Centro Musical Antônio Adolfo/RJ, ao subir no palco para tocar e cantar pela primeira vez. Aos dezoito, foi convidado a integrar a, já conhecida, Banda Poesia de Gaia, juntamente com o ator Thiago Fragoso, oportunidade na qual fizeram shows pelo Brasil inteiro, tendo participado, ainda como tecladista, da banda do seriado Sandy&Junior, da Rede Globo de Televisão, a qual se apresentava aos finais dos episódios. Hoje, aos quarenta anos, seu lindo sonho realizado: “ viver da música e para a música ”! Atualmente se apresenta nos formatos solo (piano/violão&voz); ou com sua Banda completa, seja na versão “baile”, para festas corporativas, casamentos etc., seja com seu super “ Tributo a Elton John ”, em lugares e eventos dos mais variados na nossa querida cidade do Rio de Janeiro, bem como em outras cidades do Brasil e do mundo, em shows com repertório animadíssimo, vasto e eclético, com músicas selecionadas que vão da “Bossa Nova” a “hits internacionais” cantados em inglês, francês, espanhol e italiano . Em seu show, o público, canta, vibra, se emociona, dança ou simplesmente ouve! Mas o mais importante é a interação e o carisma que esse jovem cantor consegue nos passar, com seu sorriso vasto, sua animação contagiante e doação plena, levando seu público literalmente para “dentro do show”. É impossível sair sem estar com a alma leve e o coração em festa! Na pandemia, mudança de vida. Reinvenção, ressignificação. Rafael Direito, que ironicamente, sempre trabalhara profissionalmente apenas com o DIREITO, tendo integrado escritórios de advocacia de destaque no Rio de Janeiro, se vê em casa (como toda a humanidade!), o que lhe despertou, uma vez mais, sua grande paixão, a MÚSICA, vivendo, naquele momento, uma verdadeira IMERSÃO COMPLETA nos estudos musicais, principalmente com aulas de piano, improvisação e harmonia funcional, bem como na transmissão das - então recentes -, LIVES das redes sociais. Isso cativou seu público. Trouxe para perto muitas pessoas novas, aproximou várias outras e despertou a curiosidade de muitos. Com o alívio do LOCKDOWN, o retorno dos shows. Agenda enchendo. Shows online, shows em grandes hotéis, clubes e, principalmente, os HOMESHOWS. Este último sendo sua grande especialidade e marca registrada, na medida em que, como já amplamente reconhecido, ele literalmente TRANSFORMA um simples evento residencial em um verdadeiro ESPETÁCULO de música, alegria, animação e muita emoção. Junto com isso, o início dos ensaios. Seu “ Tributo a Elton Joh n ” - maior ídolo e referência musical -, que já existia em sua versão solo (piano&voz), se expande e vira um grande sonho realizado na versão com Banda Completa. Foram seis meses de ensaios frequentes e divertidamente produtivos, até que chegassem a esta incrível homenagem, que vem conquistando o Rio de Janeiro, já tendo, em muito pouco tempo, diversas apresentações de destaque, como por exemplo na grande CIDADE DAS ARTES, Barra da Tijuca/RJ, mega eventos como o WineJazz Rio, e outras casas de show consagradas, tais como o Blue Note, no Rio e o Soberano, em Itaipava. Com seu timbre de voz próximo ao do ídolo, ele começa com clássicos e baladas românticas e chega ao ápice do show com os super hits que marcaram época, novelas..., uma verdadeira viagem no tempo! Não há como não se emocionar e cantar junto! Seu show é um grande atalho entre o fã e o ídolo, tornando a nossa noite romântica e superanimada ao mesmo tempo!! A dedicação de Rafael à música de Elton John já lhe rendeu apelidos como “ Elton John Carioca ” e “ RafaElton ”, entre os amigos, o que, diz ele, “ torna o trabalho ainda mais divertido ”. Mas o cantor não passeia apenas sobre as músicas de Elton John. Seu vasto repertório nos faz viajar no tempo desde Nat King Cole, The Platters, Cole Porter, Frank Sinatra, Stevie Wonder, e clássicos como Garota de Ipanema, até os hits nacionais e internacionais da atualidade, incluindo outras de suas grandes referências musicais tais como Queen, Michael Bublé e Bruno Mars. Seu primeiro EP AUTORAL, “ Call Me Back ”, lançado ano passado com dois grandes shows no Rio, já está com as músicas disponibilizadas no Spotify , Deezer , YouTube , Google Play, e todas as plataformas digitais. Lançou recentemente seu primeiro videoclipe, da música autoral DISTANCE, no YouTube , e já tem mais dois projetos autorais para o ano que vem. Vale a pena conferir o trabalho desse grande artista, que canta e encanta a alma da gente! Katia Velloso - colunista da Revista do Villa
- Francisco Paulo de Almeida, primeiro e único Barão de Guaraciaba
Francisco Paulo de Almeida, primeiro e único Barão de Guaraciaba ( Lagoa Dourada , 10 de janeiro de 1826 — Rio de Janeiro , 9 de fevereiro de 1901 ), foi proprietário rural e banqueiro brasileiro . Distinguiu-se por ter sido financeiramente o mais bem-sucedido negro do Brasil Monárquico . Possuiu diversas fazendas . Com uma fortuna estimada à época em setecentos mil contos de réis . Foi proprietário do emblemático Palácio Amarelo na cidade de Petrópolis . Filho de António José de Almeida e de sua primeira esposa, Galdina Alberta do Espírito Santo. Foi casado com Brasília de Almeida (1844-1889). Iniciou sua vida como ourives , especializado na confecção de botões de colarinho. Era exímio violinista e suplementava sua renda tocando em enterros . Depois tornou-se tropeiro e em 1860 comprou sua primeira fazenda no Arraial de São Sebastião do Rio Bonito. Concentrou seus negócios cafeeiros nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro ( Vale do Paraíba ). Foi proprietário de várias fazendas de café, dentre elas, Fazenda Veneza ( Conservatória , Rio de Janeiro), posteriormente de propriedade de Lily Marinho , e Fazenda do Pocinho da Família Almeida e Souza ( Barra do Piraí / Vassouras , Rio de Janeiro). O historiador Carlos Alberto Dias Ferreira, autor do livro Barão de Guaraciaba: Francisco Paulo de Almeida: um negro no Brasil Império-Escravagista , afirma sobre o barão: " Não se trata de uma contradição ele ter sido negro e dono de escravos, pois tinha consciência do período em que vivia e precisava de mão de obra para tocar suas fazendas. E a mão de obra disponível era a escrava. " Foi sócio fundador do Banco Territorial de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais . Agraciado com o título nobiliárquico de barão em 16 de setembro de 1887. Foi o primeiro barão negro do império, se notabilizando pela beneficência em favor das Santas Casas . Após a Proclamação da República , adquiriu o Palácio Amarelo , atual sede do legislativo da cidade de Petrópolis , e foi importunado pelo legislativo, até vender seu imóvel. Foram seus filhos: · Mathilde de Almeida (e Souza). · Adelaide de Almeida. · Cristina de Almeida. · Adelina de Almeida. · Seberlina de Almeida. · Paulo de Almeida. · Artur de Almeida. · Mário de Almeida. · Francisco de Almeida. · Raul de Almeida. · Paulo de Almeida Guaraciaba Seus filhos homens foram enviados à França para estudar, com sua morte retornaram ao Brasil e alguns adotaram o sobrenome Guaraciaba . João Paulo Penido - colunista da Revista do Villa Brasileiro, 43 anos, divorciado, tenho dois Filhos, sou natural de Monte Carmelo/MG. Atualmemte resido em São Paulo/SP, exerco atividades como Agente Escolar/Consultor Comercial/Tributário. Formado em Administração (Usf-Itatiba/SP), Cursando Pedagogia (Faculdade Anhanguera) e tenho como hobbies jogar futebol, tocar violão, ler.
