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Revista do Villa

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201 itens encontrados para ""

  • Minas Gerais: português Marco Borges ocupa o cargo mais elevado na Carreira Ministerial do Brasil

    Desde o último mês de abril que o português Marco António Borges, de 58 anos, ocupa o cargo de Procurador do Ministério Público no Estado brasileiro de Minas Gerais. Lusodescendente, nascido em Belo Horizonte e criado em Lisboa, este jurista acredita que apoiar a comunidade portuguesa é uma forma de se valorizar a cultura de Portugal. Titular de um currículo extenso no ramo jurídico no Brasil, além de Procurador, Marco acumula também as funções de Subcorregedor-Geral (Subinspetor-Geral) do Ministério Público de Minas Gerais.   “Como todo emigrante português que teve que fazer a sua opção de vida no exterior, ao ser promovido ao mais alto nível da carreira do Ministério Público no Brasil, país que recebeu a mim e a vários dos meus familiares, tenho como tal o orgulho de ser mais um português que venceu as barreiras da distância e honrou o nosso povo português”, revelou este responsável, sublinhando a importância de ter chegado ao topo da carreira na justiça no Brasil.   “O cargo ao qual fui promovido pelo critério do merecimento é o mais elevado na Carreira Ministerial do Brasil, a qual exerço perante o mais alto Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais”, explicou.   O agora Procurador do Ministério Público mineiro considera que “a possibilidade de exercer as minhas atribuições e fazer a diferença com manifestações e fiscalizando os poderes constituídos do Brasil, de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, faz com que a realização de uma vocação seja materializada e, com isto, é inegável a minha satisfação com o meu trabalho”.   Atualmente, segundo apurámos, Marco Borges tem realizado as fiscalizações ordinárias nos Órgãos do Ministério Público e nas Comarcas em todo o Estado de Minas Gerais, “o que nos dá uma visão fantástica dos trabalhos que os membros do Ministério Público de Minas Gerais têm atuado, fazendo a cada dia mais me orgulhar da Instituição ao qual pertenço”.   “todos mantemos laços profundos com as nossas origens”   Marco Borges conta que viveu grande parte da sua infância e juventude em Portugal e que muitos familiares emigraram para vários países como Estados Unidos da América, França, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, etc, porém, “todos mantemos laços profundos com as nossas origens, nomeadamente na Beira Alta, além de participarmos efetivamente nas comunidades portuguesas junto aos sítios em que vivemos no exterior”. Em Minas Gerais, este jurista mantém relações com a comunidade portuguesa num tom de promoção das tradições e da cultura de Portugal.   “A comunidade portuguesa em Minas Gerais é uma das maiores do Brasil, pois o Estado de Minas Gerais é o segundo Estado mais populoso da Federação Brasileira, com uma população em torno de 21 milhões de habitantes num território equivalente à França. A formação cultural do Estado de Minas Gerais é diferenciada com uma influência destacada das Beiras e Trasmontana, sendo a comunidade extremamente respeitada e admirada pelo povo mineiro e brasileiro”, destacou Marco Borges, que recordou que Minas Gerais “possui hoje a maior festividade popular de rua portuguesa no Brasil, chegando a alcançar um número estimado de mais de 17 mil pessoas participantes em alguns anos, festa em que celebramos as comunidades portuguesas, Camões, a cultura, culinária e Portugal como um todo”.   Junto da diáspora lusa nesse estado do sudeste brasileiro, Marco Borges foi Conselheiro das Comunidades Portuguesas por oito anos. É, hoje, Conselheiro do Consulado-Geral de Portugal em Belo Horizonte e Vice-Presidente da Assembleia Geral do Centro da Comunidade Luso-Brasileira, bem como membro do Elos Clube, participando “ativamente” na vida comunitária portuguesa em Minas Gerais, no Brasil e em Portugal, sendo filiado a diversos grupos como Rotary, estando envolvido “na defesa dos interesses do povo português em Portugal e no exterior”.   Este responsável afirma que o Ministério Público no Brasil é um dos “mais fortes e independentes” dos países democráticos existentes na face da Terra.   “A Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988 nomeou o Ministério Público no Brasil como um dos ministérios públicos mais fortes e independentes dos países democráticos na face da Terra, (…) tendo o poder de fiscalizar os três Poderes e posicionamento independente do Poder Executivo, até mesmo podendo e devendo como dever de oficio atuar contra os Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário na fiscalização orçamentária, na probidade administrativa,  na proteção do meio ambiente e do património histórico e paisagístico, do consumidor, etc., possuindo uma atuação alargada de órgão controlador dos Poderes constituídos, porém, diversamente do Ministério Público português, o Ministério Público no Brasil não faz a representação Judicial ou extra judicial dos Poderes e órgãos da Administração, que, para isto, possuem os seus próprios quadros de advogados que são nominados de Advocacia Geral dos Estados Federados (AGE) ou Advocacia Geral da União (AGU), que representam o Governo Central da Federação Brasileira”, contou Marco Borges sobre as diferenças entre Brasil e Portugal no campo da justiça.         “Torço por um diálogo positivo entre ambas as Ordens de Advogados”   Temas que conectam Brasil e Portugal no ramo jurídico têm merecido a atenção deste Procurador, como, por exemplo, a decisão unilateral da Ordem dos Advogados em Portugal, no ano passado, de encerrar o acordo bilateral com a sua homóloga brasileira, a OAB, em torno da inscrição de advogados brasileiros e a possibilidade de atuarem em Portugal.   “Não possuo dados específicos sobre o que teria levado a Ordem dos Advogados (AO) portuguesa a tomar, data vênia, tão radical atitude em relação aos advogados brasileiros, porém, me preocupa em demasiado a situação dos nossos patrícios advogados portugueses que militam no Brasil, pois, pelo princípio da reciprocidade, tal atitude pode colocar em dificuldade diversos portugueses que militam no Brasil, assim, acho que a flexibilização de tal posicionamento deveria ser considerada, pois cada caso é um caso e a generalização de casos isolados não nos parece uma solução salutar para ambos os nacionais envolvidos. Torço por uma concórdia e um diálogo positivo entre ambas as Ordens de Advogados com uma solução justa e pacífica do agrado de ambos os grupos interessados”, defendeu.   Currículo luso-brasileiro   Marco António Borges é português, filho de Júlio Borges e Ione Nascimento Borges, ambos de nacionalidade portuguesa, reside em Minas Gerais, Brasil. É licenciado em Direito com diversas pós-graduações na área, tendo sido assistente na Universidade Clássica de Lisboa e aluno visitante de mestrado na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa, em 1988 e 1989.   Atualmente, é empresário e Magistrado Titular Procurador do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, tendo assumido por concurso público, quando foi o primeiro colocado de Belo Horizonte, foi advogado militante.   Desde muito novo liderou grupos de jovens com perfil a “defender, acolher e possibilitar a inserção de portugueses e lusodescendentes na vida académica, empresarial e social tanto em Belo Horizonte como em Lisboa”.   Teve cargos de Direção na Câmara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte e Associação Comercial de Minas Gerais, “sempre defendendo os interesses da comunidade portuguesa no Brasil”, pois os seus pais são empresários no Estado de Minas Gerais, nomeadamente no ramo do comercio das Lojas Singer de que eram proprietários no Brasil, onde, preferencialmente, empregavam portugueses que aportavam no Estado de Minas Gerais, a empregá-los como meio de ajuda em anos de dificuldades económicas na pátria lusitana. Foi por diversas vezes diretor do Centro da Comunidade Luso-Brasileira de Belo Horizonte, tendo sido eleito em 2010 vice-presidente e assumido como Presidente Interino em 2012. Foi Vice-Presidente da Câmara de Comercio Brasil Portugal em Minas Gerais. Atualmente, é novamente Vice-Presidente da Assembleia Geral do Centro da Comunidade Luso-Brasileira. Foi eleito Conselheiro das Comunidades Portuguesa pelo ciclo eleitoral do Estado de Minas Gerais, Brasil, durante oito anos.   Atuou como Magistrado do Ministério Público nas Comarcas de Congonhas, Belo Vale, Conselheiro Lafayete, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte, entre outras Comarcas localizadas no Estado de Minas Gerais.   “Recentemente, fui escolhido pela classe como Subcorregedor-Geral (Subinspetor-Geral) do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, o que muito me honrou com uma nomeação tão rápida após a minha promoção pelo critério do merecimento ao mais alto cargo da carreira da Magistratura Ministerial, o que demonstra a confiança Institucional que é depositada em mim, assim, pretendo continuar a fazer o melhor em prol da Instituição do Ministério Público, da Justiça e do povo Brasileiro. Estarei sempre disposto e pronto a servir da melhor forma o povo, que tanto necessita de Justiça, seja o brasileiro ou o nosso amado povo português”, finalizou Marco Borges. Ígor Lopes – colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).

