Salvador já tem, pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o título da Cidade da Música. Mas quem vai à capital baiana sabe que ela é muito mais que apenas música. É teatro, dança, gastronomia, artes visuais e muita história!
Tomé de Sousa, colonizador, chegou ao Brasil em 1549 com ordens do Rei de Portugal para fundar uma cidade fortaleza na Baía de Todos os Santos. Nascia assim São Salvador, a sede do Governo-Geral, por muitos anos a maior cidade das Américas.
Hoje, o Centro Histórico de Salvador abrange bem mais do que a área da antiga cidadela murada. Pela riqueza de suas construções, o Centro Histórico é Patrimônio Mundial pela Unesco.
O Pelourinho marca o coração pulsante de Salvador e o mais importante e conhecido cenário da cidade. Impossível conhecer a capital baiana sem dar uma passadinha sequer nas ruas do Pelourinho, que faz parte do Centro Histórico.
Ainda que tudo pareça confuso e um pouco caótico, a energia que circula na região é de impressionar, tanto pela história quanto pela cultura que carrega o lugar.
História do Pelourinho e do Centro Histórico
A história do Pelourinho e do Centro Histórico tem início no século XVI, quando o local foi escolhido para dar início à ocupação portuguesa na região. Inicialmente, as construções ocuparam a parte alta do terreno, que forma uma barreira natural contra invasões. Mais tarde, as construções foram expandidas para a beira-mar, formando assim a Cidade Alta e a Cidade Baixa de Salvador.
A região conhecida como Pelourinho — que ocupa uma pequena parte do Centro Histórico de Salvador — é marcada por uma triste memória. O local era o ponto exato onde as pessoas escravizadas eram castigadas.
Hoje o Pelourinho e o Centro Histórico preservam, em parte, os casarões coloniais da época do Império. Infelizmente, apesar de esforços para proteção, é comum encontrar casarões abandonados e, muitas vezes, em estágio avançado de degradação. A boa notícia é que também é possível visitar construções coloniais restauradas e espaços belíssimos na região.
Uma destas preciosidades restauradas é o Palacete Tira Chapéu.
O Palacete Tira-Chapéu é um verdadeiro ícone no coração de Salvador, Bahia, refletindo a rica história e cultura da cidade. Desde sua construção, no início do século XX, o Palacete tem sido testemunha de muitos dos momentos mais importantes de Salvador.
Projetado em 1914, pelo renomado arquiteto italiano Rossi Baptista, o edifício foi originalmente projetado para abrigar a Associação dos Empregados do Comércio da Bahia. Com suas lojas, salas de escritório, salão nobre e biblioteca, o edifício rapidamente se tornou um ponto de referência na cidade.
Situado na histórica Rua Chile, o Palacete está no epicentro da evolução de Salvador, uma área que remonta à primeira capital do Brasil. E até hoje, o edifício se destaca não apenas por sua história, mas também por sua conexão profunda com a vida cultural e social da cidade.
Até hoje o Palacete não só preserva a herança cultural da Bahia, mas também a reinventa e a celebra, garantindo que a história e a cultura continuem a prosperar.
Cada detalhe do Palacete Tira Chapéu é um tributo à habilidade e visão de Rossi Baptista. A fachada principal, com seus adornos sofisticados e elementos decorativos, e o hall interno, com técnicas variadas e peças integradas como vitrais e balaústres de madeira, demonstram uma rica tapeçaria de história e arte.
Resgatando o passado e impulsionando o futuro
Após um meticuloso processo de restauração, o Palacete Tira-Chapéu retorna à cena cultural de Salvador não apenas como um testemunho do passado, mas como um vibrante espaço onde o presente se entrelaça com a tradição.
O Palacete recebe novamente visitantes com a mesma calorosa recepção que ofereceu no passado. As pessoas podem mergulhar em uma oferta gastronômica que celebra os sabores autênticos da culinária local, desfrutar de uma programação cultural envolvente com exposições e apresentações que ressaltam a riqueza artística nacional, e vivenciar eventos exclusivos em um ambiente repleto de charme e história.
Para deleite dos amantes da boa mesa, um reforço de peso no cenário gastronômico, como premiado chef Claude Troisgros; que inaugurou dois restaurantes Mon Bistrô e Cucina Mia.
O chef irá explorar a culinária italiana no restaurante Cucina Mia, inspirado na sua família materna que era da Itália, enquanto no Mon Bistrô irá oferecer pratos da cozinha francesa. Segundo Claude, ambas as casas também irão se aproveitar dos gostos da Bahia e incorporar ingredientes da região nas receitas.
Além dos restaurantes do chef francês, o Palacete TiraChapéu irá contar com outros 6 estabelecimentos, como o Casarìa Salvador, a conceituada Preta, com comida praiana, o restaurante ibérico Taberna, o Bar Purgatório, o The Latvian e a JAMM charutos, além de um espaço de choperia artesanal. O complexo também terá uma sala de concertos rodeado de galerias de arte, espaço de eventos para experiências exclusivas, com serviço integrado à cozinha-show.
Um convite irrecusável na nova temporada Baiana que só está começando!
Fontes:
Iphan
Palacete Tira Chapéu
Turismo Salvador
André Conrado
Boa noite !
Li . Fiquei muito contente com este resultado maravilhoso da restauração de um imponente edifício um ícone. Meus parabéns, ao chefe da gastronomia italiana e seu fantástico gosto pela gastronomia francesa. Desejo sucesso e felicidades a cidade Salvador Bahia
Abraços a todos!