Mónica Mesquita é natural de Paranhos, no Porto, cidade onde vive. O apreço pela escrita acompanha-a desde que aprendeu a escrever. Grande amante das artes, costuma aprender por conta própria, seja arte literária, artística, musical ou audiovisual. Autora de 5 livros publicados, também atua como organizadora do evento “Tertúlia Poética dos Afetos”, que é realizado com regularidade no Auditório da Junta de Freguesia de Campanhã.
1 – Em sua visão, quem é Mónica Mesquita?
Mónica Mesquita é amor. Poderia descrever várias características, contudo, gosto de ser misteriosa e deixar que quem vier até mim, me vá conhecendo. No entanto, em inúmeros poemas dos meus livros descrevo-me, quer explicitamente, quer nas entrelinhas.
2 - Como surgiu o seu gosto pela poesia?
O meu gosto pela poesia surgiu na adolescência, quando em estado de graça, apaixonada, escrevia quadras de amor na escola.
3 - Cada poeta sente o mundo e se expressa à sua maneira. De onde você busca inspiração para criar seus versos?
Na minha modesta opinião, a inspiração é algo que vem do alto. Quiçá um dom, talento Divino e, no meu caso, vem espontâneamente em qualquer momento. Concordo que cada poeta vê e sente o mundo à sua maneira. Eu vejo poesia em tudo. E não é uma utopia, mas sim a magia da vida. Eu costumo dizer: “Se eu conseguir mudar o meu mundo e através das minhas mensagens, poesias, pensamentos, prosas, histórias consigo mudar o mundo de alguém, sinto-me feliz e que já valeu a pena escrever e viver.
4 - Você já lançou os livros De Alma E Coração Na Poesia, A-mar Infinito, Nudez, Harmonia entre Prosa e Poesia e Doces Intimidades. Como foi escrever cada um deles? E onde podemos adquiri-los?
O 1º “De Alma E Coração Na Poesia” foi maravilhoso e sublime. O primeiro é sempre o primeiro. Um sonho tornado realidade, bem como um marco na minha vida, uma vez que inicio a minha carreira de escritora e porque contém os meus primeiros poemas, prosas, pensamentos e reflexões. Foi quase como dar-à-luz um potencial 1º filho poético de papel, que é eternizado. Isto porque quando se cria algo, se é mãe dessa ideia ou trabalho concretizado.
O 2º “A-MAR INFINITO” foi também uma emoção e evolução. Emoção porque é um livro dedicado a cada membro da minha família mais chegada, contendo poemas e acrósticos dedicados a eles, a mim, às minhas amizades e aos leitores. Evolução, porque eu sinto que evoluí, quer como pessoa, quer como escritora. E mais um filho poético de papel.
O 3º “NUDEZ” é um livro onde dispo as palavras, a alma, o espírito e o corpo, para falar de tudo que a vida contém, inclusivamente de sensibilidade, sensualidade, erotismo e sexualidade, com o intuito de fazer com que as pessoas voem e se sintam, deixem as emoções saírem. Este livro também contém poemas de humor com amor.
Eis que surge o 4º livro “HARMONIA ENTRE PROSA E POESIA”, este em coautoria com o presidente do NALAP - Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal, professor Diamantino Bártolo, onde escrevo a poesia e prosa poética também e o Diamantino a prosa. Decidi convidar o amigo proseador, porque gosto imenso de escrever duetos e pensei em colocar essa ideia sui géneris em prática em livro. Ele aceitor e a obra nasceu. O feedback dos leitores foi excelente, tal como nos meus 3 primeiros livros, que já vão nas 2ª e 3ª edições.
O 5º livro “DOCES INTIMIDADES” é um livro intenso de sentires e emocionante… Uma boa terapia para casais, porque falo mais abertamente sobre Intimidades doces em todos os aspectos. Onde a mulher se liberta, como a metamorfose. Os poemas podem ser declamados como um elixir que desperta a libido ao casal. Embora também aborde outras Intimidades, visto que, para mim, a maior intimidade é quando alguém se despe emocionalmente (alma nua) perante outra pessoa. Porém considero que este livro é mais focado para o erotismo.
Os 3 primeiros livros: “De Alma E Coração Na Poesia”, “A-MAR INFINITO” e o “NUDEZ” publiquei com edição de autor nas Edições O Declamador e estão esgotados, contudo estou a cogitar colocá-los brevemente nas plataformas Online para que qualquer leitor no mundo os possa adquirir.
Os livros “HARMONIA ENTRE PROSA E POESIA” e “DOCES INTIMIDADES” foram publicados simultaneamente em
Portugal e no Brasil com a editora PRIMEIRO CAPÍTULO do grupo Editorial Atlânticbooks e podem ser pedidos Online ou ao balcão das livrarias que trabalham com o grupo. Em Portugal: Wook.pt, Bertrand.pt, FNAC, CTT, Continente, Auchan, livraria Martins e no Brasil através da editora Ipé das Letras.
Ou a quem dezejar assinado e com dedicatória personalizada, pode-me contactar por email:
monicaraquelmesquita3@gmail.com ou através das minhas redes sociais:
Mónica Mesquita e Mónica Mesquita Escritora Poetisa.
Cartão de visita Digital: https://linktr.ee/monicaraquelmesquita
5 - Para se escrever bem, é necessário ler bem também. Partindo disso, quais autores você mais gosta de ler? Algum deles influenciou na sua escrita?