- Rodrigo Pandolfo e Louise D’Tuani estreiam “Alaska” no Teatro Poeira
Com direção e atuação de Rodrigo, espetáculo é uma inédita adaptação brasileira do texto da estadunidense Cindy Lou Johnson 'ALASKA' estreia temporada de 3 de outubro a 15 de dezembro no Teatro Poeira. (Clique para assistir ao video de divulgação) Link de fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1h3EVvO_9LaEZAh1paHK0f7BgXxa0PRvN Após uma curtíssima e bem-sucedida temporada em São Paulo, no Centro Cultural São Paulo (Espaço Ademar Guerra), em 2022, o espetáculo 'Alaska' entra em cartaz pela primeira vez no Rio de Janeiro - de 3 de outubro a 15 de dezembro - com ensaios abertos de 3 a 6 de outubro - no Teatro Poeira . Sob direção de Rodrigo Pandolfo , que também está em cena ao lado de Louise D`Tuani , a montagem é uma inédita adaptação brasileira de Brilliant Traces , título original do texto da estadunidense Cindy Lou Johnson . Idealizado por Louise há 13 anos, o projeto marca a segunda direção teatral de Rodrigo desde 'A Moça da Cidade' (2014). Ambientado em uma nevasca no estado do Alaska, o drama inicia quando Henry (Rodrigo Pandolfo) , uma figura solitária, é surpreendido por uma insistente batida na porta de sua cabana. Trata-se de uma visita desconhecida: Rosannah (Louise D’Tuani) , uma jovem vestida de noiva que, após dirigir ininterruptamente por semanas, entra e se instala no local. Ambas as personagens embaralham o que é verdade ou ilusão desse encontro, acompanhados dos bailarinos Alexandre Maïa e Tayson Pio, que trazem uma linguagem de universo fantástico por meio de intervenções de dança, traduzindo os conflitos mentais das protagonistas. 'Sempre olhei para esse espetáculo como um exemplo dos lugares invisíveis e multidimensionais em que habitamos. Existe algo misterioso nessa história, o que gera uma grande porta aberta para diferentes interpretações do público. Meu maior desafio é atuar e dirigir ao mesmo tempo. Essa experiência é inédita pra mim, portanto, nossa rotina se divide em ensaios para o diretor e para o ator, separadamente', afirma Rodrigo . Essa dupla jornada de ensaios é bem-vinda para Louise , que diz ser mais uma oportunidade de redescobrir a personagem Rosannah. 'Ela vem pra mexer nas feridas de Henry, após perder sua única referência e passar a não entender o sentido da sua existência. Logo na primeira temporada do espetáculo eu engravidei. Estou descobrindo no processo como a maternidade tem influenciado na minha interpretação, sobretudo por abordarmos justamente essa base emocional ligada à pais e filhos’, declara Louise . SINOPSE - ALASKA No estado do Alaska, enquanto uma nevasca cai do lado de fora, Henry (Rodrigo Pandolfo), uma figura solitária, é surpreendido por uma insistente batida em sua porta. Trata-se de uma visita desconhecida: Rosannah (Louise D’Tuani), uma jovem desesperada, vestida de noiva, que, após dirigir ininterruptamente por duas semanas até ali, se atira para dentro da cabana. Exausta, ela vomita algumas palavras, na tentativa de acalmar suas angústias. Ambos estão feridos pela cruel montanha russa da vida. Dois estranhos fugindo da própria realidade e, se possível, de qualquer contato humano. Se vêem confrontados pelo destino, presos no mesmo espaço-tempo, longe de tudo e de todos, obrigados a enxergar suas verdades. Rosanah e Henry se conectam para uma possível cura daquela ferida mais profunda e, de maneira onírica, nos fazem questionar se o que vemos está realmente acontecendo ou, até mesmo, se eles próprios estão ali ou trata-se somente de uma ilusão, um sonho lúcido ou uma viagem de ácido. Com humor, suas polaridades antagônicas vão sendo descobertas, trazendo à tona o que, muitas vezes, não conseguimos mensurar em palavras. Ao longo do espetáculo, vão descascando as camadas que cobrem seus traumas mais profundos, motivo da paralisação, do endurecimento, do ‘congelamento’ de cada um. E, finalmente, compreendem que, ao invés de ativar o modo fuga, é preciso remexer nesse baú de emoções, revirá-lo do avesso com olhos bem abertos e voltar ao ponto exato onde a escolha pode ser refeita e, agora sim, ressignificar a dor. ‘Alaska’ se propõe a investigar a natureza das relações modernas, o impacto das redes sociais na psique, a saúde mental, a fuga da realidade como falso modo de salvação e, claro, levantar um novo olhar, talvez menos solitário e mais altruísta, diante das tempestades e apagões brancos, inerentes de qualquer experiência de vida na terra. Cabe destacar a presença fundamental da contrarregragem performática, que abre o olhar do espectador para seres de um mundo invisível e fantástico, dispostos a nos estender a mão e nos salvar desse estranho labirinto, onde, a qualquer momento, tudo pode congelar. ‘Alaska’ aborda exatamente este momento crucial e desafiador, onde a seta aponta para dois caminhos: sucumbir ou dar o próximo passo. FICHA TÉCNICA Autor: Cindy Lou Johnson Tradução: Luiza Vilela Direção: Rodrigo Pandolfo Elenco: Louise D'Tuani e Rodrigo Pandolfo Bailarines/Performers: Alexandre Maïa e Tayson Pio Cenografia: Miguel Pinto Guimarães Figurino: Jay Boggo Designer de luz: Wagner Antonio Direção de Movimento: Lavinia Bizzotto Trilha sonora: Azullllllll Assistência de Direção: Rael Barja e Jean Machado Assistência e Operação de Luz: Walace Furtado Operação de Som: Gabriel Fomm Assessoria de Comunicação: Fuga Produções e Comunicação - Ricardo Oliveira Identidade Visual: Pat Cividanes Fotografia: Pat Cividanes e André Nicolau Redes sociais/Mídias Digitais - Rafael Gandra Cenotécnico: André Salles Cenografia e LC Cenografia Camareiro/Contrarregra: James Simão Produção Executiva: Bárbara Montes Claros Diretor de Produção: Celso Lemos Captação: Touche Entretenimento Administração: D’ Tuani Produções Artísticas e Realejo Produções Art ísticas SERVIÇO 'ALASKA' Temporada: de 3 de outubro a 15 de dezembro Ensaios abertos: de 3 a 6 de outubro Teatro Poeira (Rua São João Batista, 104 – Botafogo)Telefone: (21) 2537-8053 Horário: Quinta a sábado, às 20h | Domingo, às 19hIngresso: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia) Valores dos ingressos de 3 a 6 de outubro (ensaios abertos) - R$ 30,00 Capacidade: 171 lugaresDuração: 80 minutosClassificação: 14 anos Bilheteria: terça a sábado, das 15h às 21h | domingo, das 15h às 19hVendas pela plataforma Sympla a partir de 29 de agostoVendas na bilheteria do teatro Poeira a partir do dia 29 de agostohttps:// www.teatropoeira.com.br/ CONTATO PARA IMPRENSA Fuga Produções e Comunicação Ricardo Oliveira (21) 99909-1285 atendimentofuga@gmail.com Alex Gonçalves Varela - colunista da Revista do Villa Historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.
