Nova artista Discos Submarinos e Força de Produção
O dia começa com uma dupla novidade na forma do primeiro single da nova artista dos Discos Submarinos e da Força de Produção. Rita Cortezão dá-se hoje a conhecer com “dia após outro”.
A canção irá integrar o primeiro registo de originais da cantautora lisboeta de 24 anos, “tudo, um pouco”, com edição agendada para 2025, constituído por temas escritos e compostos por Rita Cortezão, com a assinatura de Benjamim na produção. O projecto começou a ganhar forma em 2022 altura em que a artista se dedicou sozinha à composição e escrita das demos que mais tarde viria a mostrar a Benjamim, com quem se encontra a trabalhar em estúdio desde Fevereiro deste ano.
O álbum “dia após outro”, mostra sem grandes acrescentos aquilo que é a essência do processo de composição de todas as canções do álbum: Rita toca o piano da sua sala de estar e canta de forma delicada, como quem fala para si mesma, palavras que lhe servem de auto-conforto no meio da correria de um mundo regido pela mania da produtividade, alienação e esquecimento das coisas simples e boas que estão constantemente em nosso redor. É uma canção sobre estar presente, respirar fundo, tomar consciência daquilo que se tem e que nunca deixará de ser nosso: a liberdade de pensarmos por nós mesmos e de rompermos com as crenças que nos foram impostas sobre o que é certo e suposto estarmos a fazer e a cumprir.
Uma canção que serve de porta de entrada para o universo de Rita Cortezão, onde a palavra escrita ocupa o centro das canções, na tentativa de criar um lugar seguro para si mesma onde possa ser o mais sincera possível, como também encontrar formas improváveis de descrever experiências universais e dar novos significados a certos lugares-comuns.
Agenciamento Força de Produção
Biografia
Rita Cortezão é o nome artístico da cantautora Rita Cortesão Monteiro, nascida em Lisboa há 24 anos. Rita começou a tocar piano com 5 anos e escreve canções desde que se lembra, tanto em banhos de imersão quando tinha pouco mais que aquela idade, como na privacidade do seu quarto, numa busca incerta pelas respostas aos seus martírios de adolescência. Está neste momento a trabalhar no seu primeiro álbum, juntamente com o músico e produtor Benjamim, sendo a vulnerabilidade o seu maior impulso. As canções que vai criando refletem variadas tentativas de entender o que separa e o que mistura o seu mundo interior com o exterior, sempre inesgotável e curioso. Rita escreve, canta e toca de olhos fechados, vagueando com a voz até um qualquer ponto de encontro com o outro, alguém ou algo conhecido, desconhecido, um novo e arrepiante mistério.
Estudou na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, onde se formou em canto e piano no ano de 2022, tendo estudado com nomes como Margarida Campelo e Beatriz Nunes. À colecção de discos do pai foi buscar as mais variadas referências da música pop, que sempre cruzou com o seu interesse pela música clássica e pelo jazz. Aprofundou o artesanato da escrita de canções numa disciplina de songwriting dada por Joana Espadinha e João Firmino. Fez o curso de songwriting na School of Song ministrado por Adrianne Lenker. Fez coros para Benjamim e João Borsch e integrou a banda de Primeira Dama na apresentação de “Superstar Desilusão” no Teatro São Luiz. Deu o seu primeiro concerto a solo em Julho deste ano, na Casa do Comum, no âmbito de um evento realizado pelo Colectivo Markize. Em Setembro tocou no festival Discos Submarinos.
É licenciada em Estudos Gerais pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com um Major em Artes e Culturas Comparadas. Tem uma pós-graduação em Artes da Escrita pela FCSH e frequenta o mestrado em Estética e Estudos Artísticos, com especialização em Cinema e Fotografia, na mesma instituição.
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