Para ser sincera, escrevo o que sinto e deixo-me levar pela inspiração, contudo, na escola tive já conhecimento de grandes escritores e poetas de antigamente e contemporâneos. Camões, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Antero de Quintal, Florbela Espanca, Natália Correia, Maria Teresa Horta, Carlos Drummond de Andrade, Cora Carolina, Cecília Meireles, Mia Couto, Manuel Alegre, Bocage, José Saramago, Fernando Pessoa, entre outros, até estrangeiros que gosto de ler, como Gabriel Garcia Marques, etecetera…
ARTISTA DE ALMA ERÉCTIL
O artista nasce artista...
Artista que descobre o amor e o coloca em prática. Faz arte a amar o que faz, além de colocar amor nessa mesma aptidão. E, nunca é exclusivamente só para si. Mas sim para dividir e repartir com a multidão que comunga desse mesmo gosto, prazer e gozo que dá ser artista. Realmente não é exibicionismo, mas sim um sentir dos sentidos, da alma, espírito e coração que se pretende partilhar amor, com quem deseja ser amado, sentir o calor humano na arte de amar com arte. Na verdade, são orgasmos múltiplos espirituais, intuídos, vividos artisticamente, espaciais e especiais. Que se consegue sentir e usufruir em doação de sentires com o próximo, o aficionado por artes e momentos felizes que nos elevam ao mais alvo e alto patamar dos diferentes estádios da vida.
A arte é a prática da cultura do amor expresso com amor pelo amor à arte e ao ser humano. Por isso o artista é um ser Divino. A sua alma está sempre em erecção numa cumplicidade inspiradora com o céu dos céus. Desvenda mistérios, destapa véus... Por isso os artistas querem e precisam de voar, demonstrar sentires em plena harmonia com o cosmos e com o universo. Não para se exibirem, mas para evoluírem e se expandirem pelo mundo, algozes imundos, escasso de afetos. Claro que se houver receptividade, então é sinal de que não se é artista em vão. Jamais se cresce sozinho. Sempre de mãos dadas se prossegue, adiante, de alma reluzente, a amar profundamente, iluminada e contente. Confiante de que o artista é de e para toda a gente, numa adição de amor constante.
Do livro NUDEZ.
6 - Você vive em Porto, uma cidade riquíssima em cultura, história, belezas naturais e costumes populares. A cultura portuguesa te inspira de alguma forma? Como?
A cultura portuguesa realmente é fantástica e inspiradora em todos os aspectos, e é curioso porque comecei a escrever e publicar nas redes sociais, conheci o artista plástico Paulo Gonçalves (Fonseca) que me desafiou, através das suas telas, a inspirar-me em algumas delas e escrever poemas. Assim impulsionando-me a aguçar a criatividade e aprimorar a inspiração poética e prosaica, bem como reflexões e Pensamentos harMónicas/os. Então a ilustração da capa do meu primeiro livro De Alma E Coração Na Poesia é da sua autoria, sendo assim um marco na vida de ambos que fica eternizado. Gosto de aliar a arte à poesia através das capas dos meus livros, optando por fazer sempre parcerias com artistas plásticos portugueses, para já.
Adoro ver exposições de pintura e fotografia. A natureza também é imensamente inspiradora para mim e, desde quintas, matas, parques, jardins, fontes, pontes, praias, rios e mar, quando visito, fico profundamente inspirada e retempero energias.
Costumo participar de tertúlias/saraus de poesia, o que também é muito enriquecedor culturalmente, aliado aos afetos e amizades do meio artístico, e que também preso de coração. Sou uma poeta de sentires afetuosos.
7 – Você é organizadora do evento Tertúlia Poética dos Afetos, que é realizado na Freguesia de Campanhã, Porto. Conte-nos mais sobre esse projeto.
A TERTÚLIA POÉTICA DOS AFETOS foi criada com o intuito de recriar as tertúlias de antigamente, do tempo dos grandes poetas, como Bocage e Fernando Pessoa, entre outros e inspirar, não só poetas, a participar com uma arte que desejarem, conversar sobre temas atuais e pertinentes e aliar aos afetos, por forma a promover a sã convivência entre todas as faixas etárias, a múltipla culturalidade e artes diversificadas. É uma tertúlia mensal e conta com o apoio do pelouro da Cultura da Junta de Freguesia de Campanhã no Porto.
8 – Como os leitores reagem aos seus escritos?
Os leitores gostam imenso, modéstia à parte, e dizem sentir amor, paz, carinho, alegria, entre outras emoções e sensações, ao lerem os meus escritos/trabalhos/livros.
Tenho também um canal no YouTube onde declamo os meus poemas, duetos poéticos, as filmagens da TERTÚLIA POÉTICA DOS AFETOS e eventos que participo, entre outros vídeos.
9 – Além da poesia, quais são suas outras paixoões?
Apaixonada por natureza pela vida e vivê-la da melhor forma possível, tenho também outros hobbes/paixões como viajar, passear, ir à praia, fotografar, filmar, fazer rádio, criar conteúdos digitais e conviver presencialmente.
Imensamente grata pela oportunidade, bem-hajam pela iniciativa da divulgação da cultura universal.
Sucesso e felicidades a todos.
Abraço de afetos.
TODO O POETA DESEJA
Infinito é o amar
Ora doce, ora salgado
O importante é desfrutar
E ser pelo (a)mar acariciado
Todo o poeta deseja ser amado
Ter uma flor, bela companhia
Para fazerem amor, furor e poesia
Mas também quer ser livre e inspirado
Ser feliz e voar como gaivota
Viver ao pé do imenso mar
Sorrir e profundamente suspirar
Vivo se sentir, sem viver vida morta
Caminhar devagar pela areia molhada
Ser humano/divino de aura abençoada.
(Do livro DOCES INTIMIDADES)
Douglas Delmar
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