  • Embaixadores do Brasil e de Portugal homenageados em Lisboa pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira

    O embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva, e o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, foram dois dos nomes homenageados durante o prémio “Aproxima Portugal – Brasil”, que teve lugar em Lisboa no último dia 12 de setembro, com a presença de diversas personalidades do universo luso-brasileiro. O evento, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), em virtude dos 75 anos de existência desta entidade, foi acompanhado de perto pelo Secretário de Estado da Economia de Portugal, João Rui Ferreira; o Secretário de Estado de Desenvolvimento Económico de Minas Gerais, Fernando Passalio de Avelar; e a Vereadora do Pelouro do Turismo e da Internacionalização da Câmara Municipal do Porto, Catarina Santos Cunha, dentre outros nomes, que enalteceram a “excelente relação entre Portugal e o Brasil, com elevado potencial de crescimento”. “As relações do Brasil com Portugal são excelentes. E vem desde o ano de 1825 quando os dois países assinaram um Tratado de Amizade. (…) As relações comerciais e políticas são as mais perfeitas”, defendeu Raimundo Carreiro Silva, ao recordar que o Brasil convidou Portugal a participar nas reuniões do G20, sob a presidência do país irmão na América do Sul. Já Luís Faro Ramos frisou que ser “embaixador de Portugal no Brasil é uma grande responsabilidade, mas é também um privilégio”, destacando a vertente económica entre os dois países e o papel das Câmara de Comércio na ligação entre Brasil e Portugal. João Rui Ferreira, Secretário de Estado da Economia de Portugal, apresentou novidades ao nível da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Lisboa, salientado a ligação única atual entre Portugal e Brasil, assim como o ambiente propício a um maior desenvolvimento de investimento e confiança, para dinamização das empresas e ganho de escala. “Desburocratização” “Sejamos estados e países cada vez mais próximos”, defendeu, por sua vez, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Económico de Minas Gerais, Fernando Passalio de Avelar, que afirmou “continuar a trabalhar numa maior desburocratização que potencie a atração e fomento de investimento”. Durante o seu discurso, Otacílio Soares, presidente da CCILB, destacou a “relação frutífera” entre as duas “nações irmãs", anunciando que “estão a ser desenvolvidas negociações para estabelecer uma parceria com a Câmara de mediação e arbitragem, que dará apoio em possíveis litígios comerciais, aumentando a confiança nos investimentos”. “A relação entre Portugal e Brasil tem muito potencial de crescimento, nomeadamente em setores como a tecnologia e inovação, energias renováveis – particularmente solar e eólica –, turismo, saúde e bem-estar, infraestrutura e serviços financeiros. A crescente digitalização da economia portuguesa, aliada a incentivos fiscais e políticas amigáveis aos negócios, tornam essas áreas muito promissoras”, revelou Otacílio Soares. Categorias diversas O prémio abrangeu 12 categorias - Exportador, Cultura & Educação, Empreendedorismo Feminino, Jornalismo & Comunicação, Responsabilidade Social & Ambiental, Excelência em Serviços, Turismo, Empreendedor em Portugal, Profissional Português no Brasil, Diplomacia & Relações Internacionais e Personalidade – pela atividade desenvolvida em 2023. Ao todo, 13 protagonistas da cooperação luso-brasileira foram homenageados, com o intuito de se “destacar as personalidades que mais se distinguiram” nessa ligação. Os premiados foram: Estado de Minas Gerais, no Brasil; Jorge de Melo (Sovena); Zeferino Ferreira Costa (Instituto Pernambuco); Rijarda Aristóteles (Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa); Nuno Guedes Vaz Pires (blue Travel, Gula e Revista de Vinhos); Paula Amorim (Galp); Francisco Gomes Neto (OGMA Grupo Embraer); Jorge Rebelo de Almeida (Vila Galé); Rubens Menin (Menin Estates); Miguel Setas (Grupo CCR); Marco Stefanini (Grupo Stefanini); além de Luís Faro Ramos e Raimundo Carreiro (Embaixadores de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, respetivamente). Fundada em 1948, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira é uma associação sem fins lucrativos, de utilidade pública, que visa “promover, fomentar e apoiar as relações económicas, comerciais, culturais e tecnológicas entre os dois países, criando uma rede de oportunidades de negócio e de fortalecimento do networking”. Com realização desde 2000, e instituído no âmbito da Comemoração dos 500 Anos da Descoberta do Brasil, o Prémio Aproxima Portugal - Brasil assinala “intervenções e abordagens exemplares de quem se afirma como agente de mudança e de evolução, promovendo, através da sua expressão profissional e pessoal, a aproximação e a partilha de identidade e cultura entre os dois países”. A lista de personalidades agraciadas em edições anteriores conta com Joaquim Pina Moura e David Zylberzstaj (1999), Fernando Henrique Cardoso (2001), Maurício Botelho (2004), Francisco Seixas da Costa e André Jordan (2005), Luiz Fernando Furlan e João Pereira Coutinho (2006), Henrique Meirelles e António Mexia (2008), Frederico Curado e Belmiro de Azevedo (2014), Benjamin Steinbruch (2016). Crédito das Fotos: Agência Incomparáveis Ígor Lopes - colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).

  • Um Jardim para Tchekhov

    O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta Um Jardim para Tchekhov, com Maria Padilha  em texto original de Pedro Brício  e direção de Georgette Fadel , a peça mistura Brasil e Rússia em uma trama que discute, com bastante humor, os tempos de intolerância vividos no país. Integram ainda o elenco  Leonardo Medeiros, Erom Cordeiro, Olivia Torres e Iohanna Carvalho. ESTREIA: de 25 de setembro (4ªf), às 19h ONDE: Teatro III do CCBB RJ / Centro Cultural Banco do Brasil RJ   Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 / Centro, RJ   Tel: (21) 3808-2020 E-mail: ccbbrio@bb.com.br  (mais informações em bb.com.br/cultura ) HORÁRIOS : 4ª a sab às 19h e dom às 18h INGRESSOS :  R$30 e R$15 (meia), na bilheteria do CCBB ou no site bb.com.br/cultura   HORÁRIO BILHETERIA :  de quarta a segunda, das 9h às 20h  / CAPACIDADE: 86 lugares / DURAÇÃO: 110 min GÊNE RO: dramédia / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / TEMPORADA: até 27 de outubro   Paisagens dramáticas, personagens tomados por questões existenciais e reflexões profundas costumam figurar no imaginário quando se fala em autores russos. Mas esse estereótipo diz pouco sobre o espetáculo “ UM JARDMIM PARA TCHEKHOV ”, que estreia temporda no dia 25 de setembro no CCBB Rio de Janeiro.   SINOPSE   Transitando entre a comédia, o lirismo e o drama , o texto inédito, assinado por Pedro Brício, narra a história de uma consagrada atriz de teatro, Alma Duran, vivida por Maria Padilha, que vai morar com sua filha, a médica Isadora (Olivia Torres), e seu genro Otto, um delegado de polícia (Erom Cordeiro), em um condomínio em Botafogo, no Rio de Janeiro. Desempregada há três anos, ela começa a dar aulas de teatro para a estudante Lalá (Iohanna Carvalho), enquanto sonha em montar "O Jardim das Cerejeiras". Ao enfrentar dificuldades para realizar o espetáculo, ela conhece um desconhecido no playground do prédio, que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medeiros), que passa a ajudá-la.   A DRAMATURGIA   Os limites entre realidade e ficção, comédia e drama, passado e presente, Brasil e Rússia, vão se misturando , numa trama que discute - com bastante humor - os tempos de intolerância vividos no país. Embora o espetáculo evoque o autor russo, o texto não é inspirado nele, conta Pedro Brício . “ O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerância. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistura de sentimentos, é sobre rir das nossas dores ”.   Por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inventar um futuro. Ela planta cerejeiras em um jardim abandonado do condomínio, em pleno Rio de Janeiro. São esses elementos que trazem para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX.   Georgette Fadel , que dirige “Um Jardim para Tchekhov”, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que conferiu a ela essa pecha”.     VIDA EM MOVIMENTO   “Um Jardim para Tchekhov”, conta a diretora, também chama atenção para a impermanência da vida . “O transitório está presente em diversas camadas do espetáculo, desde o texto à cenografia – com vários elementos que mudam de lugar nas cenas, que balançam. Temos bonecos ‘João Bobo’ representando personagens. O vento é um integrante da peça. O tempo todo está ventando, o que traz uma sensação de movimento, mostra que estamos vivos”.   Como uma crônica cotidiana, a peça tem muito do “mundo real”, transitando entre a tensão e o riso, trazendo questões sociais, raciais, violência, meio ambiente. “Vivemos, junto com os personagens, seus momentos de desprazer, de alegrias. Embarcamos em suas fantasias e também em seus medos. Mas a leveza de sonhar se sobrepõe, a peça é sobre essa liberdade de sonhar. Não no sentido ingênuo, e sim no sentido de não levar tudo tão a sério. Há uma vibração positiva, um sopro de vida”.   ENCONTRO COM TCHEKHOV   Partiu da atriz Maria Padilha  a ideia de fazer uma montagem envolvendo Anton Tchekhov. Seu primeiro trabalho com o autor russo foi em 1999, na peça “As Três Irmãs”, dirigida por Enrique Diaz. “Me apaixonei por sua obra, pelo ser humano que ele foi. Desde então sonhava em montar uma peça dele, mas é algo grandioso, com muitos personagens e ficaria inviável financeiramente. Convidei, então, o Pedro Brício, com quem havia trabalhado no monólogo ‘Diários do Abismo’, que fez uma brilhante adaptação das obras da escritora mineira Maura Lopes Cançado. Como grande dramaturgo que é, ele criou a história original que se transformou na peça ‘Um Jardim para Tchekhov’”.   “A Alma Duran é um verdadeiro presente”,  a atriz sublinha. “Ela traz um sopro de vida, um sopro de arte. Chega para mudar as relações, tanto na sua família, como para a estudante de teatro Lala, que recebe aulas particulares da atriz. Alma simboliza a própria arte e o teatro como um lugar de respiro, de ar. Ela está entre o lírico e o humor, o drama e a comédia - algo que me dá muito prazer em representar como atriz”,  revela Padilha.   DIVAS BRASILEIRAS   Maria Padilha conta que Alma Duran tem bastante de Tchekhov, “aquela coisa febril, de estar vivendo uma fantasia e, de repente, cair na realidade” . E, para além da inspiração no autor russo, as chamadas divas do teatro brasileiro têm um papel importante na construção da personagem. “Ela tem muito de Marília Pêra, que foi minha primeira diretora, da Fernanda Montenegro, da Nathália Timberg, da Renata Sorrah, por quem sou apaixonada, da Marieta Severo, da Camila Amado. Admiro todas que vieram antes de mim, que construíram a história do teatro, como Cleyde Yáconis, Cacilda Becker, Dercy Gonçalves, Tônia Carreiro, Myriam Muniz. Quando falamos em artes cênicas no Brasil não tem como não lembrar da importância dessas divas que pavimentaram a estrada para nós estarmos aqui”,  ressalta Padilha.   Crédito das fotos: Guto Muniz FICHA TÉCNICA   Dramaturgia: Pedro Brício Direção Artística: Georgette Fadel   Elenco / Personagem:   Maria Padilha - Alma Duran Leonardo Medeiros - Anton Tchekhov Erom Cordeiro - Otto Olivia Torres - Isadora Iohanna Carvalho – Lalá   Interlocução de dramaturgia: André Emídio e Maurício Paroni de Castro Iluminação: Maneco Quinderé Cenário: Pedro Levorin e Georgette Fadel Figurino: Carol Lobato Trilha Sonora: Lucas Vasconcellos Preparação Corporal: Marcia Rubin Designer Gráfico: Luiz Henrique Sá Fotos de Divulgação: Filipe Costa e Guto Muniz Assistência de Direção: Bel Flaksman Operação de Luz: João Gaspary Operação de som: Rafael Emerich Contrarregra: Wallace Lima  Coordenação Administrativo-financeira: Letícia Napole e Alex Nunes Assistência de Produção: Luciano Pontes Produção Executiva: Ártemis – Ártemis Produções Artísticas Direção de Produção: Silvio Batistela Produção: Cena Dois Produções Artísticas Realização: Centro Cultural Banco do Brasil Patrocínio: Banco do Brasil e Governo Federal Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany   PEDRO BRÍCIO – autor   Pedro Brício é autor, diretor e ator, e um dos mais produtivos e premiados dramaturgos brasileiros dos últimos 20 anos. Escreveu e dirigiu as peças “King Kong Fran” (em parceria com Rafa Azevedo), “O Condomínio", "Me salve, musical!", "Trabalhos de amores quase perdidos", "Cine-Teatro Limite", "A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica". Recebeu alguns dos principais prêmios do país pelo seu trabalho, como Shell, Questão de Crítica, Contigo e APCA. Tem textos traduzidos para o inglês, espanhol, alemão. Participou da Feira Internacional do Livro de Frankfurt, da Semana de Dramaturgia Contemporânea, em Guadalajara, e da mostra Una mirada al mundo , no Centro Dramatico Nacional, em Madri. Escreveu e dirigiu os musicais "Icaro and the black stars" e "Show em Simonal". Como diretor, além dos seus próprios textos, encenou peças de Samuel Beckett, Edward Albee, Rafael Spregelburd, Patricia Melo e Hilda Hilst.   GEORGETTE FADEL – diretora   Georgette Fadel é diretora e atriz de formação acadêmica. Durante os anos 90 se engaja e faz parte do florescimento de um forte movimento de grupos na cidade de São Paulo. Participa da fundação de companhias como Cia do Latão, Núcleo Bartolomeu de depoimentos e Cia São Jorge de Variedades, onde dirigiu e atuou em diversos espetáculos marcantes do movimento estético da virada do século como "O nome do Sujeito", "Bartolomeu que será que nele deu", "Biedermann e os incendiários," "Bastianas", "Barafonda", "Quem não sabe mais quem é, o que é onde está , precisa se mexer". Como atriz foi dirigida por Cristiane Paoli Quito, Tiche Viana, Francisco Medeiros, Cibele Forjaz, Frank Castorf, Felipe Hirsch, Daniela Thomas. Como professora, lecionou em escolas como ELT, EAD Estúdio Nova Dança. Sua trajetória é profundamente ligada à construção da performer  livre e consciente dos movimentos do seu tempo. Alex Gonçalves Varela - colunista da Revista do Villa Professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.