- Autarquia de Santa Maria da Feira decide atribuir Diploma de Mérito Municipal à Primeira Dama da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria no Rio de Janeiro
“Recebo esta homenagem com muita alegria e muita honra. O meu sentimento é de total gratidão. Gratidão por terem reconhecido o trabalho que fazemos aqui na nossa Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria”. É desta forma que Roselene Silva Pires de Boaventura, de 49 anos, vice-presidente de Atividades Artísticas e Primeira Dama da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, no Rio de Janeiro, Brasil, reage ao diploma que lhe foi atribuído pelo Executivo da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, em Portugal. Em declarações à nossa reportagem, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Amadeu Albergaria, revelou que a homenagem é fruto do seu “inestimável contributo para a promoção e perpetuação da história e da cultura das Terras de Santa Maria no Rio de Janeiro e no Brasil”. “É um reconhecimento justo e merecido, considerando a sua dedicação incondicional e de longa data à Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, prestigiada instituição sediada no bairro da Tijuca, fundada a 12 de julho de 1953 com o propósito de perpetuar a memória, as tradições e a cultura de Santa Maria da Feira. Tenho afirmado várias vezes, e reitero, que a Rose Boaventura é uma força da natureza, uma líder nata, persistente e incansável, de uma simplicidade e generosidade raras, com um papel determinante na sustentabilidade, afirmação e prestígio da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, uma instituição muito especial para nós, que preserva as raízes lusas e feirenses através da cultura e das tradições, em particular com a recriação da Festa das Fogaceiras, a mais emblemática festividade religiosa de Santa Maria da Feira, que completa 520 anos de história em janeiro de 2025 e que é recriada no Brasil há quase 70 anos!”, enalteceu este autarca, que sublinhou que, “dos vários projetos culturais que a Rose Boaventura lidera na Casa da Vila da Feira, toca-nos de forma particular o grupo infantil de folclore que, como a própria afirma, “semeia no coração das crianças o amor à cultura portuguesa e feirense”, até porque uma parte significativa dos elementos deste coletivo etnográfico não tem ligação a Portugal, mas cultiva a admiração e o interesse pela cultura e pelas tradições feirenses e lusas, o que notável”. A homenagem foi decidida em sessão camarária de 1 de julho deste ano, quando o município de Santa Maria da Feira aprovou, por unanimidade, a atribuição do Diploma de Mérito Municipal à Rose Boaventura. Para Amadeu Albergaria, “para além de ser uma reconhecida embaixadora da cultura e das tradições feirenses, Rose Boaventura é também uma defensora dos direitos dos emigrantes portugueses que há várias décadas escolheram o Brasil como pátria”. No dia 12 de julho, este governante participou na cerimónia comemorativa dos 71 anos da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, no Rio de Janeiro, onde anunciou publicamente, perante o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, e a Cônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, Gabriela Soares de Albergaria, a atribuição do Diploma de Mérito Municipal à Rose Boaventura pelo Município de Santa Maria da Feira. Primeira mulher homenageada “Há várias décadas que o Município de Santa Maria da Feira atribui distinções honoríficas a personalidades de diferentes domínios e áreas de atuação, que contribuam de forma determinante para o desenvolvimento e afirmação do nosso território, mas também para a preservação e elevação da identidade feirense em Portugal e no mundo. É uma forma de reconhecermos, fortalecermos e perpetuarmos a nossa ligação aos feirenses e amigos de Santa Maria da Feira que nos ajudaram e ajudam a construir o território que hoje somos, bem como a perpetuar as nossas raízes e a nossa identidade, que nos distinguem enquanto povo. Os nossos homenageados serão sempre nossos embaixadores, dentro e fora do nosso país”, destacou Amadeu Albergaria. Segundo apurámos, no caso particular da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, a autarquia de Santa Maria da Feira já homenageou “beneméritos portugueses, luso-brasileiros e brasileiros”, todos do sexo masculino. Hoje, Roselene Boaventura tornou-se na primeira mulher desta instituição luso-brasileira a ser agraciada pelo município feirense com uma distinção honorífica. Em 71 anos de história dessa Casa, somente presidentes e ex-presidentes, como Ernesto Pires de Boaventura, António Simões da Conceição, Hermenegildo dos Santos e Adão Ribeiro dos Santos, além de diretores que são Feirenses de nascimento, tais como Fernando de Sá Alves e Joaquim da Silva Almeida e Souza, e Sérgio Viana da Silva, diretor da Casa e que escreveu dois livros que contam a história da entidade, receberam o mesmo diploma municipal. De acordo com o instituído pela Câmara Municipal em 2015, todas as distinções honoríficas atribuídas pelo município feirense são entregues numa cerimónia anual, realizada a 20 de janeiro, feriado municipal em Santa Maria da Feira, dia de celebração da secular Festa das Fogaceiras. Desta forma, o Diploma de Mérito Municipal atribuído a Rose Boaventura ser-lhe-á entregue em mãos no final da tarde do dia 20 de janeiro de 2025, em Santa Maria da Feira, numa sessão solene que terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, após a realização do programa cívico e religioso da Festa das Fogaceiras, no qual também vai participar. “Então, em 20 de janeiro de 2025, lá estarei para receber o diploma”, confirmou Roselene Boaventura, ou simplesmente Rose, como é conhecida no seio da comunidade portuguesa carioca. “A imigração praticamente acabou” Nome conhecido junto da comunidade portuguesa no Rio de Janeiro pelo seu comprometimento desde jovem no folclore e no dia a dia da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, Roselene cita que o maior desafio para a manutenção da cultura e tradições portuguesas na cidade maravilhosa “é trazer e manter os jovens, luso-brasileiros ou não, dentro da nossa comunidade”. “No meu ponto de vista, o folclore e o esporte são as portas de entrada para isso. A imigração praticamente acabou. Então temos de buscar os filhos e netos da última leva de imigrantes para cativar esse sentimento de amor à Portugal”, disse esta responsável, que acredita que “o movimento associativo português no Brasil foi de suma importância para a preservação da presença portuguesa em terras brasileiras”. “Nas principais cidades do país, para onde quer que se olhe, se enxerga o legado português deixado em terras de Vera Cruz. Nos prédios históricos, nas praças, nas igrejas, nos hospitais, etc. E, de modo ainda mais especial, nas casas regionais e em outras instituições de origem portuguesa”, exemplificou. Atualmente, Roselene tem mantido interação com o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e considera que a sua experiência no campo do associativismo poderá auxiliar nos trabalhos junto deste conselho, que se destaca por ser um órgão consultivo do governo português para a área da emigração. “A eleição do Conselho das Comunidades Portuguesas aconteceu em novembro de 2023. Mas a posse oficial e o início dos trabalhos ainda não se iniciaram. Por conta das eleições legislativas de março de 2024 e os prazos legais para as convocações da Plenária, a mesma só acontecerá em outubro de 2024, quando os eleitos em novembro passado tomarão posse e iniciarão os trabalhos. Mas a minha experiência no associativismo, no folclore e dentro do meu trabalho no Real Gabinete Português de Leitura, onde estou há 26 anos, com certeza me auxiliarão junto ao CCP”, defendeu Roselene Boaventura. “cantinho de Santa Maria da Feira no Brasil” Sobre as relações existentes entre Santa Maria da Feira e o Rio de Janeiro, Roselene conta que, “desde julho de 1991, quando se comemora o aniversário da Casa, recebemos uma personalidade das Terras da Feira para representar a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e ser o Orador Oficial da solenidade em comemoração à efeméride. Em algumas oportunidades, também recebemos a representação do Município da Festa das Fogaceiras. A Câmara Municipal também apoiou as quatro digressões do Grupo Folclórico Almeida Garrett à Portugal nos anos de 1981, 1988, 1994 e 2012”. “Sempre que vou à Portugal, passo pela Feira para encontrar os amigos que fizemos ao longo dos anos e participamos nos eventos lá realizados. Por exemplo, em 2005, quando se comemorou os 500 anos da Festa das Fogaceiras, eu estava de férias em Portugal e fui convidada a participar e lá estive. Ano que vem, quando se comemoram os 520 anos, lá estarei novamente”, frisou Roselene, que é ainda ensaiadora do Rancho Folclórico Infanto-Juvenil Danças e Cantares das Terras da Feira, administradora de empresas, formada em Administração de empresas e MBA executivo em gestão de negócios. “A Casa da Vila da Feira é um cantinho de Santa Maria da Feira no Brasil, que teve o mérito de unir dirigentes, sócios e amigos, reforçando o prestígio da instituição e inspirando associações similares noutros países, como é o caso da Venezuela e África do Sul, que também passaram a recriar a Festa das Fogaceiras nas comunidades santamarianas de Caracas e Pretória, respetivamente. Para além da atribuirmos de uma verba anual à Casa da Vila da Feira, destinada à realização da Festa das Fogaceiras, há várias décadas que cultivamos uma relação amizade e cooperação em diferentes domínios, nomeadamente cultural, social e económico, com a realização de intercâmbios, missões empresariais, aconselhamento e orientação permanente em projetos colaborativos, representação institucional e acolhimento no nosso território”, finalizou Amadeu Albergaria. ( Fotos cedidas pela entrevistada e pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira) Ígor Lopes - colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).
