A estreia nacional de “Nebulosa de Baco”, na noite de 12 de outubro, marca a reinauguração do Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, após ampla reforma.
A montagem traz a atriz Rosana Stavis, frequentemente apontada pela crítica especializada como uma das melhores atrizes do teatro brasileiro contemporâneo, acompanhada pela atriz Helena de Jorge Portela.
Novo espetáculo da premiada Cia.Stavis-Damaceno, “Nebulosa de Baco”, dramaturgia e direção de Marcos Damaceno, com atuação de Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela, estreia na noite de 12 de outubro de 2024, sábado, às 19h, no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, no Centro do Rio, como parte das comemorações pelos seus 35 anos. A estreia de “Nebulosa de Baco” marca a reinauguração do Teatro I, que passou por uma reforma completa. A temporada será de quarta a sábado às 19h e domingo às 18h, até 24 de novembro. O espetáculo tem patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
A peça traz à cena duas mulheres expondo a “confusão” de serem elas mesmas, mas também de serem outras, inventadas, atrizes vivendo outras realidades, que às vezes são mais verdadeiras do que a própria verdade. A dramaturgia parte da “confusão” provocada pelo excesso de informações, de muitas situações acontecendo ao mesmo tempo, tudo embaralhado, e a velocidade com que nós, consumidores desse excesso de mídias, sem moderação, temos que processar o que passa da medida. Assim, a peça discute manipulações mentais e abusos emocionais, em diferentes situações, que todos nós sofremos, em tempo real.
Em “Nebulosa de Baco”, duas mulheres, que também são atrizes, estão em seus “habitats naturais” – que são as salas de ensaio, espaços fascinantes de caos e criação para Marcos Damaceno, onde atrizes reconhecidamente fortes revelam suas fragilidades e inseguranças – com a tarefa de convencer a si mesmas a acreditar em si mesmas, ao mesmo tempo em que tentam entender e dar andamento aos preparativos de uma peça que se equilibra entre o riso e o choro, repleta de confusões e ansiedades próprias da cabeça de todo ser humano do século 21, entre o que é e o que não é, o que parece que é, mas também não é, entre o que é verdade e o que é manipulado, ou mera narrativa, entre o que é realidade e o que é ficção, ou imaginação.
“Em um mundo onde tudo cada vez mais é fake, não só a inteligência é artificial, mas tudo é artificial, ninguém mais sabe direito o que é real, o que é artificial, se o que aconteceu, aconteceu de fato, ou se foi inventado, ou se tem algum grau de manipulação, ou se é uma mera narrativa. Ou se tudo é narrativa e as verdades simplesmente não existem, porque tudo é narrativa”, reflete a atriz Rosana Stavis.
A encenação traz características que são próprias de Marcos Damaceno, como o ritmo vertiginoso de pensamentos aparentemente desordenados e a confusão como um sentimento, um estado mental cada vez mais presente em nossos dias, além de, principalmente, trazer ao público espetáculos que impactam quase que exclusivamente pela força do elenco e das palavras. “A Aforista” – considerado pelo 18º Prêmio APTR como um dos 5 melhores de 2023 nas categorias: dramaturgia, espetáculo, direção, atriz, figurino e música – é um exemplo recente dessas características marcantes aplicadas pela Cia.Stavis-Damaceno.
“Todas as nossas peças se passam dentro de cabeças confusas e ansiosas. Claro que a gente joga uma pitada de humor. Sem humor a vida seria insuportável”, comenta Marcos Damaceno. “Toda pessoa imersa em nossos dias é uma pessoa confusa e ansiosa, eu acho”, brinca.
O nome do espetáculo tem inspiração na astronomia e na mitologia, as nebulosas são onde nascem as estrelas, são os berços das estrelas. Assim, o “Nebulosa de Baco” da Cia.Stavis-Damaceno é o lugar onde nascem as estrelas de teatro, sendo Baco o Deus do teatro.