  • Entrevista com Pr. Aranilton (Babão) - Fundador do Ministério Fogo Cruzado uma Igreja sem paredes

    1 - Quem é Aranilton (Babão)? e o que faz hoje na vida? Estou enviando o anexo sobre o testemunho. Hoje temos o Ministério Fogo Cruzado uma Igreja sem Paredes. Nossa Igreja foi a primeira do Brasil a ser registrada “igreja sem paredes”. Atuamos na cracolândia de São Paulo / Comunidades / Sertão de Piauí e do Ceará. Ajudamos 22 clinicas de recuperação com alimentos, pães, enfim todo tipo de doação. Entregamos cestas básicas para mais de 50 famílias. 2- Nesta atuação com o projeto social na “cracolândia!”, no centro de São Paulo, qual a reação das pessoas quando recebe você e sua equipe? Todos os missionários vão com nosso colete que é vermelho, então toda a população já sabe que somos do “Pastor Babão”. Somos todos respeitados, inclusive depois da distribuição dos lanches eles mesmo nos pedem para nos ajudar a limpar as calçadas, ajudar na organização, eles se sentem úteis fazendo isso. 3- O projeto visa fazer o quê na “cracolândia”? E aproximadamente quantas pessoas são alcançadas? Nosso principal objetivo é tirá-los deste local, através da Palavra de Deus. Levamos todos os domingos as 5:30hrs da manhã, aproximadamente 2500 lanches ou bolinhos, café/suco/água. Fazemos curativos, distribuímos cobertores quando está frio. E para aqueles que querem ser internados levamos para as clínicas. 4- Fale no seu ponto de vista o que poderia melhorar a situação das pessoas atendidas e porque estão ali usando drogas? No meu ponto de vista como Igreja, as Igrejas deveriam atuar muito mais no centro de São Paulo e também na cracolândia, pois a missão social Jesus mandou a Igreja fazer e não o governo. Diversos motivos, porém a grande maioria se deve a problemas familiares. 5- O projeto tem algum incentivo financeiro? De Empresa ou órgão público? Caso não vocês estão abertos a doações no projeto Social? Não. Recebemos doações toda semana do Grupo Farina e da Casa do Padeiro que são os pães/bolinhos para distribuirmos para a população de rua/cracolândia/clinicas/famílias. Sim, precisamos de muita ajuda. 6- Em toda demanda de pessoas ali na cracolândia você acredita na mudança do cidadão (a)? e quais resultados positivo já presenciou? Pode relatar algum sucesso de reviravolta na vida deste(a)? Sim. Foram muitos casos que temos que houve transformação. Teve um engenheiro que tiramos da cracolândia e que a família dele o estava procurando. A Família dele mora na França, e enviou a passagem para o retorno dele. Então nesse período cuidamos dele, tiramos os documentos e passaporte e o levamos para o aeroporto. 7- Qual mensagem deixa aqui para os leitores referente seu projeto na cracolândia? Quando acreditamos no poder de Deus, temos resultados maravilhosos de vidas restauradas e libertas daquele inferno que é a cracolândia. A Palavra de Deus diz: que na união dos irmãos Deus ordena as bençãos, quando estamos unidos cremos em um derramar do Espirito Santo, para resgatar os perdidos. Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. 8- Você faz parte de uma organização religiosa, quando faz oração para eles, qual percepção consegue ver nestas pessoas? Sim, temos nosso Ministério que se chama: Ministério Fogo Cruzado uma Igreja sem Paredes. A grande maioria que vive na cracolândia já conhece a Palavra de Deus, dificilmente algum deles “nega” oração, inclusive temos um caderno de oração que colocamos os nomes deles e também tem aqueles que já nos abordam pedindo orações. 9- Pode deixar uma mensagem de seu sentimento interior referente sua jornada de vida? Agradeço ao Pai, Filho, Espirito Santo por ter me resgatado e hoje tem me capacitado para levar a Palavra de Deus para essas vidas. Gratidão a Deus. 10- Quero agradecer seu pensamento e respostas nesta entrevista e para finalizar o que gostaria de acrescentar no seu projeto social? Precisamos de muita ajuda de qualquer parte do mundo, se possível para o transporte das vidas vulneráveis um veículo e um espaço para nossas missões de preferência no centro de São Paulo. Contato:  @ministeriofogocruzado   @janajesus1   @prbaba o (Seleção de Imagens cedidas para esta publicação) Breve Testemunho “Aos sete anos de idade, ao chegar da Bahia fui morar em um cortiço juntamente com 10 famílias no município de Guarulhos. Viemos em 11 pessoas, papai, mamãe e irmãos. Após um ano perdi meu pai e minha mãe assumiu o papel de pai de mãe.   Nós éramos todas crianças e a fome apertava cada dia mais, minha mãe saiu para trabalhar de empregada doméstica, onde muitas vezes trazia resto de comida para nos alimentar. Por muito tempo nossas refeições eram pé e pescoço de frango e o café da manhã era café preto com farinha.   Quando ainda criança fazia carreto na feira para ajudar no sustento da casa e no final da feira vasculhava para pegar alguns alimentos que eram descartados por todos. Durante a semana trabalhava também catando sucatas nas ruas para complementar a renda.   Consegui meu primeiro emprego registrado aos 14 anos, em uma drogaria no centro de São Paulo, foi aí que comecei a conhecer mais do mundo e tudo que ele oferecia: drogas, prostituição e noitadas.   Fui conhecendo a noite de São Paulo, onde pude experimentar alguns tipos de drogas, achava que uma roupa de marca preenchia minha vida junto com as drogas. Tinha um complexo de inferioridade, me achando uma pessoa muito feia, onde as drogas me davam uma falsa realidade de viver.   Fui participante de todas as tribos como: roqueiro, skatista, surfista, dark, break, punk, gótico, pichador. Após isso conheci a torcida organizada do Palmeiras no qual a comandei por muito tempo. Tudo isso foi uma fase onde aprendi muito, que nada neste mundo preenche o nosso coração a não ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo de Deus.   Em certo tempo da minha vida, busquei recursos em várias religiões, e fui enganado por um espírito maligno que me disse que eu estaria preso em uma gaiola de passarinho sem dever nada. Ao se passar três meses, fui acusado de um crime que não cometi. (Roubo de carga de fogão, sendo que até hoje eu ainda não sei dirigir). Fiquei preso por 30 dias e após ser inocentado, virei um alcoólatra e fumava vários maços de cigarro por dia. Certo dia em um jogo do Palmeiras no Parque Antártica a Mancha cantava uma música assim:   - Jesus é bom é bom até demais. Ninguém sabe agradecer as obras que Ele faz. Quem crê em Deus, muitas maravilhas, faz. Cura Divina e expulsa satanás. Mancha verde na Casa do Senhor, não entra satanás.   Quando cantava esse hino, eu chorava muito no meio da torcida, pensando que estava ficando louco, mas era o próprio Deus me visitando naquela hora. Aleluia.   Ao assistir um jogo da copa do mundo de mundo de 1994, estava totalmente alcoolizado, fui convidado para ir até uma Igreja por uma policial civil chamada Roseli. Eu aceitei e me entreguei a Jesus naquele dia mesmo.   Comecei a fazer evangelismo nas cadeias e quando entrei na Casa de Detenção do Carandiru. Um presidiário ficou me encarando, confesso que por ser a primeira vez que entrava naquele lugar pra fazer a obra de Deus, fiquei com medo. Logo após o meu testemunho no Pavilhão 6, aquele presidiário me chamou e disse que já havia tentado me matar. Fiquei assustado, porque estava iniciando meus trabalhos na Capelania Prisional por todo o Brasil, mas quando Deus nos chama Ele nos capacita. Aquele presidiário falou que era da Gaviões da Fiel e que me conhecia. Então me disse: Babão, me dá um abraço! Eu te conhecia e hoje servimos o mesmo Deus!   Outro caso, aconteceu no Pavilhão 5! Enquanto evangelizava os presidiários, falei que era ex-líder da Mancha Verde, quando de repente, um dos presidiários veio pra cima de mim, gritando que a Mancha havia sido responsável pela morte de seu irmão e que ele era da Gaviões.   Fiquei em silêncio e Deus me deu uma Palavra. Disse-lhe que ele precisava morrer. Fiquei assustado e toda cela também! Continuei dizendo-lhe que deveria morrer pro mundo e nascer para Jesus! Que Jesus cura, liberta, restaura. Ele começou a chorar naquela cela fria do pavilhão 5 da Casa de Detenção do Carandiru e ele aceitou a Jesus como seu Salvador, foi maravilhoso.   Hoje sou Fundador do Ministério Fogo Cruzado Uma Igreja sem Paredes e professor de Capelania, formado pela O.M.E.B.E (Ordem dos Ministros Evangélicos no Brasil e Exterior).   A Palavra de Deus diz em Salmos 126:6 [Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltara com júbilo trazendo seus feixes. ]” João Paulo Penido - colunista da Revista do Villa Brasileiro, 43 anos, divorciado, tenho dois Filhos, sou natural de Monte Carmelo/MG. Atualmemte resido em São Paulo/SP, exerco atividades como Agente Escolar/Consultor Comercial/Tributário. Formado em Administração (Usf-Itatiba/SP), Cursando Pedagogia (Faculdade Anhanguera) e tenho como hobbies jogar futebol, tocar violão, ler.

