Nesta quinta (17) é comemorado o Dia Mundial de Combate à Dor. A data tem como objetivo alertar a população leiga, bem como os profissionais da saúde, sobre a importância de tratar esta manifestação tão presente em pessoas com as mais diferentes condições de doenças.
“A medicina tem evoluído no desenvolvimento de medicações e procedimentos que podem ser conduzidos pelo especialista em dor”, relata a especialista em dor e acupuntura Dra. Ana Maria Martins.
Criada pela International Association for the Study of Pain (IASP), que no Brasil é representada pela Sociedade Brasileira pelo Estudo da Dor (SBED), a data difunde o impacto do sintoma doloroso – especialmente em pacientes crônicos – e as inovações médicas para a sua contenção.
A dor é um sintoma que, apesar de incômodo, tem uma função importante de alerta sobre algo que não vai bem em nosso organismo. Em situações agudas, ela nos adverte de um infarto do coração, acidente vascular encefálico (AVE), uma cólica renal ou crise de apendicite. Graças a ela, procuramos socorro médico.
No entanto, em sua forma crônica ela passa a ser tão limitante quanto a própria doença que a iniciou, podendo até permanecer mesmo após a doença já ter sido curada. Um exemplo é quando uma pessoa é acometida de herpes-zoster, o popular cobreiro, que causa uma lesão no nervo pelo vírus do herpes zoster. A região que é inervada pelo nervo acometido apresenta uma dor forte do tipo choques elétricos, agulhadas, ferroadas e queimação.
Até mesmo o simples roçar da roupa no local é sentido como dor. Essa dor é chamada de dor neuropática. No nosso meio a hanseníase causa essa mesma dor em braços e pernas. Em pessoas que se curaram de um câncer podem desenvolver um processo semelhante de lesão dos nervos por causa da quimioterapia ou radioterapia.
Há diversas disfunções crônicas que em essência causam dores crônicas, como fibromialgia, enxaqueca, neuropatia diabética, distonia, esclerose múltipla, sequelas pós-AVE (derrame cerebral), paralisia cerebral e também traumas medulares, onde se desenvolvem nestas últimas, quadros de espasticidade (rigidez e contratura dos membros).
Segundo a médica intervencionista em dor Dra. Thaís Martins, “o importante é considerar que toda dor tem tratamento e esse tratamento deve ser conduzido com a mesma importância que o tratamento da doença que a originou. Embora senti-la possa ser comum nas condições crônicas, nunca poderá ser encarada como algo normal ou natural de se conviver”.
Cada tratamento será definido pela doença que originou a dor, tipo de dor e seu grau de acometimento. O tratamento poderá ser feito com medicações e procedimentos que irão modular o sistema de transmissão da dor e assim, controlá-la ou eliminar totalmente a dor.
Alex Rodrigues
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