“Artistas nascem para isso, para mostrar, a cada noite, aos olhos do público, o mundo visto sob outra luz. Não a luz acachapante do sol, mas feito a delicadeza, a suavidade da luz da lua”, conclui Marcos Damaceno.
Sobre o CCBB Rio de Janeiro
Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro marca o início do investimento do Banco do Brasil em cultura. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, é um marco da revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. São 35 anos ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura com uma programação relevante, diversa e regular nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e ideias. Quando a cultura gera conexão ela inspira, sensibiliza, gera repertório, promove o pensamento crítico e tem o poder de impactar vidas. A cultura transforma o Brasil e os brasileiros e o CCBB promove o acesso às produções culturais nacionais e internacionais de maneira simples, inclusiva, com identificação e representatividade que celebram a pluralidade das manifestações culturais e a inovação que a sociedade manifesta. Acessível, contemporâneo, acolhedor, surpreendente: pra tudo que você imaginar.
Aniversário do CCBB RJ
Para comemorar o Dia das Crianças e o aniversário de 35 anos do CCBB Rio, no dia 12 de outubro o público de todas as idades está convidado a celebrar. Neste dia, toda a programação é gratuita e no sábado (12) e domingo (13) as crianças ainda recebem um lanche especial. Está em cartaz a recém-aberta exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” e continuam em exibição as mostras “A.R.L. – Vida e Obra” e “Primeiro de Março 66 – Arquitetura de Memórias ", além das que compõem o Museu Banco do Brasil e à reedição de uma das primeiras mostras realizadas no CCBB – “Um Rio de Machado”. No teatro, duas grandes estreias marcam a data: “Sangue”, com texto e direção de Kiko Marques e Leopoldo Pacheco no elenco; e “Nebulosa de Baco”, a mais nova produção da multipremiada Cia Stavis-Damaceno, que inaugura o novo Teatro I após ampla reforma. O espetáculo “Um jardim para Tchekhov” segue em temporada, com texto de Pedro Brício, direção de Georgette Fadel e destaque para atuação de Maria Padilha. No cinema, a “Mostra Lea Garcia” homenageia a carreira da grande atriz brasileira, falecida em 2023. Compondo a programação da semana, na Biblioteca Banco do Brasil, o Clube de Leitura CCBB 2024 convida o escritor angolano e vencedor do Prêmio Camões Pepetela, para conversar sobre seu livro Mayombe. O Programa CCBB Educativo participa da programação com diversas atividades nos Campos de Arte, Ateliê Aberto e visitas mediadas. Confira a agenda completa no site do CCBB – bb.com.br/cultura. Nossos restaurantes, cafeterias e loja oferecem ainda mais descontos para clientes Banco do Brasil (verifique as condições no local).
Ficha técnica
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela
Iluminação: Beto Bruel
Figurino: Karen Brusttolin
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Cenário: Marcos Damaceno
Produção Executiva: Bia Reiner
Produção de Cenários: Carla Berri
Assistente Administrativo/Financeiro: Edilaine Maciel
Produção Local (RJ): Bárbara Montes Claros
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Criação e Produção: Cia.Stavis-Damaceno
Serviço
“Nebulosa de Baco”
Dramaturgia e direção: Marcos Damaceno
Com Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela
Temporada: 12 de outubro até 24 de novembro de 2024
Dias e horários: Quarta à sábado às 19h e domingo às 18h
Duração: 80 minutos
Classificação: 18 anos
Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro I
Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro
Informações: 21 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
Valor do ingresso: R$ 30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)
Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia entrada.
Ingressos adquiridos na bilheteria do CCBB ou antecipadamente pelo site https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro
Funcionamento do CCBB Rio: de quarta a domingo, das 9h às 20h (fecha às terças).
Atendimento à Imprensa
Ney Motta | contemporânea comunicação e cultura
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Alex Gonçalves Varela
Historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos artigos cientificos e livros. Atuou como pesquisador de enredo no universo das Escolas de Samba, sagrando-se campeao nos anos de 2006 e 2013. Amante das artes e da cultura.
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