  • TSP lança inquérito para apurar “problemas no processo eleitoral” português no estrangeiro

    Associação “TSP - Também somos portugueses”, com sede em Portugal, lançou, nos últimos dias, um inquérito sobre as eleições portuguesas 2024 no estrangeiro. Uma iniciativa que decorre durante o mês de setembro e que reedita um projeto que já foi promovido em eleições portuguesas anteriores. O inquérito, que abrange as eleições para a Assembleia da República portuguesa e para o Parlamento Europeu, pretende apurar “porque é que muitos portugueses não votaram”. Já para quem votou, pretende-se saber se “foi fácil votar ou quais as dificuldades que tiveram e qual foi o impacto do voto em mobilidade”. O inquérito conta também com uma pergunta sobre a cópia do cartão de cidadão no voto pelo correio, cuja falta, segundo esta entidade, “originou que muitos milhares de votos fossem anulados”. Além desses pontos, o inquérito questiona “quais as modalidades de voto são as preferidas pelos portugueses no estrangeiro: o voto presencial nos consulados, o voto postal ou os métodos que, apesar de ainda não estarem disponíveis em Portugal, são utilizados noutros países; o voto digital: voto eletrónico remoto; e o voto por procuração”. O inquérito pode ser respondido em três minutos e está disponível na Internet em: https://forms.gle/eKDBx6SK3kiX7h6V6 ou no site da associação em: https://www.tambemsomosportugueses.org Projeto para auxiliar o processo das eleições junto das comunidades Segundo Paulo Costa , presidente da Associação "TSP - Também somos portugueses", o inquérito visa “identificar os principais problemas no processo eleitoral, com o objetivo de os solucionar”. “Incide, desta vez, em duas eleições: Assembleia da República portuguesa e Parlamento Europeu, e inclui perguntas sobre o porquê de não votar, o porquê da não inclusão da cópia do cartão de cidadão, o impacto do voto em mobilidade e sobre os métodos de voto preferidos: presencial, postal, digital, ou por procuração”, disse este responsável, que avançou que o inquérito decorrerá durante o mês de setembro e “servirá de base a um relatório a ser enviado às entidades governamentais portuguesas, como o Ministério da Administração Interna e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, além de parlamentares e bancadas políticas e ao Conselho Nacional de Eleições. Paulo Costa recorda que “o primeiro inquérito sobre as eleições lançado pelo que era então o movimento “Também somos portugueses” foi apresentado na sequência das eleições legislativas portuguesas de 2019, tendo como principal objetivo “identificar os problemas ocorridos durante as eleições e a sua extensão”. “Entre outros problemas, esse inquérito permitiu identificar que muitos votos tinham sido devolvidos por problemas com os envelopes. Estes resultados foram transmitidos à Administração Eleitoral na forma de um Relatório e esse problema foi corrigido nas eleições seguintes”, sublinhou Costa. O inquérito foi retomado pela agora Associação TSP – Também somos portugueses”, aquando das eleições legislativas portuguesas de 2022, quando “foram identificados como principais problemas as moradas erradas e a exigência da cópia do cartão de cidadão acompanhando o boletim de voto”. “Essas conclusões foram transmitidas à Administração Eleitoral, Assembleia da República, partidos políticos, Comissão Nacional de Eleições, Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP) e Agência para a Modernização Administrativa (AMA), novamente na forma de relatório. Infelizmente, desta vez, as duas principais recomendações não foram completamente seguidas. Do ponto de vista processual, havia uma recomendação à DGACCP e AMA para uma campanha de ativação da Chave Móvel Digital (CMD) e correção de moradas. Tem havido um esforço para a ativação da CMD, mas não para a correção de moradas. Já do ponto de vista legislativo, as recomendações da TSP de revisão das leis eleitorais foram parcialmente seguidas através de propostas de partidos políticos, mas nenhuma foi implementada”, lamentou. “Com estes inquéritos a Associação TSP pretende obter dados concretos sobre as eleições, que possam dar origem a decisões fundamentadas em factos, e não em opiniões”, finalizou Paulo Costa. Recorde-se que a “TSP - Também somos portugueses” é uma Associação Cívica Internacional que “promove a participação cívica e política dos portugueses no estrangeiro e a melhoria dos serviços prestados pelo estado português”. Ígor Lopes - colunista da Revista do Villa Jornalista, escritor e social media entre Brasil e Portugal. Licenciado em Comunicação Social, na vertente Jornalismo, pela FACHA Brasil; Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra; Especialista em Gestão de Redes Sociais e Comunidades para Jornalistas pela Universidade de Guadalajara; Especialista em Comunicação Mediática Contemporânea pela Universidade de Santiago de Compostela e Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Foi professor convidado de MBA em Hard News nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA Brasil).

  • Personalidade: Olga Renha Lennon

    A personalidade escolhida desta vez, não é muito conhecida entre os mais jovens, mesmo porque ela mora há mais ou menos quarenta anos nos Estados Unidos, mas com muita bagagem no Teatro e na Televisão. Com vocês, minha grande amiga, Olga Renha Lennon. Desde muito jovem o sonho de ser atriz já corria nas veias da simpática menina que foi logo se profissionalizar e fez o Curso de Teatro Leonardo Alves e Curso de Teatro Jayme Barcellos. E tudo foi dando certo, portas se abrindo, boas oportunidades, todas muito bem aproveitadas, inclusive quando foi vencedora do Programa Moacyr TV, na Rede Globo, programa que lançava novos talentos.   Olguinha, para os mais íntimos, foi protagonista da novela A Conquista na TV Educativa e estrelou diversas Fotonovelas nas revistas Sétimo Céu, Contigo, entre outras. Nesta época, as Fotonovelas faziam muito sucesso.          Exatamente em 1980, Olga já fazia sucesso também na TV Tupi, Canal 6, hoje extinta, que funcionava na Urca, aqui no Rio de Janeiro, trabalhava como apresentadora no Programa Aqui & Agora com uma grande equipe dirigida por Wilton Franco, entre eles, Anna Daves, Christina Rocha, Jose Cunha e Wagner Montes. Neste mesmo ano, aconteceu o fechamento da TV Tupi e todos migraram para a novíssima TVS – TV Studio Silvio Santos, também no Rio de Janeiro, mas logo logo, mudaram-se para São Paulo no SBT, com o programa no mesmo formato, porem com outro nome, O Povo na TV.  Ainda no SBT, a atriz participou por muito tempo na Praça da Alegria, com o talentoso Carlos Leite e Sonho Maluco ao lado do saudosíssimo Gugu Liberato.          No teatro infantil também deixou saudades com boas risadas em O Guarda Chuva Magico. A Grande Revista e Cabaret Brasil, onde este colunista também teve a oportunidade de participar com ela. Na Rede Globo, foram os programas humorísticos e a linha de shows, como o Sandra & Miele Show, que ela foi trilhando o seu caminho. Pouco antes de resolver se mudar para os Estados Unidos, Olguinha mostrou um talento que poucos conheciam, um belíssimo show no antigo Restaurante Sol e Mar, Olga canta Vinicius, com os maiores sucessos do querido Vinicius de Moraes, que enriqueceu ainda mais o currículo da atriz.   Carioca do Flamengo, filha de atriz de mesmo nome, hoje com 65 anos de idade, única atriz de 6 irmãos, porém, cada um com seu talento, todos muito queridos, também na equipe de colunistas desta revista, construiu família na Florida – USA, tem duas belíssimas filhas, Nina Jordan do primeiro casamento e Nicolle Renha Lennon do casamento com Shawn Lennon, sua paixão e alegria para a vida toda. Olga Renha gostaria muito de voltar a atuar e mostrar que talento não tem idade, aguarda convites por uma boa temporada profissional no Brasil.  Nilson Netto – Colunista da Revista do Villa Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso, Teatro, Televisão e Moda nos Anos 80. Com cidadania americana, tendo vivido mais de 16 anos nos Estados Unidos. Gerente de bar, eventos. Empresa de Mudanças para o Brasil. Colunista do Jornal Brazilian Press Social Press Connecticut. Caravanista do Brazilian Day em New York por 16 anos.