- A Última Sessão de Freud chega ao Teatro Adolpho Bloch após ser assistido por mais 85 mil pessoas
Dirigido por Elias Andreato e estrelado por Odilon Wagner (indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APCA e Prêmio Bibi Ferreira por este trabalho) e Marcello Airoldi , o espetáculo narra um encontro entre o pai da Psicanálise e o escritor C.S. Lewis. A Última Sessão de Freud , o maior sucesso do teatro brasileiro desde 2022, dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain já foi vista por mais de 85 mil pessoas. O espetáculo chega ao Teatro Adolpho Bloch para uma temporada de 27 de setembro a 20 de outubro de 2024. A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud ( Odilon Wagner - o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis ( Marcello Airoldi ), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século 20. Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender por que um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “ abandonar a verdade por uma mentira insidiosa ” - tornando-se um cristão convicto. No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos. O cenário assinado por Fábio Namatame ( indicado ao Prêmio Shell melhor cenário) reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939. Em uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta: “A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”. O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem . “O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud . Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o Teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor. Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante : “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela. Serviço: A Última Sessão de Freud Teatro Adolpho Bloch - R. do Russel, 804 - Glória 27 de setembro a 20 de outubro Sexta e sábado: 20h Sábado e Domingo: 17h Vendas: Sympla.com.br Valor: entre R$ 21,00 e R$ 140,00 Alex Gonçalves Varela - colunista da Revista do Villa Historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.
- Minas Gerais: português Marco Borges ocupa o cargo mais elevado na Carreira Ministerial do Brasil
Desde o último mês de abril que o português Marco António Borges, de 58 anos, ocupa o cargo de Procurador do Ministério Público no Estado brasileiro de Minas Gerais. Lusodescendente, nascido em Belo Horizonte e criado em Lisboa, este jurista acredita que apoiar a comunidade portuguesa é uma forma de se valorizar a cultura de Portugal. Titular de um currículo extenso no ramo jurídico no Brasil, além de Procurador, Marco acumula também as funções de Subcorregedor-Geral (Subinspetor-Geral) do Ministério Público de Minas Gerais. “Como todo emigrante português que teve que fazer a sua opção de vida no exterior, ao ser promovido ao mais alto nível da carreira do Ministério Público no Brasil, país que recebeu a mim e a vários dos meus familiares, tenho como tal o orgulho de ser mais um português que venceu as barreiras da distância e honrou o nosso povo português”, revelou este responsável, sublinhando a importância de ter chegado ao topo da carreira na justiça no Brasil. “O cargo ao qual fui promovido pelo critério do merecimento é o mais elevado na Carreira Ministerial do Brasil, a qual exerço perante o mais alto Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais”, explicou. O agora Procurador do Ministério Público mineiro considera que “a possibilidade de exercer as minhas atribuições e fazer a diferença com manifestações e fiscalizando os poderes constituídos do Brasil, de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, faz com que a realização de uma vocação seja materializada e, com isto, é inegável a minha satisfação com o meu trabalho”. Atualmente, segundo apurámos, Marco Borges tem realizado as fiscalizações ordinárias nos Órgãos do Ministério Público e nas Comarcas em todo o Estado de Minas Gerais, “o que nos dá uma visão fantástica dos trabalhos que os membros do Ministério Público de Minas Gerais têm atuado, fazendo a cada dia mais me orgulhar da Instituição ao qual pertenço”. “todos mantemos laços profundos com as nossas origens” Marco Borges conta que viveu grande parte da sua infância e juventude em Portugal e que muitos familiares emigraram para vários países como Estados Unidos da América, França, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, etc, porém, “todos mantemos laços profundos com as nossas origens, nomeadamente na Beira Alta, além de participarmos efetivamente nas comunidades portuguesas junto aos sítios em que vivemos no exterior”. Em Minas Gerais, este jurista mantém relações com a comunidade portuguesa num tom de promoção das tradições e da cultura de Portugal. “A comunidade portuguesa em Minas Gerais é uma das maiores do Brasil, pois o Estado de Minas Gerais é o segundo Estado mais populoso da Federação Brasileira, com uma população em torno de 21 milhões de habitantes num território equivalente à França. A formação cultural do Estado de Minas Gerais é diferenciada com uma influência destacada das Beiras e Trasmontana, sendo a comunidade extremamente respeitada e admirada pelo povo mineiro e brasileiro”, destacou Marco Borges, que recordou que Minas Gerais “possui hoje a maior festividade popular de rua portuguesa no Brasil, chegando a alcançar um número estimado de mais de 17 mil pessoas participantes em alguns anos, festa em que celebramos as comunidades portuguesas, Camões, a cultura, culinária e Portugal como um todo”. Junto da diáspora lusa nesse estado do sudeste brasileiro, Marco Borges foi Conselheiro das Comunidades Portuguesas por oito anos. É, hoje, Conselheiro do Consulado-Geral de Portugal em Belo Horizonte e Vice-Presidente da Assembleia Geral do Centro da Comunidade Luso-Brasileira, bem como membro do Elos Clube, participando “ativamente” na vida comunitária portuguesa em Minas Gerais, no Brasil e em Portugal, sendo filiado a diversos grupos como Rotary, estando envolvido “na defesa dos interesses do povo português em Portugal e no exterior”. Este responsável afirma que o Ministério Público no Brasil é um dos “mais fortes e independentes” dos países democráticos existentes na face da Terra. “A Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988 nomeou o Ministério Público no Brasil como um dos ministérios públicos mais fortes e independentes dos países democráticos na face da Terra, (…) tendo o poder de fiscalizar os três Poderes e posicionamento independente do Poder Executivo, até mesmo podendo e devendo como dever de oficio atuar contra os Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário na fiscalização orçamentária, na probidade administrativa, na proteção do meio ambiente e do património histórico e paisagístico, do consumidor, etc., possuindo uma atuação alargada de órgão controlador dos Poderes constituídos, porém, diversamente do Ministério Público português, o Ministério Público no Brasil não faz a representação Judicial ou extra judicial dos Poderes e órgãos da Administração, que, para isto, possuem os seus próprios quadros de advogados que são nominados de Advocacia Geral dos Estados Federados (AGE) ou Advocacia Geral da União (AGU), que representam o Governo Central da Federação Brasileira”, contou Marco Borges sobre as diferenças entre Brasil e Portugal no campo da justiça. “Torço por um diálogo positivo entre ambas as Ordens de Advogados” Temas que conectam Brasil e Portugal no ramo jurídico têm merecido a atenção deste Procurador, como, por exemplo, a decisão unilateral da Ordem dos Advogados em Portugal, no ano passado, de encerrar o acordo bilateral com a sua homóloga brasileira, a OAB, em torno da inscrição de advogados brasileiros e a possibilidade de atuarem em Portugal. “Não possuo dados específicos sobre o que teria levado a Ordem dos Advogados (AO) portuguesa a tomar, data vênia, tão radical atitude em relação aos advogados brasileiros, porém, me preocupa em demasiado a situação dos nossos patrícios advogados portugueses que militam no Brasil, pois, pelo princípio da reciprocidade, tal atitude pode colocar em dificuldade diversos portugueses que militam no Brasil, assim, acho que a flexibilização de tal posicionamento deveria ser considerada, pois cada caso é um caso e a generalização de casos isolados não nos parece uma solução salutar para ambos os nacionais