Rio de Janeiro sediará em 2026 a cúpula da ONU Turismo para a África e as Américas
- Viviane Fernandes
- há 4 dias
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Em 2026, a cidade do Rio de Janeiro será palco de um dos mais relevantes encontros internacionais voltados ao desenvolvimento turístico: a Cúpula da ONU Turismo para a África e as Américas. O anúncio da escolha da cidade maravilhosa como sede do evento foi recebido com entusiasmo por autoridades, empresários e representantes do setor turístico, consolidando o Brasil, e em especial o Rio, como um hub global para o diálogo entre continentes e para a promoção de um turismo mais sustentável, inclusivo e inovador.
A cúpula, promovida pela Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (ONU Turismo), reúne lideranças políticas, empresariais e institucionais das regiões africana e americana, com o objetivo de compartilhar experiências, debater políticas públicas, fomentar investimentos e impulsionar a cooperação multilateral em torno de temas como conectividade aérea, preservação cultural, desenvolvimento de destinos emergentes, capacitação profissional, sustentabilidade ambiental e turismo de base comunitária.
A escolha do Rio de Janeiro como sede do evento reforça o reconhecimento internacional da cidade como símbolo da diversidade, da hospitalidade e do patrimônio cultural. Além disso, destaca a importância estratégica do Brasil no cenário turístico internacional e sua capacidade de articulação entre diferentes regiões do mundo, em especial com os países africanos, com os quais compartilha laços históricos, culturais e linguísticos.
O evento reunirá ministros do turismo, secretários estaduais e municipais, embaixadores, representantes de organismos internacionais, lideranças indígenas e comunitárias, além de empresários do setor, operadores de turismo, universidades e organizações da sociedade civil. Estima-se a presença de delegações de mais de 70 países, promovendo um ambiente propício para o intercâmbio de boas práticas, assinatura de acordos bilaterais e apresentação de projetos inovadores.
Durante os dias da cúpula, o Rio de Janeiro sediará painéis temáticos, rodadas de negócios, exposições culturais, visitas técnicas e eventos paralelos em diversos pontos da cidade, como o Museu do Amanhã, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e a região portuária revitalizada. Haverá ainda espaço para apresentações de destinos turísticos dos países participantes, promovendo o intercâmbio cultural e a promoção conjunta de rotas intercontinentais.
A realização da cúpula no Brasil também é vista como uma oportunidade para impulsionar a retomada do turismo no pós-pandemia, estimulando investimentos na infraestrutura turística, geração de empregos e valorização do patrimônio natural e cultural. Para o Rio de Janeiro, será uma vitrine internacional capaz de atrair novos fluxos turísticos e consolidar sua imagem como cidade global e centro de eventos internacionais.
A parceria entre o governo federal, o governo do estado do Rio de Janeiro, a prefeitura carioca e entidades do setor será fundamental para garantir o êxito do evento. O Ministério do Turismo já anunciou a criação de um comitê interinstitucional para coordenar os preparativos da cúpula, em articulação com a ONU Turismo e os países participantes. O foco estará na segurança, mobilidade urbana, qualificação de mão de obra, acessibilidade e sustentabilidade.
Além disso, a cúpula deverá fomentar a criação de uma agenda conjunta entre África e Américas para o fortalecimento do turismo como vetor de desenvolvimento socioeconômico, com foco especial em comunidades vulneráveis, territórios periféricos e áreas de preservação ambiental. O turismo, nesse contexto, é visto não apenas como atividade econômica, mas como instrumento de inclusão, geração de renda e valorização identitária.
O Rio poderá apresentar cases de sucesso como o Circuito das Favelas Turísticas, o turismo afrocentrado na Pequena África, os roteiros de ecoturismo na Floresta da Tijuca e os projetos de turismo cultural nas zonas norte e oeste. Esses exemplos serão debatidos em mesas redondas e oficinas técnicas, servindo de inspiração para outras cidades latino-americanas e africanas que buscam fortalecer o turismo de base local.
A presença de países africanos também será estratégica para o fortalecimento das conexões aéreas diretas entre o continente africano e o Brasil, algo que já vem sendo discutido há anos e que poderá ganhar impulso com a realização da cúpula. A aviação é um dos pontos centrais do encontro, especialmente no que diz respeito à ampliação de rotas, à redução de custos e à melhoria da infraestrutura aeroportuária.
A cúpula deverá deixar um legado não apenas físico, mas também institucional e simbólico. A expectativa é que, ao fim do evento, seja elaborada a “Declaração do Rio de Janeiro”, um documento conjunto com metas e compromissos assumidos pelos países participantes para o desenvolvimento de um turismo mais responsável, resiliente e centrado nas pessoas.
O Rio de Janeiro, com sua paisagem deslumbrante, sua cultura vibrante e seu povo acolhedor, tem todos os atributos para sediar uma cúpula dessa magnitude. Mais do que uma vitrine turística, a cidade se transformará em um fórum de ideias, projetos e ações concretas para um futuro mais conectado entre as Américas e a África.
Com a cúpula da ONU Turismo em 2026, o Rio reafirma seu protagonismo internacional e oferece ao mundo uma oportunidade única de construir pontes, promover a paz e fortalecer os laços entre povos irmãos, que compartilham uma história comum e aspiram a um futuro mais justo e sustentável por meio do turismo.
Viviane Fernandes

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