  • Fullgás - artes visuais e anos 1980 no Brasil

    Centro Cultural Banco do Brasil/RJ apresenta a exposição com mais de 300 obras de cerca de 200 artistas de todas as regiões do país, além de documentos e objetos, que dão um panorama da década de 1980 no Brasil. Clique aqui para ver Imagens de Divulgação   A grande exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” será inaugurada no dia 2 de outubro de 2024 no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, como parte das comemorações pelos 35 anos do CCBB RJ. Com Raphael Fonseca como curador-chefe e Amanda Tavares e Tálisson Melo como curadores-adjuntos, a mostra, inédita, apresentará cerca de 300 obras de mais de 200 artistas de todas as regiões do país, mostrando um amplo panorama das artes brasileiras na década de 1980. Completam a mostra elementos da cultura visual da época, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos icônicos, ampliando a reflexão sobre o período.   O projeto é patrocinado pela BB Asset, gestora de fundos do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mário Perrone, diretor comercial e de produtos da BB Asset, destaca que a responsabilidade da gestora vai além da administração de ativos. “Patrocinar a exposição ´Fullgás´ reforça nosso compromisso com o futuro, investindo não apenas em resultados, mas também naquilo que transforma uma sociedade: a cultura e arte. Como a maior gestora de fundos do Brasil, temos a honra de contribuir para a preservação do legado cultural do país, inspirando novas gerações e promovendo um Brasil mais vibrante e consciente da sua rica história e expressão artística. Este é o tipo de investimento que gera valor para todos.”   “Fullgás”, assim como a música de Marina Lima, deseja que o público tenha contato com uma geração que depositou muito de sua energia existencial não apenas no fazer arte, mas também em novos projetos de país e cidadania. Uma geração que, nesse percurso, foi da intensidade à consciência da efemeridade das coisas, da vida”, afirmam os curadores.     A exposição ocupará todas as oito salas do primeiro andar do CCBB RJ, além da rotunda, e será dividida em cinco núcleos conceituais cujos nomes são músicas da década de 1980: "Que país é este" (1987), "Beat acelerado" (1985), "Diversões eletrônicas" (1980), "Pássaros na garganta" (1982) e "O tempo não para" (1988). Na rotunda do CCBB haverá uma instalação com balões do artista paraense radicado no Rio de Janeiro Paulo Paes. “O balão é um objeto efêmero, que traz uma questão festiva, de cor e movimento”, dizem os curadores. Ainda no térreo, uma banca de jornal com revistas, vinis, livros e gibis publicados no período, com fatos marcantes da época, fará o público entrar no clima da exposição.   A mostra aborda o período de forma ampla, entendendo que seus questionamentos e impulsos começaram e terminaram fora do marco temporal de dez anos que tradicionalmente constitui uma década. Desta forma, a exposição abrange o período entre 1978 e 1993, tendo como marcos o final do Ato Institucional 5 e o ano posterior ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Consideramos para a base de reflexões este arco de quinze anos e todas as suas mudanças estruturais e culturais para pensarmos o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno a uma democracia que, logo na sequência, lidará com o trauma de um impeachment”, contam os curadores, que selecionaram para a exposição obras de artistas cujas trajetórias começaram neste período.   Nas artes visuais, a Geração 80 ficou marcada pela icônica mostra "Como vai você, Geração 80?" , realizada no Parque Lage, em 1984. A exposição no CCBB entende a importância deste evento, trazendo, inclusive, algumas obras que estiveram na mostra, mas ampliando a reflexão. “Queremos mostrar que diversos artistas de fora do eixo Rio-São Paulo também estavam produzindo na época e que outras coisas também aconteceram no mesmo período histórico, como, por exemplo, o ‘Videobrasil’, realizado um ano antes, que destacava a produção de jovens videoartistas do país”, ressaltam os curadores. Desta forma, “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” terá nomes de destaque, como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini, Leda Catunda, entre outros, mas também nomes importantes de todas as regiões do país, como Jorge dos Anjos (MG), Kassia Borges (GO), Sérgio Lucena (PB), Vitória Basaia (MT), Raul Cruz (PR), entre outros.  Para realizar esta ampla pesquisa, a exposição contou, além dos curadores, com um grupo de consultores de diversos estados brasileiros.   Além das obras de arte, a exposição trará, ainda, diversos elementos da cultura visual da década de 1980, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos, que fazem parte da formação desta geração. “Mais do que sobre artes visuais, é uma exposição sobre imagem e as obras de arte estão dialogando o tempo inteiro com essa cultura visual, por exemplo, se apropriado dos materiais produzidos pelas revistas, televisões, rádios, outdoors e elementos eletrônicos. Por isso, propomos incorporar esses dados, que quase são comentários na exposição, que vão dialogando com os elementos que estão nas obras de fato”, ressaltam Raphael Fonseca, Amanda Tavares e Tálisson Melo.   Para Sueli Voltarelli, Gerente Geral do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, “é muito representativo realizarmos essa mostra no ano em que o CCBB comemora seus 35 anos. Ter esse olhar mais amplo sobre a produção artística dos anos 1980, se coaduna com o trabalho do próprio Centro Cultural, um equipamento que nasceu na nesta mesma década, com o compromisso de valorizar e amplificar as vozes de artistas de todo o Brasil, contribuindo para o acesso e para o processo de identificação e aproximação do público com a arte, promovendo a conexão de todos os brasileiros com a cultura”.   A mostra será acompanhada de um catálogo com fotos das obras e textos dos curadores e de autores de diversas regiões do Brasil, que abordarão os tópicos centrais da exposição, analisando os diversos aspectos culturais deste recorte histórico. Depois da temporada no CCBB RJ, onde fica até o dia 27 de janeiro de 2025, a exposição será apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, de 18 de fevereiro a 27 de abril de 2025, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, de 21 de maio a 04 de agosto de 2025 e no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte, de 27 de agosto a 17 de novembro de 2025.   NÚCLEOS TEMÁTICOS A exposição será dividida em cinco núcleos:   1 - " Que país é este " - reflete sobre o fim da ditadura militar e a passagem para a democracia. “Este núcleo traz questões relativas à política e à economia, debates em torno da Constituição, organização civil, variação das moedas, inflação, além de questões relativas à violência, pensando na herança da década de 1970 e da ditadura militar. Todos esses elementos estão colocados de uma maneira que questiona e tenta definir os rumos do país, a ideia de nação através de identidade e território”, contam os curadores. Desta forma, estão neste núcleo movimentos negros, de mulheres, indígenas e seringueiros, além do movimento punk, vinculado a debates políticos e sociais, assim como os debates em torno da Constituição e da redemocratização. Integram este núcleo obras que citam a ditadura e a tortura, como “Sem título” (1982), de Aprígio e Frederico Fonseca, os registros de movimentos sociais feitos pelo fotógrafo paraense Miguel Chikaoka, além de trabalhos de coletivos que começam a ocupar as ruas, algo até então não permitido pela ditadura militar, como o coletivo Manga Rosa. Arthur Bispo do Rosário também está neste núcleo com “Uma obra tão importante que levou 1986 para ser escrita”. O filme “ Patriamada”, dirigido por Tizuka  Yamasaki  , feito durante do processo das Diretas Já, também integra este núcleo, assim como diversos outros trabalhos   2 - " Beat acelerado " - traz obras e artistas que preferiram enfocar na nova aceleração do tempo, nos amores efêmeros, no prazer e na paixão pela cor. “Esse título remete ao corpo, à batida do coração, à empolgação, ao frenesi, e está mais em diálogo com artistas associados à pintura e ao desenho, com a comemoração e a negação da austeridade da arte dos anos 1970, que era vista como muito racional”, afirmam os curadores. Este é o maior núcleo da exposição e tem muitas obras onde a cor desempenha um papel central, como “Com que está a chave do banheiro 10?” (1989), de Beatriz Milhazes, e “Cérebro em stand” (1988), de Leda Catunda, mas também vídeos e esculturas, que trazem a ideia de emoção, como “Hommage aux marriages” (1989), de Marcos Chaves. “É o núcleo da abertura, da possibilidade de viver em um mundo colorido após a saída da ditadura”, contam os curadores. Neste núcleo também estão obras como a camisa “Overgoze” (1981), de Eduardo Kac, na época parte do Movimento de Arte Pornô, e “Dois coqueiros” (1990), de Ciro Cozzolino, entre muitas outras, além de diversos elementos da cultura visual da época.   