envolvidos. Torço por uma concórdia e um diálogo positivo entre ambas as Ordens de Advogados com uma solução justa e pacífica do agrado de ambos os grupos interessados”, defendeu. Currículo luso-brasileiro Marco António Borges é português, filho de Júlio Borges e Ione Nascimento Borges, ambos de nacionalidade portuguesa, reside em Minas Gerais, Brasil. É licenciado em Direito com diversas pós-graduações na área, tendo sido assistente na Universidade Clássica de Lisboa e aluno visitante de mestrado na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa, em 1988 e 1989. Atualmente, é empresário e Magistrado Titular Procurador do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, tendo assumido por concurso público, quando foi o primeiro colocado de Belo Horizonte, foi advogado militante. Desde muito novo liderou grupos de jovens com perfil a “defender, acolher e possibilitar a inserção de portugueses e lusodescendentes na vida académica, empresarial e social tanto em Belo Horizonte como em Lisboa”. Teve cargos de Direção na Câmara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte e Associação Comercial de Minas Gerais, “sempre defendendo os interesses da comunidade portuguesa no Brasil”, pois os seus pais são empresários no Estado de Minas Gerais, nomeadamente no ramo do comercio das Lojas Singer de que eram proprietários no Brasil, onde, preferencialmente, empregavam portugueses que aportavam no Estado de Minas Gerais, a empregá-los como meio de ajuda em anos de dificuldades económicas na pátria lusitana. Foi por diversas vezes diretor do Centro da Comunidade Luso-Brasileira de Belo Horizonte, tendo sido eleito em 2010 vice-presidente e assumido como Presidente Interino em 2012. Foi Vice-Presidente da Câmara de Comercio Brasil Portugal em Minas Gerais. Atualmente, é novamente Vice-Presidente da Assembleia Geral do Centro da Comunidade Luso-Brasileira. Foi eleito Conselheiro das Comunidades Portuguesa pelo ciclo eleitoral do Estado de Minas Gerais, Brasil, durante oito anos. Atuou como Magistrado do Ministério Público nas Comarcas de Congonhas, Belo Vale, Conselheiro Lafayete, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte, entre outras Comarcas localizadas no Estado de Minas Gerais. “Recentemente, fui escolhido pela classe como Subcorregedor-Geral (Subinspetor-Geral) do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, o que muito me honrou com uma nomeação tão rápida após a minha promoção pelo critério do merecimento ao mais alto cargo da carreira da Magistratura Ministerial, o que demonstra a confiança Institucional que é depositada em mim, assim, pretendo continuar a fazer o melhor em prol da Instituição do Ministério Público, da Justiça e do povo Brasileiro. Estarei sempre disposto e pronto a servir da melhor forma o povo, que tanto necessita de Justiça, seja o brasileiro ou o nosso amado povo português”, finalizou Marco Borges. Ígor Lopes – colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).
- Embaixadores do Brasil e de Portugal homenageados em Lisboa pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira
O embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva, e o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, foram dois dos nomes homenageados durante o prémio “Aproxima Portugal – Brasil”, que teve lugar em Lisboa no último dia 12 de setembro, com a presença de diversas personalidades do universo luso-brasileiro. O evento, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), em virtude dos 75 anos de existência desta entidade, foi acompanhado de perto pelo Secretário de Estado da Economia de Portugal, João Rui Ferreira; o Secretário de Estado de Desenvolvimento Económico de Minas Gerais, Fernando Passalio de Avelar; e a Vereadora do Pelouro do Turismo e da Internacionalização da Câmara Municipal do Porto, Catarina Santos Cunha, dentre outros nomes, que enalteceram a “excelente relação entre Portugal e o Brasil, com elevado potencial de crescimento”. “As relações do Brasil com Portugal são excelentes. E vem desde o ano de 1825 quando os dois países assinaram um Tratado de Amizade. (…) As relações comerciais e políticas são as mais perfeitas”, defendeu Raimundo Carreiro Silva, ao recordar que o Brasil convidou Portugal a participar nas reuniões do G20, sob a presidência do país irmão na América do Sul. Já Luís Faro Ramos frisou que ser “embaixador de Portugal no Brasil é uma grande responsabilidade, mas é também um privilégio”, destacando a vertente económica entre os dois países e o papel das Câmara de Comércio na ligação entre Brasil e Portugal. João Rui Ferreira, Secretário de Estado da Economia de Portugal, apresentou novidades ao nível da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Lisboa, salientado a ligação única atual entre Portugal e Brasil, assim como o ambiente propício a um maior desenvolvimento de investimento e confiança, para dinamização das empresas e ganho de escala. “Desburocratização” “Sejamos estados e países cada vez mais próximos”, defendeu, por sua vez, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Económico de Minas Gerais, Fernando Passalio de Avelar, que afirmou “continuar a trabalhar numa maior desburocratização que potencie a atração e fomento de investimento”. Durante o seu discurso, Otacílio Soares, presidente da CCILB, destacou a “relação frutífera” entre as duas “nações irmãs", anunciando que “estão a ser desenvolvidas negociações para estabelecer uma parceria com a Câmara de mediação e arbitragem, que dará apoio em possíveis litígios comerciais, aumentando a confiança nos investimentos”. “A relação entre Portugal e Brasil tem muito potencial de crescimento, nomeadamente em setores como a tecnologia e inovação, energias renováveis – particularmente solar e eólica –, turismo, saúde e bem-estar, infraestrutura e serviços financeiros. A crescente digitalização da economia portuguesa, aliada a incentivos fiscais e políticas amigáveis aos negócios, tornam essas áreas muito promissoras”, revelou Otacílio Soares. Categorias diversas O prémio abrangeu 12 categorias - Exportador, Cultura & Educação, Empreendedorismo Feminino, Jornalismo & Comunicação, Responsabilidade Social & Ambiental, Excelência em Serviços, Turismo, Empreendedor em Portugal, Profissional Português no Brasil, Diplomacia & Relações Internacionais e Personalidade – pela atividade desenvolvida em 2023. Ao todo, 13 protagonistas da cooperação luso-brasileira foram homenageados, com o intuito de se “destacar as personalidades que mais se distinguiram” nessa ligação. Os premiados foram: Estado de Minas Gerais, no Brasil; Jorge de Melo (Sovena); Zeferino Ferreira Costa (Instituto Pernambuco); Rijarda Aristóteles (Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa); Nuno Guedes Vaz Pires (blue Travel, Gula e Revista de Vinhos); Paula Amorim (Galp); Francisco Gomes Neto (OGMA Grupo Embraer); Jorge Rebelo de Almeida (Vila Galé); Rubens Menin (Menin Estates); Miguel Setas (Grupo CCR); Marco Stefanini (Grupo Stefanini); além de Luís Faro Ramos e Raimundo Carreiro (Embaixadores de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, respetivamente). Fundada em 1948, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira é uma associação sem fins lucrativos, de utilidade pública, que visa “promover, fomentar e apoiar as relações económicas, comerciais, culturais e tecnológicas entre os dois países, criando uma rede de oportunidades de negócio e de fortalecimento do networking”. Com realização desde 2000, e instituído no âmbito da Comemoração dos 500 Anos da Descoberta do Brasil, o Prémio Aproxima Portugal - Brasil assinala “intervenções e abordagens exemplares de quem se afirma como agente de mudança e de evolução, promovendo, através da sua expressão profissional e pessoal, a aproximação e a partilha de identidade e cultura entre os dois países”. A lista de personalidades agraciadas em edições anteriores conta com Joaquim Pina Moura e David Zylberzstaj (1999), Fernando Henrique Cardoso (2001), Maurício Botelho (2004), Francisco Seixas da Costa e André Jordan (2005), Luiz Fernando Furlan e João Pereira Coutinho (2006), Henrique Meirelles e António Mexia (2008), Frederico Curado e Belmiro de Azevedo (2014), Benjamin Steinbruch (2016). Crédito das Fotos: Agência Incomparáveis Ígor Lopes - colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).
