Entrevista: Tadeu Kebian (Colecionador de Discos)
- João Paulo Penido
- 7 de abr.
- 3 min de leitura

Tadeu Kebian um amante e apaixonado por música e colecionador de discos antigos, faz lembrar daquelas pessoas que ao ver algum objeto que chama atenção... vai e compra! Seja um carro: Fusca, Brasília, Gol Quadrado, roupa, tênis, moeda, bolinha de gude, camisa de time de futebol, xícara, relógio, caneta ou qualquer natureza que seja...o importante é intensificar, ter zelo, amar seu objeto e qualificar as informações a respeito de toda esta preciosidade da coleção... vai além de um simples ídolo, mas vai para todo estilo musical e gosto para saber dos astros do Rock, jazz, Samba, Pagode...enfim, de tudo aquilo que faz me inspirar e dançar em um ambiente que me deixe livre para novas amizades e pronto para contar toda esta história dos colecionados de Tadeu.
Então vamos viajar neste Discos!?
1 – Quando deu início nesta curiosidade de ter uma coleção de Discos antigos?
Comecei a colecionar discos em 2012. Ganhei meus 3 primeiros discos do meu pai e me apaixonei pelo vinil. Não é algo da minha época, então foi uma curiosidade enorme. Fui ter minha primeira vitrola, ainda naquele ano, mas já tinha uns 200 discos.
2 – Teve inspiração em algum cantor famoso para começar nesta coleção?
Sim, claro! Tudo começou por conta do Cauby Peixoto.

3 – Quando a pessoa vai nos seus eventos de acervos de discos antigos, o que geralmente perguntam?
Bem, evento eu só fiz um a convite da Livraria Belle Époque. Mas as curiosidades de lá foram basicamente as mesmas que as pessoas costumam a me perguntar. O meu relacionamento pessoal com os artistas.
4 – Neste campo Disco Vinil, sabemos que fomos para display, Pen Drive, Spotify... entre outras tecnologias atuais...como manter o vinil nesta evolução?
Bem, a venda de discos tem aumentado bastante no mundo inteiro. Muitas coisas novas estão sendo lançadas em vinil. Tem quem compre por um “fetiche”, mas muito é pelo prazer de ouvir música. Vinil te demanda um tempo específico para a audição, não é um simples “play”.
5 – Teve algum interesse em algum admirador querer comprar alguma coleção sua antiga? Quais foram?
Não… Bem, ao menos nunca ninguém chegou até mim para fazer nenhuma proposta. (Risos)

6 – Geralmente com muitos eventos que vem participando, neste meio do caminho já deve ter conhecido algum cantor, ator ou celebridade. Conte quais por favor?
Eu frequento shows desde os meus 14 anos de idade, então conheci muitos! Fiz amizade com bastante gente neste tempo.
Dos que já partiram: Cauby Peixoto, Ângela Maria, Dóris Monteiro, Luciene Franco, Adelaide Chiozzo…
Amigos que graças a Deus ainda tenho o privilégio de conviver: Eliana Pittman, Claudette Soares, Ellen de Lima, Áurea Martins, Alaíde Costa…
7 – Você tem algum patrocínio para investir em Discos ou são todos seus recursos financeiros?
Não… Minha coleção foi montada com recursos próprios e alguns itens foram doados para mim.
8 – Já pensou em criar algum evento, oferecendo exposição e cobrar bilheteria para outros colecionadores assistirem?
Seria necessário um espaço para realizar uma exposição. É um acervo particular, mas sei da importância cultural que ele tem. Sempre que me solicitam ajuda em pesquisas, ou seja lá o que for, eu procuro ajudar.
Acho que isso é o mais importante, propagar a história dos grandes.
9 – O que pensa em cantores antigo comparados com atuais? Quais as diferenças de Composição e ritmos?
Talvez o termo “cantor antigo” não seja o mais adequado. Música é atemporal e creio que eu seja a maior prova disso. Hoje existem muitos recursos tecnológicos que permitem que qualquer um se torne cantor. Então admiro aqueles que venceram pelo talento genuíno.
Quanto as composições, hoje falta romantismo e sensibilidade. Acho que essa essência está em falta, mas não só na música.
10- Deixa por gentileza uma mensagem de motivação para aqueles que querem dar início a coleção de novos objetos que se identificam?
Colecionar é em si um ato de amor. Um hobby para você distrair sua mente, dedicar um tempinho para algo que você goste. Existe uma infinidade de coisas que podem ser colecionadas e nem tudo é tão caro quanto se possa imaginar.
Minha coleção vai além dos discos. Eu coleciono a história da música. Troféus, roupas, fotos, partituras, revistas… São mais de 50 mil itens. Tudo preservado com muito amor, carinho e respeito.

João Paulo Penido

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