3 -  " Diversões eletrônicas " - traz artistas que mergulharam em um futurismo típico do momento histórico no qual a televisão desempenhou papel essencial, assim como as novas invenções tecnológicas e o desejo pela expansão aeroespacial. “É a experimentação no campo da arte a partir do acesso a determinadas mídias eletrônicas e pela expansão das mesmas – computadores, fotografias, vídeo cassete e walkman, por exemplo. Há trabalhos que fazem uma experimentação com essa tecnologia e outros que vão representar esses elementos”, contam os curadores. Exemplos disso são as obras “Painel de controle” (1987), de Luiz Hermano, e Carro” (1980), de Jailton Moreira. Há, ainda, pinturas que incorporam a TV, como uma série de trabalhos em xerox, de Alex Vallauri e “Família materialista” (1982), de Cristina Salgado, ou a obra de “Caderno Juquinha” (1980), de Lívia Flores, com referências da televisão e do design. Neste núcleo, estão também obras dos artistas baianos Leonardo Celuque – “Rastro de cometa” (1989) – e Jayme Figura – capacete feito de sucata “Sem título” (1980).   4 - " Pássaros na garganta " - neste núcleo estão presentes artistas que observavam mais a natureza e as discussões ecológicas do momento, assim como questões relativas à propriedade de terra e as consequências trágicas do capitalismo selvagem. Neste núcleo estão paisagens, como as obras “Lacrima Christie” (1989), de Cristina Canale, “O pranto dos animais II” (1989), de Hélio Melo e “Barranco” (1982), de Jacqmont, mas também trabalhos que alertam para as questões ambiental e indígena. Neste núcleo está a pintura da série “Césio 137” (1986), de Siron Franco, e os estudos para mosaico do Palácio da Cultura de Eliezer Rufino, feitos a partir de uma cultura visual de herança indígena. É um núcleo com mais esculturas, como “Totens” (1989), de Vitória Basaia. Há, ainda, a pintura na parede “Sem título” (1980), de Otoni Mesquita. “Esse núcleo vem quase como uma relação sublime sendo resgatada com a natureza, mas no sentido de uma natureza tanto quanto potencial de referência para a produção pictórica quanto de um assombro com as questões da Eco 92, com pautas colocando a nossa vulnerabilidade enquanto existência no planeta”, dizem os curadores.   5 – “ O tempo não para ” - quinto e último núcleo da exposição, reflete sobre a passagem do tempo, conectando-se também com o nome da exposição, “Fullgás”, música de Marina Lima. “Este núcleo reúne obras que pensam a respeito da finitude e de como há uma discreta melancolia em todos os elogios ao excesso tão atribuídos a essa geração”, contam os curadores. Integram este núcleo trabalhos como “Mapa a cores” (1987), de Ana Amorim, que aborda sua localização e seus trajetos, “Sem título” (1990), de Fernanda Gomes, que fala da passagem do tempo através de papéis de cigarro acumuladas, “Coluna de cinzas” (1987), de Nuno Ramos, “As ruas da cidade” (1988), de Leonilson, “Entre céus e ruínas” (1992), de Leila Danziger, além das “Polaroids” (1980), de Fernando Zarif, e do vídeo “O profundo silêncio das coisas mortas” (1988), de Rafael França, entre outras.   SOBRE OS CURADORES   Raphael Fonseca  (curador-chefe) nasceu no Rio de Janeiro e vive em Denver, EUA. É pesquisador da interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação. Trabalha como curador de arte moderna e contemporânea latino-americana no Denver Art Museum desde 2021. Curador-chefe da 14ª Bienal do Mercosul, a acontecer em 2025. Curatorial advisor da Prospect.6, a acontecer em 2024, em New Orleans, Estados Unidos. Foi incluído na lista de 100 pessoas mais influentes das artes visuais globalmente pela revista ArtReview, em 2023. "Raio-que-o-parta", exposição da qual foi curador-chefe e realizada no SESC 24 de Maio, recebeu os prêmios da Associação Brasileira de Críticos de Arte de melhor curadoria e melhor exposição de 2022. Doutor em Crítica e História da Arte pela UERJ. Recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça de curadoria (2015), o prêmio de curadoria do Centro Cultural São Paulo (2017), recebeu uma bolsa da Andy Warhol Foundation para a exposição “Who tells a tale, adds a tail” (Denver Art Museum, 2022), além de uma bolsa da Teiger Foundation para uma futura exposição sobre Roberto Gil de Montes, a ser realizada em co-curadoria entre o Denver Art Museum e o Los Angeles County Museum of Art (LACMA, junto a Rita González).   Amanda Tavares  (curadora-adjunta) nasceu em Ipatinga-MG e mora entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Atua com pesquisadora e curadora em exposições e publicações de arte, além de projetos experimentais que relacionam arte e educação. É Pós-doutora em Artes pela UERJ e doutora em Crítica e História da Arte pela mesma instituição. Mestre em teoria literária pela UNICAMP e graduada em Letras pela UFJF. É coordenadora editorial na 14 Bienal do Mercosul. Foi membro do Júri Open Lisboa, na Arco - feira de Arte Contemporânea (Lisboa, 2024). Foi pesquisadora, assistente de curadoria e coordenadora dos programas públicos na 23 Bienal SESC_Videobrasil (2023-2024). Em 2022-2023, foi contemplada com a Bolsa Masp Pesquisa-MASP, destinada à pesquisa e difusão do acervo do MASP. Foi pesquisadora de conteúdo e assistente de curadoria no projeto de requalificação do Sítio Burle Marx (exposição e livro institucional) (2019-2020). Atualmente desenvolve o projeto de pós-doutorado “Arte popular: modos de usar (PPGAH/UERJ)”, no qual se dedica à relação entre a chamada arte popular no contexto da arte moderna e contemporânea.   Tálisson Melo (curador-adjunto) nasceu em Juiz de Fora-MG e vive em São Paulo. Curador, pesquisador e professor. Pós-doutorando no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Doutor em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com estágio na Yale University, EUA. Mestre em Artes pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde também se graduou bacharel em Artes e Design, com concentração em História da Arte pela Universidad de Salamanca, Espanha. Em 2023, foi selecionado pelo prêmio de jovens curadores da OMA galeria. Ganhou o prêmio de melhor exposição (regional Centro-Oeste, 2023) da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA) pela exposição coletiva "Atualização do Sistema", organizada pela Academia de Curadoria em parceria com a FAP-DF e o Museu Nacional da República.   SOBRE O CCBB RJ Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro marca o início do investimento do Banco do Brasil em cultura. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, é um marco da revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. São 35 anos ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura com uma programação relevante, diversa e regular nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e ideias. Quando a cultura gera conexão ela inspira, sensibiliza, gera repertório, promove o pensamento crítico e tem o poder de impactar vidas. A cultura transforma o Brasil e os brasileiros e o CCBB promove o acesso às produções culturais nacionais e internacionais de maneira simples, inclusiva, com identificação e representatividade que celebram a pluralidade das manifestações culturais e a inovação que a sociedade manifesta. Acessível, contemporâneo, acolhedor, surpreendente: pra tudo o que você imaginar.     SOBRE A BB ASSET A BB Asset, empresa do Banco do Brasil, é responsável pela gestão de mais de 1200 fundos de investimento para quase 3 milhões de pessoas que buscam realizar seus sonhos. Líder nacional no setor de fundos de investimento, detém aproximadamente 20% do mercado e administra um patrimônio líquido de cerca de R$ 1,6 trilhão*. Além disso, é reconhecida pela qualidade de sua gestão com as maiores notas das agências de classificação de risco Fitch Rating e Moody's. Nossas soluções de investimento estão disponíveis para atender a ampla variedade de objetivos de nossos clientes. Como líder de mercado, entendemos nossa responsabilidade na atuação em prol dos desenvolvimentos ambiental, social, de governança corporativa e cultural. Com o objetivo de agregar valor à sociedade, a BB Asset patrocina iniciativas como a exposição Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil . Porque, além de gerir ativos financeiros, investir em arte e cultura - para a maior gestora de fundos do Brasil - também é melhorar a vida das pessoas! E esse é o nosso propósito! BB Asset: busque mais para seus investimentos!   *Dados do ranking da ANBIMA de julho de 2024.   Serviço: Fullgás - artes visuais e anos 1980 no Brasil 2 de outubro de 2024 a 27 de janeiro de 2025 Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro  Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – 1º andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ Informações: (21) 3808.2020 | ccbbrio@bb.com.br Funcionamento: De quarta a segunda, das 9h às 20h. Fechado às terças-feiras. Classificação indicativa: livre Entrada gratuita Ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB - bb.com.br/cultura . Para seguir o CCBB RJ nas redes sociais: x.com/ccbb_rj | facebook.com/ccbb.rj | instagram.com/ccbbrj / tiktok.com/@ccbbcultura   Assessoria de Imprensa CCBB RJ: Rosana Passos (em substituição) rosanapassos@bb.com.br   Telefone: (21) 3808.0146 Giselle Sampaio (férias - retorno 16/09)  gisellesampaio@bb.com.br       (21) 3808.0142 Informações para a imprensa:  Midiarte Comunicação    www.midiarte.net                                            Beatriz Caillaux  beatriz@midiarte.net    (21) 98175.9771                                                   Alex Gonçalves Varela - colunista da Revista do Villa Historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.