- Um Jardim para Tchekhov
O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta Um Jardim para Tchekhov, com Maria Padilha em texto original de Pedro Brício e direção de Georgette Fadel , a peça mistura Brasil e Rússia em uma trama que discute, com bastante humor, os tempos de intolerância vividos no país. Integram ainda o elenco Leonardo Medeiros, Erom Cordeiro, Olivia Torres e Iohanna Carvalho. ESTREIA: de 25 de setembro (4ªf), às 19h ONDE: Teatro III do CCBB RJ / Centro Cultural Banco do Brasil RJ Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 / Centro, RJ Tel: (21) 3808-2020 E-mail: ccbbrio@bb.com.br (mais informações em bb.com.br/cultura ) HORÁRIOS : 4ª a sab às 19h e dom às 18h INGRESSOS : R$30 e R$15 (meia), na bilheteria do CCBB ou no site bb.com.br/cultura HORÁRIO BILHETERIA : de quarta a segunda, das 9h às 20h / CAPACIDADE: 86 lugares / DURAÇÃO: 110 min GÊNE RO: dramédia / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / TEMPORADA: até 27 de outubro Paisagens dramáticas, personagens tomados por questões existenciais e reflexões profundas costumam figurar no imaginário quando se fala em autores russos. Mas esse estereótipo diz pouco sobre o espetáculo “ UM JARDMIM PARA TCHEKHOV ”, que estreia temporda no dia 25 de setembro no CCBB Rio de Janeiro. SINOPSE Transitando entre a comédia, o lirismo e o drama , o texto inédito, assinado por Pedro Brício, narra a história de uma consagrada atriz de teatro, Alma Duran, vivida por Maria Padilha, que vai morar com sua filha, a médica Isadora (Olivia Torres), e seu genro Otto, um delegado de polícia (Erom Cordeiro), em um condomínio em Botafogo, no Rio de Janeiro. Desempregada há três anos, ela começa a dar aulas de teatro para a estudante Lalá (Iohanna Carvalho), enquanto sonha em montar "O Jardim das Cerejeiras". Ao enfrentar dificuldades para realizar o espetáculo, ela conhece um desconhecido no playground do prédio, que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medeiros), que passa a ajudá-la. A DRAMATURGIA Os limites entre realidade e ficção, comédia e drama, passado e presente, Brasil e Rússia, vão se misturando , numa trama que discute - com bastante humor - os tempos de intolerância vividos no país. Embora o espetáculo evoque o autor russo, o texto não é inspirado nele, conta Pedro Brício . “ O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerância. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistura de sentimentos, é sobre rir das nossas dores ”. Por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inventar um futuro. Ela planta cerejeiras em um jardim abandonado do condomínio, em pleno Rio de Janeiro. São esses elementos que trazem para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX. Georgette Fadel , que dirige “Um Jardim para Tchekhov”, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que conferiu a ela essa pecha”. VIDA EM MOVIMENTO “Um Jardim para Tchekhov”, conta a diretora, também chama atenção para a impermanência da vida . “O transitório está presente em diversas camadas do espetáculo, desde o texto à cenografia – com vários elementos que mudam de lugar nas cenas, que balançam. Temos bonecos ‘João Bobo’ representando personagens. O vento é um integrante da peça. O tempo todo está ventando, o que traz uma sensação de movimento, mostra que estamos vivos”. Como uma crônica cotidiana, a peça tem muito do “mundo real”, transitando entre a tensão e o riso, trazendo questões sociais, raciais, violência, meio ambiente. “Vivemos, junto com os personagens, seus momentos de desprazer, de alegrias. Embarcamos em suas fantasias e também em seus medos. Mas a leveza de sonhar se sobrepõe, a peça é sobre essa liberdade de sonhar. Não no sentido ingênuo, e sim no sentido de não levar tudo tão a sério. Há uma vibração positiva, um sopro de vida”. ENCONTRO COM TCHEKHOV Partiu da atriz Maria Padilha a ideia de fazer uma montagem envolvendo Anton Tchekhov. Seu primeiro trabalho com o autor russo foi em 1999, na peça “As Três Irmãs”, dirigida por Enrique Diaz. “Me apaixonei por sua obra, pelo ser humano que ele foi. Desde então sonhava em montar uma peça dele, mas é algo grandioso, com muitos personagens e ficaria inviável financeiramente. Convidei, então, o Pedro Brício, com quem havia trabalhado no monólogo ‘Diários do Abismo’, que fez uma brilhante adaptação das obras da escritora mineira Maura Lopes Cançado. Como grande dramaturgo que é, ele criou a história original que se transformou na peça ‘Um Jardim para Tchekhov’”. “A Alma Duran é um verdadeiro presente”, a atriz sublinha. “Ela traz um sopro de vida, um sopro de arte. Chega para mudar as relações, tanto na sua família, como para a estudante de teatro Lala, que recebe aulas particulares da atriz. Alma simboliza a própria arte e o teatro como um lugar de respiro, de ar. Ela está entre o lírico e o humor, o drama e a comédia - algo que me dá muito prazer em representar como atriz”, revela Padilha. DIVAS BRASILEIRAS Maria Padilha conta que Alma Duran tem bastante de Tchekhov, “aquela coisa febril, de estar vivendo uma fantasia e, de repente, cair na realidade” . E, para além da inspiração no autor russo, as chamadas divas do teatro brasileiro têm um papel importante na construção da personagem. “Ela tem muito de Marília Pêra, que foi minha primeira diretora, da Fernanda Montenegro, da Nathália Timberg, da Renata Sorrah, por quem sou apaixonada, da Marieta Severo, da Camila Amado. Admiro todas que vieram antes de mim, que construíram a história do teatro, como Cleyde Yáconis, Cacilda Becker, Dercy Gonçalves, Tônia Carreiro, Myriam Muniz. Quando falamos em artes cênicas no Brasil não tem como não lembrar da importância dessas divas que pavimentaram a estrada para nós estarmos aqui”, ressalta Padilha. Crédito das fotos: Guto Muniz FICHA TÉCNICA Dramaturgia: Pedro Brício Direção Artística: Georgette Fadel Elenco / Personagem: Maria Padilha - Alma Duran Leonardo Medeiros - Anton Tchekhov Erom Cordeiro - Otto Olivia Torres - Isadora Iohanna Carvalho – Lalá Interlocução de dramaturgia: André Emídio e Maurício Paroni de Castro Iluminação: Maneco Quinderé Cenário: Pedro Levorin e Georgette Fadel Figurino: Carol Lobato Trilha Sonora: Lucas Vasconcellos Preparação Corporal: Marcia Rubin Designer Gráfico: Luiz Henrique Sá Fotos de Divulgação: Filipe Costa e Guto Muniz Assistência de Direção: Bel Flaksman Operação de Luz: João Gaspary Operação de som: Rafael Emerich Contrarregra: Wallace Lima Coordenação Administrativo-financeira: Letícia Napole e Alex Nunes Assistência de Produção: Luciano Pontes Produção Executiva: Ártemis – Ártemis Produções Artísticas Direção de Produção: Silvio Batistela Produção: Cena Dois Produções Artísticas Realização: Centro Cultural Banco do Brasil Patrocínio: Banco do Brasil e Governo Federal Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany PEDRO BRÍCIO – autor Pedro Brício é autor, diretor e ator, e um dos mais produtivos e premiados dramaturgos brasileiros dos últimos 20 anos. Escreveu e dirigiu as peças “King Kong Fran” (em parceria com Rafa Azevedo), “O Condomínio", "Me salve, musical!", "Trabalhos de amores quase perdidos", "Cine-Teatro Limite", "A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica". Recebeu alguns dos principais prêmios do país pelo seu trabalho, como Shell, Questão de Crítica, Contigo e APCA. Tem textos traduzidos para o inglês, espanhol, alemão. Participou da Feira Internacional do Livro de Frankfurt, da Semana de Dramaturgia Contemporânea, em Guadalajara, e da mostra Una mirada al mundo , no Centro Dramatico Nacional, em Madri. Escreveu e dirigiu os musicais "Icaro and the black stars" e "Show em Simonal". Como diretor, além dos seus próprios textos, encenou peças de Samuel Beckett, Edward Albee, Rafael Spregelburd, Patricia Melo e Hilda Hilst. GEORGETTE FADEL – diretora Georgette Fadel é diretora e atriz de formação acadêmica. Durante os anos 90 se engaja e faz parte do florescimento de um forte movimento de grupos na cidade de São Paulo. Participa da fundação de companhias como Cia do Latão, Núcleo Bartolomeu de depoimentos e Cia São Jorge de Variedades, onde dirigiu e atuou em diversos espetáculos marcantes do movimento estético da virada do século como "O nome do Sujeito", "Bartolomeu que será que nele deu", "Biedermann e os incendiários," "Bastianas", "Barafonda", "Quem não sabe mais quem é, o que é onde está , precisa se mexer". Como atriz foi dirigida por Cristiane Paoli Quito, Tiche Viana, Francisco Medeiros, Cibele Forjaz, Frank Castorf, Felipe Hirsch, Daniela Thomas. Como professora, lecionou em escolas como ELT, EAD Estúdio Nova Dança. Sua trajetória é profundamente ligada à construção da performer livre e consciente dos movimentos do seu tempo. Alex Gonçalves Varela - colunista da Revista do Villa Professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.
