“O FliParaíba é um festival extremamente importante para a cultura, para a literatura, em que ocorreu a celebração pelos 500 anos de nascimento de Camões, mas também a interação entre novos escritores, lançamentos de livros, apresentações musicais. Tivemos aqui três dias de festa para a cultura brasileira e portuguesa”. Foi desta forma que o governador do estado brasileiro da Paraíba, João Azevêdo, avaliou a realização da primeira edição do Festival Literário Internacional da Paraíba (FliParaíba), que decorreu entre os dias 28 e 30 de novembro no nordeste brasileiro.
Este responsável participou no encerramento do festival, que contou com um extenso programa de três dias no Centro Cultural São Francisco, reunindo nomes de vulto da literatura e da cultura, como o escritor angolano José Eduardo Agualusa e a brasileira Maria Valéria Rezende. Com o tema “Camões 500 anos — uma nova cidadania para a língua”, o FliParaíba promoveu, ainda, a literatura paraibana e o intercâmbio do Brasil com outros países lusófonos, além de abrir espaço para novos talentos. Ao todo, foram lançadas 70 obras nesses três dias de evento.
A última noite do evento ficou marcada pela apresentação dos cantores Chico César e Sandra Belê. Outro ponto alto foi a entrega da premiação do Desafio Nota 1000, com as cinco melhores redações sobre os 500 anos de nascimento do escritor português Luís de Camões.
Acompanhado da primeira-dama Ana Maria Lins, o chefe do Executivo estadual ressaltou que, dado o sucesso da primeira edição do FliParaíba, o objetivo agora é ampliar o festival a cada edição.
“A realização do Festival Literário Internacional demonstra, mais uma vez, a capacidade da Paraíba de sediar grandes eventos, e eu tenho certeza de que este é o primeiro de muitos. E o que a gente quer a partir de agora? A cada ano aumentar, ter mais participantes, envolver mais agentes dentro desse processo. É uma alegria muito grande poder celebrar esse momento e eu parabenizo todo o time de governo, mas quero fazer um agradecimento especial à Associação Portugal Brasil 200 anos, em nome de José Manuel Diogo, que pensou e sonhou esse festival junto com a gente”, ressaltou o gestor paraibano.
O sucesso da primeira edição do FliParaíba também foi destacado pelo secretário de Estado da Cultura (Secult), Pedro Santos.
“Por ser a primeira, foi uma edição muito desafiadora, que envolveu muitos ajustes, diversos entendimentos, mas estamos muito satisfeitos com o resultado. Conseguimos entregar um festival bem organizado, bem representativo, o público abraçou o evento. E a gente celebra também por ter sido aqui, no Centro Histórico de João Pessoa, um espaço tão relevante para a história da Paraíba”, comentou.
Também na opinião do presidente da Associação Portugal Brasil 200 (APBRA), José Manuel Diogo, organizador do evento, o festival foi muito positivo.
“Eu achei essa parceria tão boa que desejo muito continuar. Queremos agora fazer um evento maior, com mais tempo, com mais escritores. Sem dúvidas, um evento de muitos benefícios: divulgação da Paraíba, melhora a educação das pessoas e reforça os laços entre Portugal e o Brasil cada vez mais”, pontuou.
Após cumprimentar o público e escritores, João Azevêdo foi até o camarote de Sandra Belê e Chico César.
“Estou muito feliz por estar na Paraíba. E vamos celebrar. É preciso pensar a literatura brasileira, nordestina, a partir dos indígenas, a partir dos pretos. Estamos reinventando essa língua, porque estamos reinventando o sentido de liberdade, de cidadania. E eu fico muito feliz que isso ocorra aqui, no estado que me deu origem”, disse o cantor durante a visita do governador, da qual também participou a presidente da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Naná Garcez.
A primeira edição do Festival Literário Internacional foi uma iniciativa do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Secretaria de Comunicação Institucional (Secom), Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Fundação Espaço Cultural (Funesc), Secretaria de Estado de Administração (Sead), Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad) e Companhia de Processamentos de Dados (Codata), em parceria com a Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA).
Ígor Lopes
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