  • Acabou o “perrengue” nas viagens: Conta Internacional Digital, a solução do momento

    A globalização e a digitalização têm transformado o setor financeiro de forma muito acelerada, e o setor bancário não ficou para trás, sobretudo com soluções para quem viaja a turismo ou a negócios para o exterior.    Lembro que no passado para viajar ao exterior era necessário adquirir papel moeda ou travelers checks, os famosos cheques viagem e era realmente um “perrengue”, a depender do país onde a moeda local não era o dólar americano, para fazer a troca do dinheiro. O cliente nunca sabia direito a taxa de conversão. Este processo era muito caro, difícil, demorado e pouco transparente.   Mas com inovação e alta tecnologia tudo isso mudou com a chegada da Conta Internacional Digital na maioria das instituições e até fintechs especializadas neste tipo de serviço.   Quero trazer ao leitor da Villa as opções e mostrar a minha experiencia na utilização com comparação de uma conta internacional digital chamada My Account que é de um grande banco brasileiro, o Bradesco, e que tem se tornado um sucesso entre os clientes.   Vamos explorar as características dessa solução e compará-la com outras opções disponíveis no mercado. Características da My Account A My Account do Bradesco é uma conta internacional digital que oferece uma série de vantagens para quem precisa realizar transações em 180 (cento e oitenta) diferentes moedas estrangeiras e em 195 (cento e noventa e cinco) países. Entre suas principais características estão:   Multimoeda:  Permite a movimentação de dinheiro em diversas moedas com conversão instantânea em compras e saques no exterior e online, facilitando transações internacionais. Acesso Digital:  Totalmente gerenciada através do aplicativo do banco, proporcionando conveniência e facilidade de uso em todos os momentos, desde a abertura, ativação, solicitação do cartão, cadastro da senha, bloqueio e desbloqueio, extrato, saldo e muito mais. Cartão Internacional:  Oferece um cartão de débito da bandeira VISA que pode ser utilizado globalmente. Taxas Competitivas:  Taxas de câmbio competitivas em comparação com todas as outras soluções tradicionais e digitais e o principal, isento de tarifas. Comparação com Outras Soluções: Vamos comparar a My Account com outras contas internacionais digitais populares, como o Revolut, N26 e Wise.   RevolutMultimoeda:  Assim como a My Account, o Revolut permite a movimentação de dinheiro em moedas estrangeiras. Acesso Digital:  Gerenciado via aplicativo, com uma interface intuitiva. Cartão Internacional:  Oferece um cartão que pode ser usado em muitos países. Taxas:  Revolut é conhecido por suas taxas de câmbio competitivas e ausência de tarifas em algumas transações. N26Multimoeda:  Menos flexível em comparação com a My Account e o Revolut, focando na moeda euro. Acesso Digital:  Aplicativo fácil de usar, com uma interface moderna. Cartão Internacional : Disponível, mas com algumas limitações fora da Europa. Taxas:  Competitivas, mas pode haver tarifas para saques em caixas eletrônicos fora da zona do euro. Wise (antigo TransferWise) Multimoeda : Bom para transferências internacionais com taxas de câmbio reais. Acesso Digital:  Plataforma online e aplicativo móvel fáceis de usar. Cartão Internacional:  Disponível, com aceitação global. Taxas:  Competitivas, especialmente para transferências internacionais. Conclusão: A My Account do Bradesco se destaca, dentre todas as soluções digitais, por sua flexibilidade, facilidade, aceitação, conversão multimoeda instantânea e acesso digital, competindo bem com soluções internacionais como Revolut, N26 e Wise. Cada uma dessas opções tem suas próprias vantagens, e a escolha ideal dependerá das necessidades específicas do usuário, como a frequência de transações internacionais, as moedas utilizadas e as preferências de interface, sendo a solução mais completa a My Account do Bradesco.   Depoimento de alguns clientes da My Account que eu encontrei nas redes sociais:   “Abri minha conta em agosto de 2023. Foi super fácil e bastante intuitivo. Fiz o processo indo para o trabalho, dentro do metrô. Achei a conta ótima, porque a cotação é baseada no dólar comercial, que fica mais em conta do que o dólar turismo. Outras pessoas da minha família usaram em outros países e aprovaram. Gostei que não tinha tarifa de abertura e emissão de cartão. Foi um dos fatores determinantes para despertar interesse de conhecer mais sobre o produto”.    “O meu cartão chegou em menos de uma semana. Adorei a personalização, porque fica mais fácil para achar o cartão de cada um, quando se viaja em família. Eu escolhi a cor rosa. Achei maravilhoso fazer compras com ele, porque, caso precise fazer uma transferência de emergência para a My Account, você consegue fazer de imediato e usar no cartão. Funcionou muito bem na Europa e fiz compras com pagamentos por aproximação em diversos lugares”.    “Eu usei no Chile e teve ótima aceitação em todos os estabelecimentos. Prático, fácil, seguro e o custo mais baixo do que nas casas de câmbio locais”   “Melhor cartão. Usei no Canadá e zero problemas! Parabéns!”   “A experiência do My Account é espetacular, já transferi da conta brasileira para a My Account enquanto estava na fila para pagar, é muito simples! Parabéns a todos os envolvidos!”   “Excelente produto. A conversão é questão de minutos. Utilizei o meu e não tive nenhum problema. Além de acabar com a preocupação de ficar indo atrás de comprar dólar nas casas de câmbio, o produto oferece praticidade e comodidade. Parabéns à equipe. Super indico!!!”   “Experiência simples com benefícios de imediato. A My Account resume a transação internacional em poucos passos. Parabéns, Bradesco”   “Possuo, faço uso e super recomendo. Muito prático e eficiente. Funcionalidade me to me garante a transferência de recurso real time”   “O serviço funciona super bem em todas as etapas. Parabéns ao time responsável!”.   “My Account está muito bom mesmo! Abandonei o concorrente e aderi totalmente, usei em alguns lugares "inusitados" nas férias de janeiro! Só queria compartilhar aqui pois realmente, o Bradesco mandou muito bem nesse produto!”   “Sou cliente Bradesco e fiquei impressionado com a tecnologia, celeridade nas transações e, principalmente, na transparência para o cliente em toda a My Account. Percorri 4 países no início do ano na Europa e só tenho a agradecer por tudo ter dado certo e a experiência ter sido muito gratificante.”   “Simplesmente um produto que veio para transformar! Só quem já usou sabe o quanto é maravilhoso e super competitivo com o mercado, além de uma experiência sensacional.”   “Muito bom! Usei sem problemas nos EUA. Transferência entrava no mesmo momento.”   “Utilizei agora nas minhas férias e pude comprovar a sua aceitação e todas as facilidades que ele proporciona.”   “Tudo muito prático e simples. Sem contar a agilidade e a conversão.”   “Digo com firmeza que esse cartão é um diferencial sensacional do Bradesco. Simples, prático e muito funcional. Sigo amando toda a experiência com ele.”   “Usei no Chile e funcionou super bem. Adorei!”   “Viajei mês passado para o Nepal e o Qatar. Foi ótimo e fiquei fã da My Account!” Joao Paulo Penido - colunista da Revista do Villa Brasileiro, 43 anos, divorciado, tenho dois Filhos, sou natural de Monte Carmelo/MG. Atualmemte resido em São Paulo/SP, exerco atividades como Agente Escolar/Consultor Comercial/Tributário. Formado em Administração (Usf-Itatiba/SP), Cursando Pedagogia (Faculdade Anhanguera) e tenho como hobbies jogar futebol, tocar violão, ler.

  • Nota - Peça de Teatro "Cão Vadio"

    CAIXA  apresenta a premiada Cia cCritibana Trupe Ave Lola,  no espetáculo adulto:   CÃO VADIO Dramaturgia e direção de Ana Rosa Genari Tezza   Numa viagem ao mundo do realismo fantástico através da linguagem do cabaré , a peça apresenta personagens que vivem às margens da sociedade, enfrentando questões atuais como migração, violência, intolerância e dificuldade de comunicação .   A música, executada ao vivo , é inspirada em canções da América Latina . As referências dramatúrgicas vão da literatura de Vargas Llosa, García Márquez e Borges, além de Shakespeare e Tchekov , às obras do artista visual Antonio Berni e notícias de jornais latinoamericanos.     REESTREIA: 19 de setembro (quinta-feira), às 19h. ONDE: CAIXA Cultural Rio de Janeiro - Teatro Nelson Rodrigues Av. República do Paraguai, 230 – Centro/RJ  - Tel: (21) 3509-​​9621​ HORÁRIOS: 5ª a sab, às 19h e dom às 18h INGRESSOS: plateia R$30 e R$15 (meia), balcão R$20 e R$10 (meia) VENDAS: 4ª a dom, das 13h às 19​​h ou no site https://bilheteriacultural.com CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos DURAÇÃO: 120 min (com intervalo de 15 minutos) CAPACIDADE: 417 espectadores GÊNERO: cabaré TEMPORADA: até 29 de setembro (apresentação com libras no dia 26 de setembro) DIA 28 DE SETEMBRO: oficina gratuita de Interpretação com a diretora e dramaturga Ana Rosa Genari Tezza, das 13h às 17h. www.avelola.com  | @ave_lola www.caixacultural.gov.br  | @caixaculturalrj FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1GuAAxQUXYqUM0uwoHcsu64MnKyWFIubz?usp=share_link VIDEO : https://drive.google.com/file/d/1N72dMZEriBDL1hXlubnK4PIVHzALH1JH/view?usp=share_link       CÃO VADIO, quinta obra da   premiada  Trupe Ave Lola , cia estável curitibana há 13 anos em atividade, convida o espectador a uma viagem pelo mundo do realismo fantástico através do cabaré . Com dramaturgia e direção de Ana Rosa Genari Tezza , no elenco de oito atores  estão Ane Adade, Cesar Matheus, Eduardo Giacomini, Evandro Santiago, Helena Tezza, Marcelo Rodrigues, Olga Nenevê e Regina Bastos, além dos músicos Arthur Jaime e Breno Monte Serrat.   O espetáculo aborda temas atuais, como as questões migratórias e de fronteiras, a intolerância, a violência e a dificuldade de comunicação gerada pelas diferentes realidades sociais  e seus personagens que vivem às margens. Uma reflexão sobre a natureza humana e suas condições em um mundo em constante mudança e conflito.   A dramaturgia original , que parte de uma pesquisa sobre o realismo fantástico presente na literatura latino-americana , se funde a trechos de obras de García Márquez, Borges, Vargas Llosa, e até mesmo Shakespeare e Tchekov.   SINOPSE   A ação se passa em um território chamado Cão Vadio, ocupado por personagens que se encontram na borda do mundo, um lugar para onde alguns fogem, outros foram levados à força ou carregados pelo vento do deserto. Ao longo da peça, estes personagens se encontram e interagem num ambiente desolado e surreal, expondo as complexidades e desafios que enfrentam em suas vidas.   A MONTAGEM   A encenação, repleta de  humor, poesia e contundência , utiliza-se da linguagem do cabaré , com música executada ao vivo  - que tem como ponto de partida canções da América Latina - e forte ênfase no trabalho corporal dos atores.   Há ainda o uso de  bonecos , que interagem com os atores e o público, e variados elementos cênicos, com destaque para uma  grande escada que tem funçao múltipla , transformando-se em portais, torres, abrigos, esconderijos e outros usos.   OFICINA GRATUITA   Será oferecida  gratuitamente uma  Oficina de Interpretação com  Ana Rosa Genari Tezza no  28 de setembro, das 13h às 17h.   A oficina propõe exercícios e jogos teatrais que aprimoram e introduzem técnicas relativas à interpretação teatral a partir do improviso em cena. A ministrante abordará um viés prático, em que irá propor a execução de jogos teatrais diversos que introduziram a técnica de desenvolvimento da interpretação teatral por meio da experimentação cênica e improviso.   Inscrições gratuitas:   https://forms.gle/jQ3H3kJm8muP16SD8   FICHA TÉCNICA Elenco: Ane Adade, Cesar Matheus, Eduardo Giacomini, Evandro Santiago, Helena Tezza, Marcelo Rodrigues, Olga Nenevê e Regina Bastos Dramaturgia e direção: Ana Rosa Genari Tezza Direção musical: Arthur Jaime e Breno Monte Serrat Músicos: Arthur Jaime e Breno Monte Serrat Preparadoras vocais: Babaya Morais, Paola Pagnosi, Julia Klüber Preparadora corporal: Ane Adade Iluminação: Beto Bruel e Rodrigo Ziolkowski Figurino: Eduardo Giacomini Assistente de figurino: Helena Tezza Costureiras: Rose Mary Matias de Oliveira e Marino Ferrara Cenografia e adereços de cenário: Eduardo Giacomini Confecção de bonecos e adereços: Eduardo Santos Cenotécnicos: Fabiano Hoffmann, Anderson Purcotes Quinsler, Rene Augusto Barbosa, Paulo Batistela Montagem de cenografia: Paulo Batistela Montagem e operação de luz: Alexandre Leonardo Luft Direção executiva: Entre Mundos Produções Artísticas Direção de produção: Dara van Doorn e Laura Tezza Produtor: Carlos Becker e Renata Bruel Assistente de produção e operação de som: Alyssa Riccieri Direção de Comunicação:  Larissa de Lima Assistência Redes Sociais: Cesar Matheus Gestão de Mídias: D Meios Organizações de Eventos Design gráfico: Gabriel Rischbieter Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany   TRUPE AVE LOLA DE TEATRO   Ave Lola, além de ser um espaço de criação, é também uma trupe que sonha e trabalha coletivamente por uma fazer artístico, poético e humano. Fundada em 2010 por Ana Rosa Genari Tezza, que desenvolveu um espaço de empoderamento onde todos os cargos de liderança são ocupados por mulheres de diferentes idades .   Os processos da Trupe prezam pela insubordinação, pela liberdade, pelo inusitado. Ao longo dos últimos anos, a Ave Lola montou os espetáculos “O Malefício da Mariposa” (2012), “Tchekhov” (2013), “Nuon” (2016),  “Manaós - Uma Saga de Luz e Sombra” (2019) e “Cão Vadio” (2021), premiados e indicadas a importantes prêmios  do Paraná e do Brasil, tais como Gralha Azul, Shell, Cesgranrio.  Os trabalhos já circularam por todo Brasil, incluindo cidades fronteiriças do extremo norte e também já estiveram em países como Chile e Dinamarca. Alex Gonçalves Varela - colunista da Revista do Villa Historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.