- Entrevista com Pr. Aranilton (Babão) - Fundador do Ministério Fogo Cruzado uma Igreja sem paredes
1 - Quem é Aranilton (Babão)? e o que faz hoje na vida? Estou enviando o anexo sobre o testemunho. Hoje temos o Ministério Fogo Cruzado uma Igreja sem Paredes. Nossa Igreja foi a primeira do Brasil a ser registrada “igreja sem paredes”. Atuamos na cracolândia de São Paulo / Comunidades / Sertão de Piauí e do Ceará. Ajudamos 22 clinicas de recuperação com alimentos, pães, enfim todo tipo de doação. Entregamos cestas básicas para mais de 50 famílias. 2- Nesta atuação com o projeto social na “cracolândia!”, no centro de São Paulo, qual a reação das pessoas quando recebe você e sua equipe? Todos os missionários vão com nosso colete que é vermelho, então toda a população já sabe que somos do “Pastor Babão”. Somos todos respeitados, inclusive depois da distribuição dos lanches eles mesmo nos pedem para nos ajudar a limpar as calçadas, ajudar na organização, eles se sentem úteis fazendo isso. 3- O projeto visa fazer o quê na “cracolândia”? E aproximadamente quantas pessoas são alcançadas? Nosso principal objetivo é tirá-los deste local, através da Palavra de Deus. Levamos todos os domingos as 5:30hrs da manhã, aproximadamente 2500 lanches ou bolinhos, café/suco/água. Fazemos curativos, distribuímos cobertores quando está frio. E para aqueles que querem ser internados levamos para as clínicas. 4- Fale no seu ponto de vista o que poderia melhorar a situação das pessoas atendidas e porque estão ali usando drogas? No meu ponto de vista como Igreja, as Igrejas deveriam atuar muito mais no centro de São Paulo e também na cracolândia, pois a missão social Jesus mandou a Igreja fazer e não o governo. Diversos motivos, porém a grande maioria se deve a problemas familiares. 5- O projeto tem algum incentivo financeiro? De Empresa ou órgão público? Caso não vocês estão abertos a doações no projeto Social? Não. Recebemos doações toda semana do Grupo Farina e da Casa do Padeiro que são os pães/bolinhos para distribuirmos para a população de rua/cracolândia/clinicas/famílias. Sim, precisamos de muita ajuda. 6- Em toda demanda de pessoas ali na cracolândia você acredita na mudança do cidadão (a)? e quais resultados positivo já presenciou? Pode relatar algum sucesso de reviravolta na vida deste(a)? Sim. Foram muitos casos que temos que houve transformação. Teve um engenheiro que tiramos da cracolândia e que a família dele o estava procurando. A Família dele mora na França, e enviou a passagem para o retorno dele. Então nesse período cuidamos dele, tiramos os documentos e passaporte e o levamos para o aeroporto. 7- Qual mensagem deixa aqui para os leitores referente seu projeto na cracolândia? Quando acreditamos no poder de Deus, temos resultados maravilhosos de vidas restauradas e libertas daquele inferno que é a cracolândia. A Palavra de Deus diz: que na união dos irmãos Deus ordena as bençãos, quando estamos unidos cremos em um derramar do Espirito Santo, para resgatar os perdidos. Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. 8- Você faz parte de uma organização religiosa, quando faz oração para eles, qual percepção consegue ver nestas pessoas? Sim, temos nosso Ministério que se chama: Ministério Fogo Cruzado uma Igreja sem Paredes. A grande maioria que vive na cracolândia já conhece a Palavra de Deus, dificilmente algum deles “nega” oração, inclusive temos um caderno de oração que colocamos os nomes deles e também tem aqueles que já nos abordam pedindo orações. 9- Pode deixar uma mensagem de seu sentimento interior referente sua jornada de vida? Agradeço ao Pai, Filho, Espirito Santo por ter me resgatado e hoje tem me capacitado para levar a Palavra de Deus para essas vidas. Gratidão a Deus. 10- Quero agradecer seu pensamento e respostas nesta entrevista e para finalizar o que gostaria de acrescentar no seu projeto social? Precisamos de muita ajuda de qualquer parte do mundo, se possível para o transporte das vidas vulneráveis um veículo e um espaço para nossas missões de preferência no centro de São Paulo. Contato: @ministeriofogocruzado @janajesus1 @prbaba o (Seleção de Imagens cedidas para esta publicação) Breve Testemunho “Aos sete anos de idade, ao chegar da Bahia fui morar em um cortiço juntamente com 10 famílias no município de Guarulhos. Viemos em 11 pessoas, papai, mamãe e irmãos. Após um ano perdi meu pai e minha mãe assumiu o papel de pai de mãe. Nós éramos todas crianças e a fome apertava cada dia mais, minha mãe saiu para trabalhar de empregada doméstica, onde muitas vezes trazia resto de comida para nos alimentar. Por muito tempo nossas refeições eram pé e pescoço de frango e o café da manhã era café preto com farinha. Quando ainda criança fazia carreto na feira para ajudar no sustento da casa e no final da feira vasculhava para pegar alguns alimentos que eram descartados por todos. Durante a semana trabalhava também catando sucatas nas ruas para complementar a renda. Consegui meu primeiro emprego registrado aos 14 anos, em uma drogaria no centro de São Paulo, foi aí que comecei a conhecer mais do mundo e tudo que ele oferecia: drogas, prostituição e noitadas. Fui conhecendo a noite de São Paulo, onde pude experimentar alguns tipos de drogas, achava que uma roupa de marca preenchia minha vida junto com as drogas. Tinha um complexo de inferioridade, me achando uma pessoa muito feia, onde as drogas me davam uma falsa realidade de viver. Fui participante de todas as tribos como: roqueiro, skatista, surfista, dark, break, punk, gótico, pichador. Após isso conheci a torcida organizada do Palmeiras no qual a comandei por muito tempo. Tudo isso foi uma fase onde aprendi muito, que nada neste mundo preenche o nosso coração a não ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo de Deus. Em certo tempo da minha vida, busquei recursos em várias religiões, e fui enganado por um espírito maligno que me disse que eu estaria preso em uma gaiola de passarinho sem dever nada. Ao se passar três meses, fui acusado de um crime que não cometi. (Roubo de carga de fogão, sendo que até hoje eu ainda não sei dirigir). Fiquei preso por 30 dias e após ser inocentado, virei um alcoólatra e fumava vários maços de cigarro por dia. Certo dia em um jogo do Palmeiras no Parque Antártica a Mancha cantava uma música assim: - Jesus é bom é bom até demais. Ninguém sabe agradecer as obras que Ele faz. Quem crê em Deus, muitas maravilhas, faz. Cura Divina e expulsa satanás. Mancha verde na Casa do Senhor, não entra satanás. Quando cantava esse hino, eu chorava muito no meio da torcida, pensando que estava ficando louco, mas era o próprio Deus me visitando naquela hora. Aleluia. Ao assistir um jogo da copa do mundo de mundo de 1994, estava totalmente alcoolizado, fui convidado para ir até uma Igreja por uma policial civil chamada Roseli. Eu aceitei e me entreguei a Jesus naquele dia mesmo. Comecei a fazer evangelismo nas cadeias e quando entrei na Casa de Detenção do Carandiru. Um presidiário ficou me encarando, confesso que por ser a primeira vez que entrava naquele lugar pra fazer a obra de Deus, fiquei com medo. Logo após o meu testemunho no Pavilhão 6, aquele presidiário me chamou e disse que já havia tentado me matar. Fiquei assustado, porque estava iniciando meus trabalhos na Capelania Prisional por todo o Brasil, mas quando Deus nos chama Ele nos capacita. Aquele presidiário falou que era da Gaviões da Fiel e que me conhecia. Então me disse: Babão, me dá um abraço! Eu te conhecia e hoje servimos o mesmo Deus! Outro caso, aconteceu no Pavilhão 5! Enquanto evangelizava os presidiários, falei que era ex-líder da Mancha Verde, quando de repente, um dos presidiários veio pra cima de mim, gritando que a Mancha havia sido responsável pela morte de seu irmão e que ele era da Gaviões. Fiquei em silêncio e Deus me deu uma Palavra. Disse-lhe que ele precisava morrer. Fiquei assustado e toda cela também! Continuei dizendo-lhe que deveria morrer pro mundo e nascer para Jesus! Que Jesus cura, liberta, restaura. Ele começou a chorar naquela cela fria do pavilhão 5 da Casa de Detenção do Carandiru e ele aceitou a Jesus como seu Salvador, foi maravilhoso. Hoje sou Fundador do Ministério Fogo Cruzado Uma Igreja sem Paredes e professor de Capelania, formado pela O.M.E.B.E (Ordem dos Ministros Evangélicos no Brasil e Exterior). A Palavra de Deus diz em Salmos 126:6 [Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltara com júbilo trazendo seus feixes. ]” João Paulo Penido - colunista da Revista do Villa Brasileiro, 43 anos, divorciado, tenho dois Filhos, sou natural de Monte Carmelo/MG. Atualmemte resido em São Paulo/SP, exerco atividades como Agente Escolar/Consultor Comercial/Tributário. Formado em Administração (Usf-Itatiba/SP), Cursando Pedagogia (Faculdade Anhanguera) e tenho como hobbies jogar futebol, tocar violão, ler.
- TSP lança inquérito para apurar “problemas no processo eleitoral” português no estrangeiro
Associação “TSP - Também somos portugueses”, com sede em Portugal, lançou, nos últimos dias, um inquérito sobre as eleições portuguesas 2024 no estrangeiro. Uma iniciativa que decorre durante o mês de setembro e que reedita um projeto que já foi promovido em eleições portuguesas anteriores. O inquérito, que abrange as eleições para a Assembleia da República portuguesa e para o Parlamento Europeu, pretende apurar “porque é que muitos portugueses não votaram”. Já para quem votou, pretende-se saber se “foi fácil votar ou quais as dificuldades que tiveram e qual foi o impacto do voto em mobilidade”. O inquérito conta também com uma pergunta sobre a cópia do cartão de cidadão no voto pelo correio, cuja falta, segundo esta entidade, “originou que muitos milhares de votos fossem anulados”. Além desses pontos, o inquérito questiona “quais as modalidades de voto são as preferidas pelos portugueses no estrangeiro: o voto presencial nos consulados, o voto postal ou os métodos que, apesar de ainda não estarem disponíveis em Portugal, são utilizados noutros países; o voto digital: voto eletrónico remoto; e o voto por procuração”. O inquérito pode ser respondido em três minutos e está disponível na Internet em: https://forms.gle/eKDBx6SK3kiX7h6V6 ou no site da associação em: https://www.tambemsomosportugueses.org Projeto para auxiliar o processo das eleições junto das comunidades Segundo Paulo Costa , presidente da Associação "TSP - Também somos portugueses", o inquérito visa “identificar os principais problemas no processo eleitoral, com o objetivo de os solucionar”. “Incide, desta vez, em duas eleições: Assembleia da República portuguesa e Parlamento Europeu, e inclui perguntas sobre o porquê de não votar, o porquê da não inclusão da cópia do cartão de cidadão, o impacto do voto em mobilidade e sobre os métodos de voto preferidos: presencial, postal, digital, ou por procuração”, disse este responsável, que avançou que o inquérito decorrerá durante o mês de setembro e “servirá de base a um relatório a ser enviado às entidades governamentais portuguesas, como o Ministério da Administração Interna e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, além de parlamentares e bancadas políticas e ao Conselho Nacional de Eleições. Paulo Costa recorda que “o primeiro inquérito sobre as eleições lançado pelo que era então o movimento “Também somos portugueses” foi apresentado na sequência das eleições legislativas portuguesas de 2019, tendo como principal objetivo “identificar os problemas ocorridos durante as eleições e a sua extensão”. “Entre outros problemas, esse inquérito permitiu identificar que muitos votos tinham sido devolvidos por problemas com os envelopes. Estes resultados foram transmitidos à Administração Eleitoral na forma de um Relatório e esse problema foi corrigido nas eleições seguintes”, sublinhou Costa. O inquérito foi retomado pela agora Associação TSP – Também somos portugueses”, aquando das eleições legislativas portuguesas de 2022, quando “foram identificados como principais problemas as moradas erradas e a exigência da cópia do cartão de cidadão acompanhando o boletim de voto”. “Essas conclusões foram transmitidas à Administração Eleitoral, Assembleia da República, partidos políticos, Comissão Nacional de Eleições, Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP) e Agência para a Modernização Administrativa (AMA), novamente na forma de relatório. Infelizmente, desta vez, as duas principais recomendações não foram completamente seguidas. Do ponto de vista processual, havia uma recomendação à DGACCP e AMA para uma campanha de ativação da Chave Móvel Digital (CMD) e correção de moradas. Tem havido um esforço para a ativação da CMD, mas não para a correção de moradas. Já do ponto de vista legislativo, as recomendações da TSP de revisão das leis eleitorais foram parcialmente seguidas através de propostas de partidos políticos, mas nenhuma foi implementada”, lamentou. “Com estes inquéritos a Associação TSP pretende obter dados concretos sobre as eleições, que possam dar origem a decisões fundamentadas em factos, e não em opiniões”, finalizou Paulo Costa. Recorde-se que a “TSP - Também somos portugueses” é uma Associação Cívica Internacional que “promove a participação cívica e política dos portugueses no estrangeiro e a melhoria dos serviços prestados pelo estado português”. Ígor Lopes - colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).