  • Entrevista com o cantor português Carluz Belo

    Carluz Belo é músico, cantor e compositor, nascido em Fão, vila portuguesa de Esposende. Ainda pequeno, já se sentia encantado pelas melodias que ouvia pela TV, já um prenuncio de sua carreira musical. Em 2020, lançou seu primeiro disco, intitulado "Menino da Praia", realizando diversos concertos. Conheçam mais um pouco desse grande artista português. 1 – Em sua visão, quem é Carluz Belo?   Eu considero-me um “cantautor”, como dizemos aqui em Portugal. Componho as minhas canções e as suas letras e adoro interpretá-las ao vivo. Também tenho um gosto especial por criar as imagens que acompanham a minha música, seja através da fotografia ou do vídeo. Considero-me um artista musical, que tenta sugerir e entregar ao público ideias bonitas em forma de canções.   2 – Como despertou o seu gosto pela música?   Tudo começou muito novo, curioso pelas melodias dos pequenos anúncios publicitários que passavam na TV. Ficava muito interessado nos desenhos animados musicais e no universo da Eurovisão, começando logo pela seleção Portuguesa, através do mítico programa Festival da Canção, onde participei em 2008 com o meu tema “Cavaleiro da Manhã” – um tributo à Lusofonia.   3 – Quais referências musicais o influenciaram em sua identidade musical? Ouvi dizer que você gosta do Legião Urbana. É verdade?   Eu estou continuamente a receber influências vindas de todo o lado, principalmente do mundo anglo-saxónico e lusófono. Kate Bush, Rufus Wainwright, Sufjan Stevens, Joni Mitchell, são apenas algumas referências em Inglês. Em Portugal tenho inúmeros artistas que adoro, dos quais posso destacar o pioneiro artista LGBT António Variações, que deixou uma grande marca que perdura até hoje, desde a sua curta produção nos anos 80.   Legião Urbana foi a banda que mais me tocou na minha adolescência e me fez querer ser músico. A banda nunca foi muito conhecida em Portugal, mas marcou-me imenso, quando a conheci no final dos anos 90. Principalmente porque em Portugal era moda quase todas as novas bandas cantarem apenas em Inglês. Mas tenho múltiplas influências brasileiras, entre elas Caetano, Rita Lee, Chico Buarque, Silva e a minha eterna Marisa Monte.   4 - A sua canção "Passos No Escuro" foi dedicada às vítimas de crimes de homofobia. Inclusive, você a define como “Oração pela Memória LGBTI+. O que o inspirou a escrevê-la?   “Passos No Escuro” reflete acerca da coragem que a Comunidade LGBTI+ ainda hoje precisa ter para viver a sua vida livremente, sem medo de julgamentos ou ofensas, quer físicas, quer verbais ou outras, ainda mais subtis. Quis homenagear as pessoas que viveram em tempos anteriores, em períodos históricos ainda mais difíceis, mas lembrar que ainda hoje há um caminho para percorrer em direção a uma igualdade plena.   5 – Particularmente, eu achei o videoclipe de “Passos No Escuro” belíssimo, poético e recheado de sensibilidade. Conte-nos como foi o processo de gravação. E em que local ocorreram as filmagens?   O videoclipe foi filmado na zona de Aveiro, entre Ovar (Praia de Maceda) e Estarreja (BioRia de Salreu). Eu quis tentar produzir o vídeo que eu próprio precisava de ter visto quando era adolescente. Infelizmente, ainda existe apenas um pequeno número de artistas queer, que abordem abertamente a questão da homoafetividade ou outras temáticas LGBTI+. A ideia foi mesmo sensibilizar para a pureza do início de um romance entre dois rapazes. Fiquei muito feliz com o resultado final e com a reação do público à canção e ao vídeo.   6 – Em sua opinião, Portugal acolhe bem a Comunidade LGBTI+? E como combater a homofobia?   Portugal é um dos países mais avançados em termos de legislação que proteja especificamente a Comunidade LGBTI+. Os últimos 15 anos foram de grandes conquistas políticas. Contudo, o recente crescimento da extrema-direita em Portugal e na Europa só vem lembrar que, para perder direitos, basta tê-los. É importante manter um olhar atento perante a sociedade e fazer a nossa pequena parte, conversando com as pessoas ao nosso redor, tentando informar com delicadeza. A abertura de mentalidades não é uma coisa tão rápida como a entrada em vigor de leis que nos protejam. Parece-me que Portugal é um país bastante humano, onde as pessoas ainda conseguem ter um olhar meigo sobre o outro, mas claro que ainda existe um certo nível de homofobia, que pode ser mais expressivo dependendo dos contextos, da região do país e de múltiplos fatores.   7 - "MENINO DA PRAIA" é o seu primeiro disco, contendo 13 faixas. Quais foram suas maiores inspirações para criar seu disco?    O álbum foi lançado em 2020, em plena pandemia, após 10 anos de muito trabalho. Foi uma longa jornada que teve sempre como inspiração as minhas raízes familiares, o Minho, a Praia de Ofir e a minha própria história de vida. Também foi ótimo ter conseguido lançar 5 videoclipes para ilustrar algumas das canções. Acima de tudo, adorei poder partilhar a ideia de que, para mim, compor e cantar é a melhor forma de me expressar livremente, como se fosse uma criança que corre livre pela praia.   8 – Dentre todas as suas canções, há alguma que tenha um significado mais forte?   Talvez “Ao Virar de Cada Esquina” seja até hoje o meu tema mais profundo. Fala de Vulnerabilidade & Esperança ao longo da vida. É uma canção que me acompanha desde o início e que já conheceu muitas versões de mim próprio. Nela sou criança, adolescente e adulto. Mas o meu mais recente single “A Galope Na Saudade” é igualmente muito especial. Foi lançado no final de 2023 e fala de um luto romântico, de um amor consumido pelo fogo. Marca o início de um novo ciclo musical mais maduro. Convido-vos também a assistirem ao seu videoclipe, feito num templo em ruínas em Viana do Castelo.   9 - Você já realizou concertos ao vivo. Como é a sensação de cantar para várias pessoas? Costuma ficar apreensivo nas apresentações?   Posso ter um certo nervosismo antes do espetáculo, mas normalmente dissipa-se logo na primeira canção. É sempre muito especial sentir que as pessoas ficam muito atentas e perceber quando estão mesmo a gostar ou até quando se emocionam. Uma das situações mais engraçadas é mesmo quando o público começa a bater palmas, mesmo antes de chegar o momento em que eu iria pedi-las!   10 – Que conselho você daria para quem sonha em entrar no universo da música?   O universo da música profissional não é fácil. Exige muita dedicação, determinação, estudo, trabalho e nada é garantido. Mas pode ser também uma viagem muito bonita, se soubermos adaptar as nossas expectativas e tivermos a nossa dose de resiliência. Para mim, o mais importante é continuar a sentir-me apaixonado pela música e pelas canções, pelo ato de compor e de cantar. É uma viagem que vale muito a pena, se soubermos manter viva a curiosidade!   Crédito das fotos : Foto 01 - Carluz Belo - Disco ''MENINO DA PRAIA'' [Foto by Cláudia Lobo] Foto 02 - Carluz Belo - Concerto ''MENINO DA PRAIA'' [Foto by Diogo Meira] Foto 03 - Carluz Belo - Single ''A Galope Na Saudade'' [Foto by Mariana Vasconcelos] Foto 05 - Carluz Belo - Single ''Folhas Secas'' [Foto by Mimi Sá Coutinho] Para conhecer mais, acesse: Youtube: https://www.youtube.com/carluz Instagram: https://www.instagram.com/carluzbelo/ Videoclipe “A Galope na Saudade”:  https://youtu.be/9x3B9WAkaIQ   Douglas Delmar - colunista da Revista do Villa Formado em Biblioteconomia e atualmente estudante de Design Gráfico, Douglas sempre teve paixão pela escrita e poesia, já participando de antologias poéticas e tendo alguns poemas seus lidos em rádios de Lisboa, Portugal. Amante das artes, da música e da escrita, gosta de conhecer pessoas que estejam inseridas nesse contexto artístico e incentivar novos talentos. No tempo livre, a escrita é seu hobby preferido, pois é através da criação de histórias que exercita sua imaginação e criatividade. Acredita que as palavras, aliadas com as ações, têm o poder de mudar a realidade.

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